LUGO
ACEITA O IMPEACHMENT [ARTICULADO PELOS EUA]. URGÊNCIA DE BASE MILITAR DO BRASIL
EM IGUAÇU!
“O presidente do Paraguai Fernando Lugo
aceitou o impeachment decretado pelo Senado.
Não ofereceu nenhuma resistência ao Golpe.
Como diz o Mauro Santayana, “venceram os “Katios” e a base americana”.
O Brasil precisa tratar de construir uma base militar em Foz do Iguaçu, o mais rápido possível.
E reforçar a defesa de Itaipu.”
FONTE: escrito por Paulo henrique Amorim [PHA] no seu portal “Conversa Afiada” (http://www.conversaafiada.com.br/politica/2012/06/22/lugo-aceita-o-impeachment-base-militar-em-iguacu/)
COMPLEMENTAÇÃO 1
Santayana: “KÁTIA” E EUA TENTAM O GOLPE NO PARAGUAI
“O portal ‘Conversa Afiada’ reproduz
artigo de Mauro Santayana do ‘JB online’:
(“Kátia” é uma forma que este ansioso blog [‘Conversa Afiada’] encontrou para designar “os latifundiários” a que o Mauro se refere.)
(“Kátia” é uma forma que este ansioso blog [‘Conversa Afiada’] encontrou para designar “os latifundiários” a que o Mauro se refere.)
A CRISE NO PARAGUAI E A ESTABILIDADE CONTINENTAL
Por Mauro Santayana
“Toda unanimidade é burra, dizia o filósofo
nacional Nelson Rodrigues. Toda unanimidade é suspeita, recomenda a lucidez
política. A unanimidade da Câmara dos Deputados do Paraguai em promover o
processo de impeachment contra o presidente Lugo seria fenômeno político
surpreendente, mas não preocupador se não estivesse relacionado com os últimos
fatos no continente.
Na Argentina, a
presidente Cristina Kirchner enfrenta uma greve de caminhoneiros, em tudo por
tudo semelhante à que, em 1973, iniciou o processo que levaria o presidente
Salvador Allende à morte e ao regime nauseabundo de Augusto Pinochet. Hoje,
todos nós sabemos de onde partiu o movimento. Não partiu das estradas chilenas,
mas das maquinações do Pentágono e da CIA. Uma greve de caminhoneiros paralisa
o país, leva à escassez de alimentos e de combustíveis, enfim, ao caos e à
anarquia. A História demonstra que as grandes tragédias políticas e militares
nascem da ação de provocadores.
O Paraguai, neste
momento, faz o papel do jabuti da fábula maranhense de Vitorino Freire. Ele é
um bicho sem garras e sem mobilidade das patas que o faça um animal arbóreo.
Não dispõe de unhas poderosas, como a preguiça, nem de habilidades acrobáticas,
como os macacos. Assim, Quando encontrarmos um quelônio na forquilha é porque
alguém o colocou ali.
No caso, foram o latifúndio paraguaio – não importa quem disparou as armas – e os interesses norte-americanos. Com o golpe, os ianques pretendem puxar o Paraguai para a costa do Pacífico, incluí-lo no arco que se fecha, de Washington a Santiago, sobre o Brasil.
Repete-se, no Paraguai, o que já conhecemos, com a aliança dos interesses externos com o que de pior há no interior dos países que buscam a igualdade social. Isso ocorreu em 1954, contra Vargas, e, dez anos depois, com o golpe militar.
Não podemos, nem devemos, nos meter nos assuntos
internos do Paraguai, mas não podemos admitir que o que ali ocorra venha a
perturbar os nossos atos soberanos, entre eles os compromissos com o MERCOSUL e
com a UNASUL. Mais ainda: em consequência de uma decisão estratégica equivocada
do regime militar, estamos unidos ao Paraguai pela Hidrelétrica de Itaipu. O
lago e a usina, sendo de propriedade binacional, se encontram sob soberania
compartida, o que nos autoriza e nos obriga a defender sua incolumidade e o seu
funcionamento, com todos os recursos de que dispusermos.
Esse é um aspecto do problema. O outro, tão grave
quanto esse, é o da miséria, naquele país e em outros, bem como em bolsões no
próprio território brasileiro.
Lugo pode ter, e tem, todos os defeitos, mas foi eleito pela maioria do povo paraguaio. Como costuma ocorrer na América Latina, o povo concentrou seu interesse na eleição do presidente, enquanto as oligarquias cuidaram de construir um parlamento reacionário. Assim, ele nunca dispôs de maioria no Congresso, e não conseguiu realizar as reformas prometidas em campanha.
Lugo tem procurado, sem êxito, resolver os graves
problemas da desigualdade, da qual se nutriram líderes como Morínigo e
ditadores como Stroessner. Por outro lado, o parlamento está claramente
alinhado aos Estados Unidos – de tal forma que, até agora, não admitiu a
entrada da Venezuela no Tratado do MERCOSUL.
O problema paraguaio é um teste político para a UNASUL
e o conjunto de nações do continente. As primeiras manifestações – entre elas,
a da OEA – são as de que não devemos admitir golpes de estado em nossos países.
Estamos, a duras penas, construindo sistemas democráticos, de acordo com
constituições republicanas, e eleições livres e periódicas. Não podemos, mais
uma vez, interromper esse processo, a fim de satisfazer aos interesses
geopolíticos dos Estados Unidos, associados à ganância do sistema financeiro
internacional e das corporações multinacionais, sob a bandeira do
neoliberalismo.
Os incidentes na fronteira do Paraguai com o
Brasil, no choque entre a polícia e os camponeses que ocupavam uma fazenda de
um dos homens mais ricos do Paraguai, Blas Riquelme, são o resultado da brutal
desigualdade social naquele pa[is. Como outros privilegiados paraguaios, ele
recebeu terras quase de graça, durante o governo corrupto e ditatorial de
Stroessner e de seus sucessores. Entre os sem-terra paraguaios, que entraram na
gleba, estavam antigos moradores na área, que buscavam recuperar seus lotes.
Muitos deles pertencem a famílias que ali viviam há mais de cem anos, e foram
desalojados depois da transferência ilegítima da propriedade para o político
liberal. E há, ainda, ardilosa inversão da verdade. A ação policial contra os camponeses
era e é, de interesse dos oligarcas da oposição a Lugo: eles dela se serviram
para acusar o presidente de responsável direto pelos incidentes e iniciar o
processo de impeachment. É o cinismo dos tartufos, semelhante ao dos moralistas
do Congresso Brasileiro, de que é caso exemplar um senador de Goiás.
[...]
Em tempo: a edição impressa do Globo – a que não quer o Toffoli – é indisfarçavelmente a favor do
Golpe dos EUA e dos “Kátios”.
FONTE:
portal “Conversa Afiada” (http://www.conversaafiada.com.br/politica/2012/06/22/santayana-katia-e-eua-tentam-o-golpe-no-paraguai/).
COMPLEMENTAÇÃO 2
CONSUMADO O GOLPE: SENADO DESTITUI LUGO
“Senado paraguaio concluiu o enredo do golpe
iniciado na última 5ª feira e aprovou, por 39 votos a favor e quatro
contra, o impeachment do presidente da República, Fernando Lugo.
De olho nas eleições de abril de 2013, a
oligarquia, a Igreja e a mídia queriam a destituição do Presidente,
cuja base de apoio é maior no interior, porém pouco organizada e pobre.
Rito sumário do impeachment tinha como objetivo, justamente, impedir a chegada
de caravanas de camponeses a Assunção, onde o Parlamento está cercado por
pouco mais de dois mil manifestantes contrários ao golpe, mas
protegido por número equivalente de policiais.
Lugo recebeu a notícia no Palácio de governo.
Situação é tensa. Golpistas ignoraram a pressão internacional:
dirigentes da UNASUL advertiram, pouco antes da votação, que o
organismo poderá não reconhecer um governo resultante da ruptura democrática
agora consumada.
Lugo, um ex-bispo da linha progressista do
catolicismo latino-americano, foi eleito em 2008 pelos pobres que formam cerca
de 70% da população paraguaia.
Ademais de um aparelho de Estado fraco, com receita
fiscal inferior a 15% do PIB, insuficiente para reverter o estoque de
iniquidades de sua base de apoio, Lugo bateu de frente com uma
ologarquia poderosa, sedimentada nos 60 anos da ditadura militar que
o antecedeu.
Sem orçamento, sua presidência foi marcada por
conflitos sociais insolúveis, que o ex-bispo adepto da Teologia da Libertação
não reprimiu buscando associar as demandas a uma maior organização
dos excluídos. Com a proximidade das eleições do próximo ano, a oliarquia
paraguaia decidiu implodir esse arranjo e antecipar sua volta ao poder através
de um atalho: o impeachment golpista.”
FONTE: cabeçalho
do site “Carta Maior” sábado, 23/06 (http://www.cartamaior.com.br/templates/index.cfm) [Imagem do Google adicionada por
este blog ‘democracia&política’].
O GOLPE PARAGUAIO
ResponderExcluirPor Laerte Braga
"...O golpe no Paraguai fere o arremedo de democracia que sub-existe no Brasil e outros países com o consentimento dos “poderes moderadores”. As elites políticas e econômicas são as mesmas, arcaicas, podres e totalitárias. Quando querem colocam as garras de fora.
Foi o que fizeram com Lugo. O que querem fazer com Chávez. Com Evo Morales e outros tantos.
E no fim de tudo atribuir a culpa ao Irã.
http://redecastorphoto.blogspot.com.br/2012/06/o-golpe-paraguaio.html
Probus,
ResponderExcluirO Laerte Braga resumiu bem.
Menos mal que muita gente já percebe como sempre agiram "as elites" financeiras, econômicas e políticas mundiais e brasileiras. Essa percepção começa a criar inibidores para a ação dessas "elites".
Maria Tereza