MOVIMENTO PASSE
LIVRE SAI DAS RUAS PARA NÃO SE CONFUNDIR COM EXTREMA DIREITA
Por
Bob Fernandes, no seu portal "Terra Magazine"
“O Movimento Passe Livre (MPL), que lidera
as manifestações pela redução da tarifa do transporte público em todo o Brasil,
tem uma atuação que eles denominam de "horizontal", com 40 ou 50 integrantes.
Lucas Monteiro, 29 anos, é uma das lideranças encarregadas de falar com a
imprensa.
Em conversa com “Terra
Magazine”, na manhã de sexta-feira (21), ele informou que, para
evitar a apropriação do movimento pela extrema
direita [PSDB/DEM/PPS/Mídia/neonazistas/fascistas/saudosos da ditadura], e a violência nas ruas, o MPL
não convocará mais protestos em São Paulo. Lucas reafirma que não fala por outros
Estados, mas imagina que, nas cidades em que houve a "vitória", com a
redução da tarifa, o mesmo se dará.
Terra
Magazine – Lucas, não lhe parece que as coisas estão saindo do controle e que
há uma extrema-direita indo para as ruas, tentando se apropriar das
manifestações?
Lucas Monteiro -
Sim, eu concordo. Quinta-feira, 20, foi a última manifestação, não vamos mais
chamar manifestações nas ruas… Não vamos chamar mais nesse momento. O movimento
conquistou a vitória que a gente buscava. Uma vitória popular, da população, e
não podemos deixar que isso seja confundido e apropriado e que a violência tome
as ruas…
[Sexta-feira],
em vários lugares do Brasil, ficou clara a pregação de ódio contra partidos. Na
Avenida Paulista, era claramente gente de extrema direita, ou não?
Em São Paulo, tinha gente de esquerda, mas
quem estava atuando daquela forma, com aquela violência, era mesmo gente da
direita.
Vocês
não temem que porções com esse viés fascista busquem se apropriar das
manifestações?
Sim, há essa tentativa desse pessoal, eu
concordo que eles estão agindo e não é assim que se faz política. Vamos
continuar pautando a questão do transporte, buscando a tarifa zero, mas, no
momento, não vamos mais chamar manifestações.
Vocês
não acham que erraram ao convocar outra manifestação depois de ter obtido a
vitória da diminuição da tarifa?
A manifestação já estava convocada, não
tinha como desconvocar, e se a gente não fosse para a rua ontem, aí sim que só
teria esse pessoal de direita.
O
Movimento Passe Livre não fará mais manifestações só em São Paulo ou no Brasil
todo?
São Paulo não fará mais manifestações nesse
momento, mas não posso falar pelos outros Estados.
Para não
se confundirem com quem está agindo com violência nas ruas?
Também para impedir que eles tentem se
apropriar das manifestações.
Vocês
estão conversando com o MPL em outros Estados?
Sim, nós conversamos.
E eles
também vão parar?
É provável que sim nos lugares onde já foi
obtida a vitória. Estamos conversando, mas não falamos por eles.”
FONTE: escrito por Bob Fernandes no
portal “Terra Magazine (http://terramagazine.terra.com.br/bobfernandes/blog/2013/06/21/movimento-passe-livre-sai-das-ruas-para-nao-se-confundir-com-extrema-direita/).
[Título e trechos entre colchetes
adicionados por este blog ‘democracia&política’]
COMPLEMENTAÇÃO
1
NA Av. PAULISTA,
EXTREMA DIREITA AGRIDE PARTIDOS DE ESQUERDA
Direitista mostra orgulhoso com sabe usar os dentes
Por
Marina Dias, no “Terra Magazine”
“Desde
o início da noite de quinta-feira (20), provocações, palavras de ordem e um
clima de tensão tomaram conta da Avenida Paulista, onde aconteceu a sétima
manifestação organizada pelo Movimento Passe Livre (MPL), em São Paulo, para
comemorar a revogação do aumento das tarifas do transporte público na cidade.
Com bandeiras e camisetas de partidos como PT, PSTU, PCO, PCdoB e PSOL,
militantes eram hostilizados por manifestantes enquanto tentavam avançar com a
marcha que mudou de grito – e de
reivindicações – nos últimos quinze dias.
A redução da tarifa, principal bandeira dos
protestos, foi substituída por faixas e cartazes em que se estampavam desde o “não
à PEC 37” [objetivo desejado e
insistentemente apregoado e implantado pela “Globo” e grande mídia direitista em geral], proposta que limita a
atuação do Ministério Público em investigações criminais [pois essa PEC retira o tradicional poder do MP/PGR de engavetar as
denúncias e investigações da Polícia Federal contra demotucanos, poder que vem
desde os tempos FHC/PSDB do PGR/MP Geraldo Brindeiro, que ganhou o merecido título de “Engavetador-Geral
da República”], até o fim da corrupção [somente a de partidos da base do
governo PT] e o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), do prefeito
Fernando Haddad (PT) e [logo abafado pela mídia] do governador Geraldo Alckmin
(PSDB). "Só Jesus salva" também teve espaço entre as novas bandeiras.
Vestido com uma jaqueta preta e um capacete
de motoqueiro na cabeça, um homem de 50 anos, morador do bairro de Perdizes,
zona oeste da capital paulista, e que se identifica como “V” -de vingança ou de vinagre?-, caminhava
com o peito estufado em direção ao cordão humano formado por petistas e
dirigentes de movimentos estudantis e sociais.
- Filho
da puta! Filho da puta! Filho da puta!
O grupo de aproximadamente 150 militantes
era orientado por Danilo de Camargo, da Comissão
de Ética Estadual do PT, a não responder a provocações. "Cara de paisagem, pessoal. Xingar é
democrático", repetia, aos berros.
“V” simulou que daria um tapa na cara de um
homem que estava com camiseta vermelha, na linha de frente do cordão de
isolamento, mas recuou. Diminuiu os passos e resolveu falar uma frase diferente
da que gritava há quase trinta minutos, sem intervalos. Dessa vez, para “Terra Magazine”:
- “O
sistema está corroído. Só um golpe militar…”
Segue a marcha.
De um lado e de outro da Avenida Paulista,
gritos de "Fora PT", "Vai
tomar no cu, PT", "Puta que o pariu, o PT é a vergonha do Brasil"
e "Sem partido" envolviam o
grupo que se deslocava com a escolta do cordão formado por diversas pessoas.
Como resposta, os manifestantes antipartidários ouviam: "Coxinha, reaça, não passarão",
"Sem fascismo",
"Democracia".
Na altura do número 900, quase em frente à
TV Gazeta, o encontro dos grupos que, até ali, havia gerado empurra-empurra,
muitos palavrões e confusões rapidamente controladas, ganhou um novo
ingrediente.
Jovens fortes, agressivos e com o rosto
coberto por touca ninja, um deles segurando um taco de hóquei, queriam que os
militantes dos partidos políticos e movimentos sociais abaixassem as bandeiras
à força. Socos, chutes e correria. Um dos manifestantes foi atingido na cabeça
e saiu da confusão sangrando bastante.
Nas calçadas e nos canteiros que dividem a
avenida, pessoas aplaudiam e gritavam conforme as bandeiras eram arrancadas das
mãos dos militantes. Algumas foram queimadas. Gritos eufóricos. Outras,
quebradas e rasgadas. Aplausos.
Os militantes dos partidos e dos movimentos
sociais baixaram as bandeiras, tiraram os bonés, fecharam a blusa de frio por
cima das camisetas vermelhas e deixaram a Paulista.
A passeata que saiu da Praça do Ciclista às
17h e seguiu no sentido Paraíso estava heterogênea. Lideranças do MPL estavam
misturadas aos ativistas LGBT, às representantes da Marcha Mundial das
Mulheres, aos militantes de diversos partidos políticos, aos integrantes de
movimentos ligados a centrais sindicais, como a Central Única dos Trabalhadores
(CUT), e às milhares de pessoas que, enroladas em bandeiras do Brasil ou com
tinta verde e amarela pintando os rostos, empunhavam seus cartazes e levantavam
a voz na passagem de qualquer coisa que fizesse referência a uma organização
partidária.
Pessoas essas que, misturadas aos jovens
agressivos, cantavam o Hino Nacional, pediam a prisão dos
"mensaleiros" [somente os do
PT; tucanos e demos nunca], rezavam o Pai Nosso…
Às 19h30, um senhor de aproximadamente 70
anos andava pela calçada vagarosamente. Em uma das mãos, carregava a haste da
bandeira que escondia dentro da blusa fechada. Uma bandeira do PT.
Apesar da convocação do presidente nacional
petista, Rui Falcão, na noite de quarta-feira (19), para que os militantes
fossem às ruas participar das manifestações, somente 150 pessoas vestiram seus
uniformes vermelhos e se reuniram no fim da Avenida Angélica na quinta-feira
(20).
O partido que sempre esteve acostumado a
liderar as principais manifestações populares do Brasil não conseguiu se
integrar à nova causa que, agora obscura, avança por todo o país.
110 mil pessoas ocupavam a Paulista às 20h,
segundo o Datafolha. Algumas centenas se dividiram entre a Avenida 23 de Maio,
o Rodoanel, a Câmara Municipal e a Assembleia Legislativa ao longo da noite.
Muito mais dispersas que nos outros dias de protesto.
Bem antes disso, as lideranças do MPL já
haviam orientado o seu pessoal a deixar as manifestações. "Cumprimos nossa
obrigação", disse Lucas Monteiro, integrante do Movimento Passe Livre.
"Mas a luta continua",
completou.”
FONTE: escrito por Marina Dias no
portal “Terra Magazine” (http://terramagazine.terra.com.br/bobfernandes/blog/2013/06/21/na-paulista-extrema-direita-agride-partidos-de-esquerda/).
[Imagens e trechos entre colchetes
adicionados por este blog ‘democracia&política’].
COMPLEMENTAÇÃO
2
“ÊI,
REAÇA, VAZA DESTA MARCHA!”
“Não, reaça, eu não estou do teu lado. Não vens
transformar este protesto legítimo em uma ação despolitizante contra a
corrupção. Não vem usar nariz de palhaço, não tem palhaço nenhum aqui. Agora
que a mídia comprou a manifestação tu vens dizer que acordou?
Fernando Soares Campos*, do blog “Assaz Atroz”
O povo já está na rua há muito tempo, movimentos sociais estão mobilizados apanhando da polícia faz muito tempo. São eles os baderneiros, os vândalos, os que atrapalham o trânsito. Movimento pelo transporte, Movimento Feminista, Movimento Gay, Movimento pela Terra, Movimento Estudantil… Ninguém tava dormindo! Essa violência que espanta todo mundo não é novidade, não é coisa de agora. Acontece todos os dias nas periferias brasileiras, onde não tem câmera pra registrar ou repórter para se machucar e modificar o discurso da mídia.
Não podemos admitir que nossa luta seja convertida pela direita numa “passeata contra a corrupção”. Não é uma causa de neoliberais. Não é uma causa pelos valores e pela família. Não estamos pedindo o fim do Estado – pelo contrário! – Esse “Acorda, Brasil” não tem absolutamente NADA a ver com a mobilização das últimas semanas.
Então, se tu realmente acreditas que a mídia tá do nosso lado, abre os olhos! São muitas as maneiras de se acabar com um levante: força policial, mídia oportunista, adoção e desconstrução do discurso…
Começou a disputa pelos sentidos da efervescência:
“Não é nem um pouco fácil entender a proporção que as coisas estão tomando no Brasil. Os protestos estão cada vez mais heterogêneos (...). Protestos são convocados por movimentos libertários e autogestionados (que se encontram na gênese das manifestações), até pelas páginas ufanistas/moralistas/udenistas como a antipetista “Acorda Brasil”, que dissemina desinformação e preconceito de classe. Se esse choque de alteridades pode ser potente, também pode gerar desmobilização numa questão de semanas. Começou a disputa pelos sentidos da efervescência. Reacionários estão determinados a também sair do “facebook” e transformar a insatisfação coletiva numa versão inchada do elitista “Movimento Cansei”, com sua pauta moralista e antipetista.
[Protestos de rua da "elite"[?] do “Cansei”]
Por
outro lado, governistas estão mais preocupados em deslegitimar as manifestações
e em blindar os governos petistas, que não se pronunciam sobre o que acontece
por não conseguirem compreender o novo, e quando se pronunciam, não conseguem
romper com o emcimadomurismo. A multiplicidade de pautas que desaguam nessa
insatisfação generalizada torna impossível vislumbrar os rumos que as coisas
irão tomar. Será árdua a tarefa de disputá-los.”
FONTE: escrito por Fernando Soares Campos*, do blog “Assaz Atroz”. O autor é jornalista, colabora com o “Quem tem medo da democracia?”, onde tem a coluna “Assaz Atroz”. Artigo transcrito no portal “Vermelho” (http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_noticia=216673&id_secao=10). [Imagens do Google e trechos entre colchetes adicionadas por este blog ‘democracia&política’].
FONTE: escrito por Fernando Soares Campos*, do blog “Assaz Atroz”. O autor é jornalista, colabora com o “Quem tem medo da democracia?”, onde tem a coluna “Assaz Atroz”. Artigo transcrito no portal “Vermelho” (http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_noticia=216673&id_secao=10). [Imagens do Google e trechos entre colchetes adicionadas por este blog ‘democracia&política’].
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ResponderExcluirManifestações
ResponderExcluirHoje entendi o que o povo quer, representado legitimamente pelas manifestações.
O POVO QUER DEMOCRACIA.
DEMOCRACIA É: Deveres e direitos iguais para todos.
Vamos ver onde a encontramos.
Políticos: Aumentam os próprios salários, tem apartamento funcional, passagens aéreas e vários outros benefícios. (Não tem Democracia)
Se aposentam com 8 anos de mandato, enquanto o trabalhador brasileiro tem que contribuir 35 anos. (Não tem Democracia)
Funcionário público: Se aposentam com salário integral, enquanto o trabalhador perde boa parte pelo INSS. (Não tem Democracia)
Obs: Sem entrar no mérito, o dinheiro gasto com a COPA, tem retorno para o país, mas o citado acima!!!
Agora vamos aos porquês.
Porque a mídia não tem que ser imparcial, como por exemplo, mostrou os problemas nas obras de transposição do São Francisco, mas não mostra o que está pronto nem outras obras importantes? (Não tem Democracia)
Porque a mídia pode publicar difamações contra uma pessoa e a justiça obriga a uma indenização (o que diante do poder econômico é irrisória), mas o estrago foi feito? (Não tem Democracia)
Porque a mídia não mostrou os cartazes dos manifestantes afixados nas grades nem as manifestações em frente à Rede Globo? (Não tem Democracia)
Porque as Forças Armadas não podem continuar a construir estradas, casas populares e outras obras importantes para o país? (Não tem Democracia)
Porque alguns grupos religiosos enriquecem com a boa fé dos adeptos e não são investigados? (Não tem Democracia)
Porque um cidadão que rouba um pote de margarina (o que é errado) vai para a cadeia, enquanto poderosos que comprovadamente roubam o dinheiro público estão impunes? (Não tem Democracia)
Porque o STF que foi tão rigoroso no julgamento do “mensalão”, segundo alguns juristas de renome, condenando sem provas, não julga o mensalão do PSDB em Minas? (Não tem Democracia)
Porque as privatizações durante o governo FHC não são investigadas, mesmo com as denuncias provadas no livro A Privataria Tucana ? (Não tem Democracia)
Agora nós, o POVO.
Quantos de nós demos propina para um agente de trânsito? (Não tem Democracia)
Quantos de nós demos propina para renovar a carteira de motorista sem prestar os exames? (Não tem Democracia)
Quantos de nós pagamos propina para agilizar um processo? (Não tem Democracia)
Quantos de nós jogamos lixo nas ruas? (Não tem Democracia)
Quantos de nós não devolvemos troco dado a mais? (Não tem Democracia)
Quantos de nós abandonamos nossos animais de estimação? (Não tem Democracia)
Quantos de nós vendemos nosso voto? (dentadura, material de construção. Cesta básica, etc) (Não tem Democracia)
Como podemos mudar o país, se não mudarmos nossas atitudes?
Apoio as manifestações. Vieram de surpresa para muitos, mas em um momento importante, porque mostram a força do povo, desestimulam qualquer tentativa de golpe, e dão uma sacudida nos políticos e governantes.
Não sou melhor nem pior, sou o POVO BRASILEIRO.
VIVA A DEMOCRACIA!!!
Caros, acho que houve um engano ao postarem essa matéria aqui no Democracia $ Política: "Ei, reaça, vaza dessa marcha!"
ResponderExcluirEu não sou o autor do texto, e o Portal Vermelho publicou com o seguinte título: "Nata Castro: Ei, reaça, vaza dessa marcha!"
Confiram:
http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_secao=10&id_noticia=216673
Eu agradeceria se vocês corrigissem.
Grato desde já.
Fernando Soares Campos