O QUE HÁ POR
TRÁS DO GOLPE DE ESTADO NO PARAGUAI?
Por Adrian
Salbuchi, no “Russia Today”
Adrian
Salbuchi
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A
EQUAÇÃO BRASILEIRA: A SAÍDA PARA O PACÍFICO
“Além
da semente transgênica da Monsanto, há também a necessidade de os EUA impedirem
o acesso do Brasil ao Oceano Pacífico (e à China).
Nada ali se refere
exclusivamente ao Paraguai que, apesar de ser nação pequena, localiza-se no
coração geopolítico e geoestratégico do continente sul-americano, como já
observaram estrategistas brasileiros do século passado. Controlar o Paraguai é
fator chave do controle sobre o continente para os EUA, cuja principal meta é
frear o aumento crescente da influência do Brasil, integrante do chamado grupo
BRICS, com Rússia, China, Índia e África do Sul.
Recentemente, o Brasil
descobriu enormes reservas de petróleo em suas águas na costa do Atlântico, o
que levou o país a [tentar] melhorar e reforçar suas forças navais e aéreas, sobretudo
depois de os EUA reativarem a IV Frota, do Atlântico Sul, criada durante a IIª.
Guerra Mundial, desativada em 1953 e novamente ativada durante o governo de
George W. Bush.
Manifestação
antiGolpe de Estado no Paraguai
|
A aproximação entre
Brasil, Rússia, China e Índia exige que se estabeleçam novas rotas pelo
Pacífico, distantes do Atlântico (cada vez mais controlado pela OTAN). O controle
político e militar norte-americano sobre o Paraguai é obstáculo considerável no
caminho desses interesses do Brasil e, além disso, é passo preliminar nos
projetos norte-americanos de constituir um bloco comercial com países seus
aliados na América Latina, especialmente México, Panamá (e o canal), Colômbia,
Peru, Chile e, agora, o Paraguai. Está sendo construído um verdadeiro “muro do
Pacífico”, que visa a cercar o Brasil e impedir que chegue ao Pacífico, e que
caberá ao Brasil ultrapassar.
O TIPO DE “DEMOCRACIA” QUE
OS EUA DESEJAM...
Ao longo do século 20, a
América Latina assistiu a várias tentativas de golpes de estado – civis e
militares – orquestrados por EUA, Reino Unido e suas respectivas agências de
inteligência, CIA e MI6, que, sistematicamente, orquestraram, financiaram,
armaram e promoveram “mudanças de regime” em vários países que resistiam às suas
imposições.
Esses golpes de “mudança
de regime” instalaram no poder governos pró-EUA que lá permaneceram ao longo de
décadas, tendo à frente figuras de fama planetária, como os generais Augusto
Pinochet (Chile), Anastasio Somoza (Nicarágua), Aramburu, Onganía e Videla
(Argentina), Carlos Andrés Perez (Venezuela), Fulgencio Batista (Cuba), Alfredo
Stroessner (Paraguai), dentre muitos outros.
Dividir para governar.
[O Golpe no Paraguai] também vale na versão “enfraquecer para governar”. Essa parece ser a pauta
fundamental de uma bem provável espécie de ‘primavera latino-americana’,
exatamente como também já é pauta hoje da chamada ‘primavera árabe’.
FONTE:
por Adrian Salbuchi, no “Russia
Today”, sob o título original “Latin American Spring” kicking-off in Paraguay?”. Artigo
pCastor Filhohttp://redecastorphoto.blogspot.com.br/2012/07/o-que-ha-por-tras-do-golpe-de-estado-no.html).
[Título e imagens do Google adicionados por este
blog ‘democracia&política’].
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