domingo, 25 de março de 2012
ONU DESTACA BOA ARTICULAÇÃO DO 'MINHA CASA, MINHA VIDA'
Da Agência Brasil
“MINHA CASA, MINHA VIDA” É EXEMPLO DE ARTICULAÇÃO, diz ONU
“A capacidade de articular os governos federal, estaduais e municipais para ampliar a oferta de habitação no país é uma das principais características do “Programa Minha Casa, Minha Vida”, segundo a avaliação da equipe de especialistas da agência da “Organização das Nações Unidas para Habitação” (ONU-Habitat).
O grupo está no Brasil para documentar práticas relacionadas ao programa, lançado em 2009 pelo governo federal, com o propósito de construir e financiar 1 milhão de moradias para famílias de baixa renda. As conclusões farão parte de uma publicação que a “ONU-Habitat” lançará em 2016, com experiências bem-sucedidas em diversos países e metas até 2025. Além da iniciativa brasileira, os especialistas estão avaliando programas habitacionais de outros países, como a Etiópia e o Chile.
De acordo com o representante da “ONU-Habitat” Erik Vittrup, o “Minha Casa, Minha Vida” tem visão “adequada” de como atacar o problema do déficit habitacional.
“O programa entende que essa questão não se resume à construção de casas, mas que a solução depende de modelo de governança, envolvendo as três esferas de poder para a construção de cidades. Trata-se de modelo de parceria e interação entre governo federal, estadual e local, o que em muitos países, mesmo grandes, sequer existe”, ressaltou.
Vittrup destacou, ainda, que a parceria estabelecida com empresas privadas para as construções é mecanismo importante de dinamização do setor. As unidades habitacionais do programa são erguidas por construtoras privadas e financiadas para as famílias pela Caixa Econômica Federal.
Ele citou ainda a flexibilidade observada no programa, que dois anos após sua implementação ganhou segunda etapa, com alguns reajustes. Entre as novidades da segunda fase do “Minha Casa, Minha Vida”, lançada em junho do ano passado, estão a ampliação das faixas de renda familiar nas áreas urbana e rural e maior ênfase nas obras de saneamento básico nas áreas construídas.
“Essa flexibilidade não é usual em programas tão grandes e que envolvem tantos atores”, afirmou o representante da “ONU-Habitat”.
Erik Vittrup acrescentou que um dos principais desafios para a definição de uma estratégia global para as próximas décadas é evitar o desenvolvimento de programas habitacionais que construam guetos de pobres que se contraponham aos condomínios de luxo.
“Isso já ficou provado que não é eficiente e seguro. As pessoas precisam morar em locais onde elas possam ter por perto trabalho, acesso aos serviços, como saúde, interação cultural e comercial. Essa aglomeração de setores e de economias gera prosperidade local”, explicou.
De acordo com o Ministério das Cidades, a segunda fase do Programa “Minha Casa, Minha Vida” prevê a construção de 2 milhões de unidades habitacionais com investimentos de R$ 125,7 bilhões entre 2011 e 2014.”
FONTE: Agência Brasil. Transcrito no portal de Luis Nassif (http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/onu-destaca-articulacao-do-minha-casa-minha-vida#more). [Imagens do Google adicionadas por este blog ‘democracia&política’].
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