sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

ETANOL: O 2º PRÉ-SAL


"O BRASIL TEM DE INVESTIR NO 2º PRÉ-SAL"

Miguel Rossetto, presidente da Petrobras Biocombustível

Poucos setores da economia brasileira tiveram um ano de 2011 tão difícil quanto o do etanol.

Por Marcelo Cabral

“Poucos setores da economia brasileira tiveram um ano tão difícil quanto o do etanol em 2011. O combustível produzido a partir da cana-de-açúcar enfrentou secas, chuvas em excesso e a concorrência acirrada do açúcar na hora de definir o ‘mix’ de moagem nas usinas. Resultado: a produção teve queda pela primeira vez em uma década. Oferta em baixa, demanda em alta e ‘voilà’: os preços dispararam nas bombas, fazendo com que fosse preciso importar o combustível para evitar efeitos ainda mais graves.

Reverter esse quadro é a missão de Miguel Rossetto, presidente da Petrobras Biocombustível, uma das maiores produtoras nacionais de etanol. Ex-vice-governador do Rio Grande do Sul e ex-ministro de Desenvolvimento Agrário, esse gaúcho de 51 anos defende o que chama de “grande agenda” para aumentar a produção de etanol e outras fontes renováveis de energia – o “segundo pré-sal” do Brasil.

DINHEIRO – O Brasil precisa de um novo Proálcool?

MIGUEL ROSSETTO – Acho que a gente necessita de agenda forte, clara, consistente e que represente um grande programa de etanol. O Brasil tem um segundo grande pré-sal. Ele é formado pelas energias renováveis, que precisam de programa similar ao de exploração do petróleo. É oportunidade estratégica extraordinária.

DINHEIRO – Os EUA acabaram com o imposto sobre o etanol importado, uma velha reivindicação dos produtores brasileiros. Temos perspectivas de, finalmente, exportar para lá?

ROSSETTO – Hoje, nosso cenário é totalmente voltado para o abastecimento do mercado nacional. O grande mercado hoje é o brasileiro, que está em crescimento, com estabilidade para investimentos. O mercado americano, na minha opinião, terá papel marginal. Não deverá ter peso determinante, ainda. O foco será o mercado interno, pelo menos no médio prazo.

DINHEIRO – Por que hoje a maior parte dos investimentos no setor vem de fora e não de produtores nacionais?

ROSSETTO – Isso é preocupante. Não necessariamente pela presença de investidores estrangeiros, mas pelo baixo padrão de investimento local. Esse é grande tema. São poucos projetos novos, o que torna urgente a construção de agenda que lidere a construção de novo ambiente.

DINHEIRO – O ano passado foi complicado para o etanol. O que esperar de 2012?

ROSSETTO – Devemos continuar com o crescimento da demanda por combustíveis acima do aumento do PIB, tal como ocorreu nos últimos anos. A nossa grande pauta segue sendo a dificuldade de aumentar a oferta, mas obviamente isso está sendo discutido mais para o médio prazo. As condições para a próxima safra estão dadas. Mas o fato é que nosso cenário para 2012 é de pressão de oferta e com preços em alta, pelo menos no curto prazo.

DINHEIRO – A produção interna teve queda de 17% no ano passado, gerando elevação de preços. Isso será revertido em 2012?

ROSSETTO – Os grandes fatores que provocaram essa redução foram a questão climática e a diminuição dos investimentos na renovação dos canaviais e no tratamento das culturas. O cenário de oferta para a safra 2012 é de crescimento relativo. Isso significa que é melhor que o de 2011, mas dificilmente chegará aos patamares de 2010.

DINHEIRO – Com o etanol caro na bomba, a maior parte da frota de automóveis flex optou pela gasolina. O que pode ser feito para o preço voltar a ser competitivo?

ROSSETTO – Esse é o grande desafio deste ano. Minha expectativa é de que, ainda no primeiro trimestre, nós conseguiremos definir as principais medidas de uma agenda voltada para o aumento da produção.

DINHEIRO – Que tipos de medida podem entrar nessa agenda?

ROSSETTO – O Brasil precisa preservar seu compromisso com a expansão dos combustíveis renováveis na matriz energética. O que já vem acontecendo – e é grave – é a redução do etanol na nossa matriz e também na matriz de energia elétrica brasileira, na medida em que a biomassa saiu dos últimos dois leilões de energia elétrica. A partir daí, podemos pensar que mecanismos adotar.

DINHEIRO – Quais mecanismos podem ser utilizados?

ROSSETTO – Devemos responder com o aumento da oferta e não com a diminuição da demanda ou importação. Isso porque o Brasil se preparou para um ciclo de expansão da produção de cana nos últimos anos. Estabeleceu o processo de zoneamento ecológico e econômico da cana, disciplinando as áreas de expansão e conservação, e fez um pacto pela qualidade nas relações de trabalho. Com essas duas grandes medidas estruturais, criamos condições para a ampliação da produção. Temos terra, capital, mão de obra, mercado. Estamos preparados. Crises de oferta são positivas quando os países têm condições de responder a elas com mais produção, o que significa aumento da renda e do emprego no País. É o nosso caso.

Veículo abastece com etanol: com combustível caro, quase 70% da frota de carros flex usa gasolina.

DINHEIRO – O que falta para atingirmos esse patamar?

ROSSETTO – Falta exatamente essa agenda. Ela deveria contemplar até dez anos, mas também trazer medidas de curto prazo, como linhas de crédito para estimular a renovação e a expansão dos canaviais e para aproveitar a capacidade ociosa das usinas. Vai envolver, obrigatoriamente, questões tributárias, de financiamento, de capital e, no seu centro, o incentivo a novos marcos tecnológicos.

DINHEIRO – A medida do governo federal que prevê recursos para estocagem é um primeiro passo dessa agenda?

ROSSETTO – É um passo importante. São medidas que organizam a produção e dão segurança ao investimento. De nossa parte, continuamos com nosso ritmo forte de investimento. Vamos continuar com as metas estabelecidas em nosso Plano de Negócios, que prevê produzirmos 5,6 bilhões de litros de etanol em 2015, cerca de 12% de participação no mercado nacional, o que deverá nos transformar em líderes. Estamos trabalhando para viabilizar novos investimentos e aquisições. Obviamente que não vamos acompanhar maluquices do mercado nessas aquisições.

DINHEIRO – O que o Sr. chama de “maluquices”?

ROSSETTO – Preços na Lua, que não guardam nenhuma relação com as receitas desse negócio. Todos os nossos projetos devem ter a rentabilidade econômica exigida pela empresa, qualidade ambiental e logística. A partir desses critérios, estamos perseguindo nossas metas. Com os investimentos já feitos, teremos dois bilhões de litros até 2015 e estamos trabalhando muito para ampliar nossa presença no setor.

Plantação de cana-de-açúcar na África
DINHEIRO – Qual é a estratégia?

ROSSETTO – Para crescer, construímos novas usinas. É o que estamos fazendo na Usina Boa Vista, em Quirinópolis (GO). Será uma usina que, quando concluída, terá capacidade de moagem de oito milhões de toneladas de cana e se tornará a maior do mundo. Cerca de 70% dos nossos investimentos em etanol irão para a construção de novas usinas e destilarias, aumento da capacidade de moagem e renovação de canaviais.

DINHEIRO – Uma proposta é reduzir o imposto sobre o álcool em relação ao da gasolina. Como vê essa ideia?

ROSSETTO – Essa é umas das questões importantes da agenda, como parte da discussão tributária. Há outras: a de custo de capital e a tecnológica, que na minha opinião é central. Precisamos viabilizar a expansão da produtividade da cana no Brasil. Temos de pilotar tecnologias de vanguarda na produção. O Brasil não pode ter posição passiva ante as tecnologias de nova geração.

DINHEIRO – Quando deve chegar ao mercado o etanol de segunda geração, produzido a partir de celulose?

ROSSETTO – Estamos trabalhando com o cenário de 2015. Estamos investindo muito para termos escala comercial nessa data. O maior problema não é fabricar o produto, mas torná-lo competitivo economicamente. Isso é de extrema importância, porque vamos saltar de média de sete mil a oito mil litros de etanol por hectare para 11 mil litros. Isso é ganho extraordinário na eficiência de produção. Apostamos bastante ainda no “bioQAV” (biocombustível para aviação), que também deve chegar em 2015.

DINHEIRO – Outro problema é a concorrência vinda do açúcar, cuja demanda global continua forte. Há como evitar o desvio da maior parte da produção de cana?

ROSSETTO – Esperamos cenário de redução dos preços do açúcar este ano, o que deve gerar maior equilíbrio entre os dois produtos. Mas o que me parece importante é criar ambiente econômico que estimule a produção de etanol e energia elétrica. Esses dois componentes deveriam andar em conjunto. Há, hoje, descompasso e isso é preocupante. Precisamos trabalhar esse ponto.

DINHEIRO – A Petrobras Biocombustível está fechando acordos para produzir etanol em uma série de países africanos. Qual o potencial desses países?

ROSSETTO – Estamos avaliando investimentos em Moçambique, onde já temos uma usina produtora de açúcar. A partir de 2013, eles usarão mistura de 10% de etanol na gasolina e, por isso, estamos estudando abastecer esse mercado. É uma oportunidade, até porque o investimento necessário é pequeno.

DINHEIRO – Embora não exista mercado mundial de biocombustíveis propriamente dito, quais seriam os países que ofereceriam oportunidades para o etanol?

ROSSETTO – Toda a discussão mundial a respeito de biocombustíveis com baixa emissão de gases do efeito estufa e de energias renováveis está consolidada, mesmo diante da crise mundial. Nossa prioridade é abastecer o mercado nacional, mas olhando para oportunidades no cenário global. O biodiesel, por exemplo, está crescendo na Europa. Temos uma associação com a GALP para produzir esse diesel em Portugal. Este ano, o Brasil deverá ultrapassar a Alemanha e virar líder mundial em biodiesel.”

FONTE: blog “Fatos e Dados”, da Petrobras  (http://fatosedados.blogspetrobras.com.br/2012/01/16/miguel-rosseto-etanol-biocombustivel/#more-49288).

5 comentários:

  1. A horrenda MÁFIA do etanol é uma das mais NOCIVAS que temos em no$$a$ terra$.

    12/04/2011: Raposa não pode tomar conta de galinheiro

    Dilma quer saber o que fez etanol sumir após múlti comprar usinas

    Shell, Dreyfus, British, Bunge, etc assumiram controle da produção nos últimos três anos

    Escrito por: Sérgio Cruz

    Presidente se reúne com ministros e pede estudos com medidas para combater a especulação com etanol e a falta do produto
    A presidente Dilma Rousseff cobrou, no início da semana, em reunião com ministros de seu governo, um maior controle sobre o abastecimento de etanol para os consumidores brasileiros. Ela está inconformada com a falta do combustível nos postos e o aumento nos preços observado nas últimas semanas.

    Dilma criticou as empresas produtoras, sobretudo os executivos de companhias estrangeiras, por não estarem se comprometendo com os planos estratégicos do governo. “A entrada de empresas multinacionais no setor”, avaliou, “não resolveu esse problema. Ao contrário, agravou a visão restritiva dos compromissos”.

    Com a intensa desnacionalização observada no setor sucroalcooleiro nos últimos anos, o governo passou a deter cada vez menos controle sobre níveis de estoques em mãos privadas e dos levantamentos de oferta e demanda internas. A determinação da presidenta Dilma para que a ANP (Agência Nacional do Petróleo) passe a ter maior controle sobre a quantidade de etanol produzida e o fluxo de comercialização das usinas, revela a falta de controle que vinha imperando no setor.

    ÍNTEGRA no link abaixo:

    http://grupobeatrice.blogspot.com/2011/04/raposa-nao-pode-tomar-conta-de.html

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  2. Probus,
    Também acho. A excessiva desnacionalização de setores estratégicos acarreta esses entraves quando o interesse da sociedade nacional precisa prevalecer.
    Lembra de a Embraer (cuja propriedade e controle estão em mãos prevalentemente de acionistas estrangeiros) ter demitido milhares no início da crise de 2008? E isso contra a campanha de Lula que, discordando "do mercado", estimulava o consumo, o investimento, o emprego? Um ano depois, viu-se que Lula estava certo.
    Pelo menos, no caso do etanol, parece que o governo já identificou esse problema. Recomendou à Petrobras aumentar muito sua fatia na produção e comercialização do álcool. Leva anos, mas já é um caminho.
    Maria Tereza

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  3. "...Em 2011, o país importou 1 bilhão e 100 milhões de litros de etanol de milho dos EUA, um aumento de 1.384,8% em relação a 2010."

    Afinal, pra que serve a ANP???? De que lado a ANP joga??? Onde estão as ações do CADE contra as MÁFIAs e os MONOPÓLIOs????? Se for MÁFIA e MONOPÓLIO nas mãos IMUNDAS de GRINGOS "dus zói azul" pode?????? No BraSil não existe REESTATIZAÇÃO e CONFISCO de ERÁRIO desviados paras as mãos dos SIONISTAS que controlam o BraZil???????

    Etanol importado dos EUA para o país dispara em 3 anos: 54.900%

    Desnacionalização, monopolização e câmbio arrasam a produção nacional de etanol e fazem o de milho invadir o Brasil

    Em 2011, o país importou 1 bilhão e 100 milhões de litros de etanol de milho dos EUA, um aumento de 1.384,8% em relação a 2010.

    Nesse ano (2010), o ex-ministro Delfim Netto, com aquela verve que às vezes lhe caracteriza, disse aos empresários da Federação de Comércio de São Paulo:

    “... parece que com a taxa de câmbio de R$ 1,60 já podemos importar o etanol de milho dos EUA...” (ver HP, 23/11/2010).

    Delfim provocou frouxos de risos entre os empresários. Era muito absurda a ideia de que um país que cultiva cana-de-açúcar há 500 anos, que até foi o primeiro a introduzir seus derivados no mercado mundial, que tem 2,9% de sua imensa área agricultável ocupada pela cana, e que há 40 anos inventou o uso do álcool como combustível automotivo, pudesse importar etanol de milho dos EUA – até porque o custo de produção deste é bem maior que o nosso: como apontou o diretor da Embrapa Agroenergia, Frederico Durães, para produzir a mesma quantidade de etanol, a produção a partir do milho dispende, no mínimo, oito vezes mais energia do que a produção a partir da cana.

    Infelizmente, o ovo da serpente bêbada já tinha saído da casca: naquele mesmo ano de 2010, o Brasil importou 74,084 milhões de litros de etanol de milho dos EUA, segundo a Secretaria de Comércio Exterior (SECEX). Não era muito significativo, quando comparado ao nosso consumo, mas era um sinal.

    Agora, em 2011, aumentamos em 1.384,8% as importações de etanol dos EUA, alcançando 1,1 bilhão de litros. Um verdadeiro grande salto para trás.

    Num país como o nosso, levantar que o problema foram as condições climáticas parece piada numa cultura, como a cana-de-açúcar, que existe do Sul ao Nordeste. E, antes que alguém (na verdade, já aconteceu) levante que esse é um grande negócio para o Brasil, pois ao mesmo tempo que importamos etanol dos EUA, também exportamos para lá (?!), observemos que as exportações de etanol do Brasil, de 2008 a 2011, caíram nada menos do que 70% - de 4,7 bilhões de litros para 1,4 bilhão de litros (cf. UNICA, Marcos Jank, “The rise of ethanol imports: trends in Brazil’s ethanol market”, set./2011, p. 23).

    Enquanto isso, as importações de etanol, que eram desprezíveis em 2008 (2 milhões de litros) cresceram para 1,1 bilhão de litros em 2011. Ou seja, de 2008 a 2011, cresceram 54.900% e estão quase empatando com as exportações (cf. UNICA, trab. cit., mesma p.).

    A SECEX informa de onde vêm essas importações: 97,6% delas vêm dos EUA.

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  4. O que aconteceu com o setor de etanol, que há poucos anos era uma verdadeira grife brasileira, um anunciado e já carimbado passaporte para o futuro?

    Primeiro, ele foi brutalmente desnacionalizado. Na apresentação da UNICA (União da Indústria de Cana-de-Açúcar) que acabamos de citar, realizada nos EUA, isso aparece com o nome nada sutil de “strong consolidation”:

    a Shell é agora proprietária da Cosan e da NovaAmérica;

    a British Petroleum é agora dona da CNAA e da Tropical Bioenergia;

    a Bunge tomou o Grupo Moema;

    a Louis Dreyfus tomou o Grupo Santa Elisa;

    o Noble Group levou o Grupo Cerradinho;

    a Shree Renuka Sugars pegou o Grupo Equipav;

    a Tereos tomou parte do Grupo Guarani, a Vertente e a Mandu (cf. “The rise of ethanol imports: trends in Brazil’s ethanol market”, p. 10).

    Dos grupos e empresas importantes no setor,

    só não são estrangeiros a ETH, que pertence aos

    monopolistas da

    Odebrecht,

    a São Martinho, que a Petrobrás adquiriu, e a sociedade da mesma Petrobrás com os franceses da Tereo, no Grupo Guarani.

    Notemos que o setor de etanol cresceu 10,4% ao ano de 2003 a 2008. Depois da desnacionalização, o crescimento anual caiu para 3,6% de 2009 a 2011, período em que o aumento da frota de carros flex atingiu 40% (UNICA, op. cit., p. 7 e 8).

    Multinacionais são sempre monopólios. Investem o mínimo para lucrar mais. Assim, o que elas fizeram foi se apoderar do que as empresas brasileiras já tinham construído – a construção de novas usinas, que havia crescido de nove (2005) para 19 (2006), 25 (2007) e 30 (2008) caiu para 19 (2009), 10 (2010) e 5 (2011). Portanto, deixaram de investir, apesar da generosidade do BNDES com essas multinacionais.

    Mas não foi um mecanismo econômico inconsciente que estrangulou a produção nacional de etanol. Segundo o sr. Paulo Costa, secretário-executivo da IETHA (International Ethanol Trade Association – a entidade das multinacionais do setor), “a concentração e consolidação do segmento em mãos de empresas financeiramente sólidas e melhor conhecedoras dos fundamentos de mercado fizeram com que o consumo fosse administrado através de uma oferta controlada por preços elevados” (ver HP, 24/06/2011).

    Em suma, o que houve foi monopólio, cartelização do setor. O sr. Costa, um ex-executivo da Cargill, não se referiu ao estancamento dos investimentos após a desnacionalização do setor. Mas isso faz parte do perfil de sua especialidade. Para que as multinacionais iriam investir? Para baixar o preço do etanol com o aumento da produção?

    Por tudo isso, parece algo delirante a estimativa do presidente da UNICA, Marcos Jank, de que os estrangeiros construirão, até 2020, mais 120 usinas (cf. Jank e Perina, “O Movimento Mais Etanol”, OESP, 14/12/2011).

    Porém, mesmo que as multinacionais fizessem isso, em oito anos isso significaria apenas 15 novas usinas por ano – um número, portanto, inferior aos de 2006, 2007 e 2008.

    Segunda questão: o câmbio. Com as taxas de câmbio vis-à-vis o dólar que os altos juros provocam no Brasil, até importar etanol de milho dos EUA no país da cana-de-açúcar (e do etanol) torna-se vantajoso. Como o ex-ministro Delfim Netto já havia tocado na questão, resta-nos apenas enfatizar: se a Groenlândia tivesse esses juros e essa taxa de câmbio, alguma multinacional iria importar sorvete para vender aos esquimós.

    CARLOS LOPES

    http://www.horadopovo.com.br/

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  5. CARTEL do AÇO e da SIDERURGIA...

    CARTEL das EMPREITEIRAS...

    CARTEL da SOJA...

    CARTEL da CARNE...

    CARTEL do CAFÉ...

    CARTEL do CIMENTO...

    CARTEL das TVs...

    CARTEL dos JORNAIS...

    CARTEL das RÁDIOS AM e FM...

    CARTEL dos BANCOS...

    CARTEL do ETANOL...

    CARTEL da MINERAÇÃO...

    CARTEL do PORTO de SANTOS...

    CARTEL da TELEFONIA...

    CARTEL da WEB...

    CARTEL do Setor de TRANSPORTE e, em INÚMEROS setores...

    CARTEL do FUTEBOL...

    É uma lista sem fim e, o PIOR de TUDO é que todos são controlados por sionistas e macons, será que ninguém vê esta triste realidade???? Que o BraZil é uma imensa Tel Aviv e o cidadão brasileiro é sitiado numa GAZA interminável em um INVISÍVEL Regime de Apartheid????

    "O pior cego não é aquele que não quer ver, o pior cego é aquele que insiste em não querer escutar".

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