sábado, 23 de junho de 2012

LUGO ACEITA O IMPEACHMENT ARTICULADO PELOS EUA


Defender Itaipu, já !
LUGO ACEITA O IMPEACHMENT [ARTICULADO PELOS EUA]. URGÊNCIA DE BASE MILITAR DO BRASIL EM IGUAÇU!

 “O presidente do Paraguai Fernando Lugo aceitou o impeachment decretado pelo Senado.

Não ofereceu nenhuma resistência ao Golpe.

Como diz o Mauro Santayana, “
venceram os “Katios” e a base americana”.

O Brasil precisa tratar de construir uma base militar em Foz do Iguaçu, o mais rápido possível.

E reforçar a defesa de Itaipu.”

FONTE: escrito por Paulo henrique Amorim [PHA] no seu portal “Conversa Afiada” (
http://www.conversaafiada.com.br/politica/2012/06/22/lugo-aceita-o-impeachment-base-militar-em-iguacu/)

COMPLEMENTAÇÃO 1

Santayana: “KÁTIA” E EUA TENTAM O GOLPE NO PARAGUAI

 

“O portal ‘Conversa Afiada’ reproduz artigo de Mauro Santayana do ‘JB online’:

(“Kátia” é uma forma que este ansioso blog [‘Conversa Afiada’] encontrou para designar “os latifundiários” a que o Mauro se refere.)

A CRISE NO PARAGUAI E A ESTABILIDADE CONTINENTAL


Por Mauro Santayana


“Toda unanimidade é burra, dizia o filósofo nacional Nelson Rodrigues. Toda unanimidade é suspeita, recomenda a lucidez política. A unanimidade da Câmara dos Deputados do Paraguai em promover o processo de impeachment contra o presidente Lugo seria fenômeno político surpreendente, mas não preocupador se não estivesse relacionado com os últimos fatos no continente.


Na
Argentina, a presidente Cristina Kirchner enfrenta uma greve de caminhoneiros, em tudo por tudo semelhante à que, em 1973, iniciou o processo que levaria o presidente Salvador Allende à morte e ao regime nauseabundo de Augusto Pinochet. Hoje, todos nós sabemos de onde partiu o movimento. Não partiu das estradas chilenas, mas das maquinações do Pentágono e da CIA. Uma greve de caminhoneiros paralisa o país, leva à escassez de alimentos e de combustíveis, enfim, ao caos e à anarquia. A História demonstra que as grandes tragédias políticas e militares nascem da ação de provocadores.


O
Paraguai, neste momento, faz o papel do jabuti da fábula maranhense de Vitorino Freire. Ele é um bicho sem garras e sem mobilidade das patas que o faça um animal arbóreo. Não dispõe de unhas poderosas, como a preguiça, nem de habilidades acrobáticas, como os macacos. Assim, Quando encontrarmos um quelônio na forquilha é porque alguém o colocou ali.

 

No caso, foram o latifúndio paraguaio – não importa quem disparou as armas – e os interesses norte-americanos. Com o golpe, os ianques pretendem puxar o Paraguai para a costa do Pacífico, incluí-lo no arco que se fecha, de Washington a Santiago, sobre o Brasil.

 

Repete-se, no Paraguai, o que já conhecemos, com a aliança dos interesses externos com o que de pior há no interior dos países que buscam a igualdade social. Isso ocorreu em 1954, contra Vargas, e, dez anos depois, com o golpe militar.


Não podemos, nem devemos, nos meter nos assuntos internos do Paraguai, mas não podemos admitir que o que ali ocorra venha a perturbar os nossos atos soberanos, entre eles os compromissos com o MERCOSUL e com a UNASUL. Mais ainda: em consequência de uma decisão estratégica equivocada do regime militar, estamos unidos ao Paraguai pela Hidrelétrica de Itaipu. O lago e a usina, sendo de propriedade binacional, se encontram sob soberania compartida, o que nos autoriza e nos obriga a defender sua incolumidade e o seu funcionamento, com todos os recursos de que dispusermos.


Esse é um aspecto do problema. O outro, tão grave quanto esse, é o da miséria, naquele país e em outros, bem como em bolsões no próprio território brasileiro.

 

Lugo pode ter, e tem, todos os defeitos, mas foi eleito pela maioria do povo paraguaio. Como costuma ocorrer na América Latina, o povo concentrou seu interesse na eleição do presidente, enquanto as oligarquias cuidaram de construir um parlamento reacionário. Assim, ele nunca dispôs de maioria no Congresso, e não conseguiu realizar as reformas prometidas em campanha.


Lugo tem procurado, sem êxito, resolver os graves problemas da desigualdade, da qual se nutriram líderes como Morínigo e ditadores como Stroessner. Por outro lado, o parlamento está claramente alinhado aos Estados Unidos – de tal forma que, até agora, não admitiu a entrada da Venezuela no Tratado do MERCOSUL.


O problema paraguaio é um teste político para a UNASUL e o conjunto de nações do continente. As primeiras manifestações – entre elas, a da OEA – são as de que não devemos admitir golpes de estado em nossos países. Estamos, a duras penas, construindo sistemas democráticos, de acordo com constituições republicanas, e eleições livres e periódicas. Não podemos, mais uma vez, interromper esse processo, a fim de satisfazer aos interesses geopolíticos dos Estados Unidos, associados à ganância do sistema financeiro internacional e das corporações multinacionais, sob a bandeira do neoliberalismo.


Os incidentes na fronteira do Paraguai com o Brasil, no choque entre a polícia e os camponeses que ocupavam uma fazenda de um dos homens mais ricos do Paraguai, Blas Riquelme, são o resultado da brutal desigualdade social naquele pa[is. Como outros privilegiados paraguaios, ele recebeu terras quase de graça, durante o governo corrupto e ditatorial de Stroessner e de seus sucessores. Entre os sem-terra paraguaios, que entraram na gleba, estavam antigos moradores na área, que buscavam recuperar seus lotes. Muitos deles pertencem a famílias que ali viviam há mais de cem anos, e foram desalojados depois da transferência ilegítima da propriedade para o político liberal. E há, ainda, ardilosa inversão da verdade. A ação policial contra os camponeses era e é, de interesse dos oligarcas da oposição a Lugo: eles dela se serviram para acusar o presidente de responsável direto pelos incidentes e iniciar o processo de impeachment. É o cinismo dos tartufos, semelhante ao dos moralistas do Congresso Brasileiro, de que é caso exemplar um senador de Goiás.

[...]

Em tempo: a edição impressa do Globo – a que não quer o Toffoli – é indisfarçavelmente a favor do Golpe dos EUA e dos “Kátios”.


COMPLEMENTAÇÃO 2

CONSUMADO O GOLPE: SENADO DESTITUI LUGO 

“Senado paraguaio concluiu o enredo do golpe iniciado na última 5ª feira e aprovou, por 39 votos a favor e quatro contra, o impeachment do presidente da República, Fernando Lugo.

De olho nas eleições de abril de 2013, a oligarquia, a Igreja e a mídia queriam a destituição do Presidente, cuja base de apoio é maior no interior, porém pouco organizada e pobre. Rito sumário do impeachment tinha como objetivo, justamente, impedir a chegada de caravanas de camponeses a Assunção, onde o Parlamento está cercado por pouco mais de dois mil manifestantes contrários ao golpe, mas protegido por número equivalente de policiais. 

Lugo recebeu a notícia no Palácio de governo. Situação é tensa. Golpistas ignoraram a pressão internacional: dirigentes da UNASUL advertiram, pouco antes da votação, que o organismo poderá não reconhecer um governo resultante da ruptura democrática agora consumada.

Lugo, um ex-bispo da linha progressista do catolicismo latino-americano, foi eleito em 2008 pelos pobres que formam cerca de 70% da população paraguaia. 

Ademais de um aparelho de Estado fraco, com receita fiscal inferior a 15% do PIB, insuficiente para reverter o estoque de iniquidades de sua base de apoio, Lugo bateu de frente com uma ologarquia poderosa, sedimentada nos 60 anos da ditadura militar que o antecedeu.

Sem orçamento, sua presidência foi marcada por conflitos sociais insolúveis, que o ex-bispo adepto da Teologia da Libertação não reprimiu buscando associar as demandas a uma maior organização dos excluídos. Com a proximidade das eleições do próximo ano, a oliarquia paraguaia decidiu implodir esse arranjo e antecipar sua volta ao poder através de um atalho: o impeachment golpista.”

FONTE: cabeçalho do site “Carta Maior” sábado, 23/06 (http://www.cartamaior.com.br/templates/index.cfm) [Imagem do Google adicionada por este blog ‘democracia&política’].

2 comentários:

  1. O GOLPE PARAGUAIO

    Por Laerte Braga

    "...O golpe no Paraguai fere o arremedo de democracia que sub-existe no Brasil e outros países com o consentimento dos “poderes moderadores”. As elites políticas e econômicas são as mesmas, arcaicas, podres e totalitárias. Quando querem colocam as garras de fora.

    Foi o que fizeram com Lugo. O que querem fazer com Chávez. Com Evo Morales e outros tantos.

    E no fim de tudo atribuir a culpa ao Irã.

    http://redecastorphoto.blogspot.com.br/2012/06/o-golpe-paraguaio.html

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  2. Probus,
    O Laerte Braga resumiu bem.
    Menos mal que muita gente já percebe como sempre agiram "as elites" financeiras, econômicas e políticas mundiais e brasileiras. Essa percepção começa a criar inibidores para a ação dessas "elites".
    Maria Tereza

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