O jornal Folha de São Paulo de hoje publicou texto de Scott Shane, do "New York Times", expondo um fato já sabido em todo o mundo: o uso oficial da tortura nos interrogatórios de suspeitos de serem inimigos das intervenções militares norte-americanas.
A novidade é a Cruz Vermelha Internacional manifestar isso formalmente, até mesmo acusando membros do governo Bush, que autorizaram a prática, de "crimes de guerra".
Transcrevo parcialmente a notícia:
“Inquérito movido pela Cruz Vermelha Internacional concluiu sigilosamente no ano passado que os métodos utilizados pela CIA, agência de inteligência americana, nos interrogatórios de suspeitos de pertencerem à Al Qaeda podem ser qualificados como tortura, expondo membros do governo Bush que autorizaram a prática à acusação de "crimes de guerra".
A informação está em livro da especialista em contraterrorismo Jane Mayer, a ser lançado nesta semana. A Cruz Vermelha se refere especificamente ao interrogatório de Abu Zubaydah, do primeiro escalão da rede comandada por Bin Laden. Segundo o organismo, foi "categoricamente" empregada a tortura, proibida pelas leis americanas e internacionais.
Zubaydah, além de permanecer preso num cubículo tão pequeno que o obrigava a manter a posição fetal, foi socado contra paredes e submetido a simulação de afogamento -prática que os americanos não consideram como tortura.
A existência desses métodos já era conhecida. A novidade está na manifestação da Cruz Vermelha, que não tem por hábito repreender publicamente.”
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