quinta-feira, 6 de novembro de 2008

PRODUÇÃO INDUSTRIAL BRASILEIRA CRESCE 6,7% DE JUL A SET

CRESCIMENTO NO 3º TRI, DE 6,7%, GARANTE BOM RESULTADO PARA O PIB DO PERÍODO

Li ontem no jornal Folha de São Paulo o seguinte texto de Pedro Soares:

“Apesar da crise, a indústria se manteve firme em setembro: a produção cresceu 1,7% na comparação livre de influências sazonais com agosto, quando recuou 1,2%. Ante setembro de 2007, o avanço foi de 9,8%, o maior desde os 10% de abril, diz o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

O bom desempenho de setembro assegurou crescimento de 6,7% no terceiro trimestre, variação acima dos 6,2% do segundo trimestre e que garante bom resultado para o PIB no período. O crescimento de setembro fez ainda a taxa acumulada do ano avançar para 6,5%.

Dados da CNI (Confederação Nacional da Indústria) apontam na mesma direção: o faturamento do setor voltou a crescer em setembro (havia caído em agosto), sem refletir ainda os efeitos da crise internacional de crédito no Brasil. Houve altas de 10,2% ante setembro e de 2% em relação a agosto. Os melhores desempenhos ficaram com equipamentos de transporte, veículos automotores e máquinas e equipamentos.

Já o emprego na indústria cresceu 1,1% em relação a agosto e 4,3% na comparação anual. O crescimento acontece há 30 meses consecutivos.

Segundo Isabela Nunes, gerente do IBGE, a crise e a alta dos juros iniciada em abril e interrompida em outubro não mexeram com a indústria, que sustentou seu ritmo de produção. Em setembro, diz, houve ainda o impacto positivo do calendário -um dia útil a mais do que em agosto e três a mais do que no mesmo mês de 2007.

Ela afirmou, porém, que é possível um contágio da crise nos próximos meses. Os ramos mais afetados serão os de bens de capital (máquinas e equipamentos) e duráveis (eletrodomésticos e veículos), mais sensíveis ao crédito escasso e caro.

Além da restrição do crédito, há sinais que preocupam, diz Nunes, como as as férias coletivas de empresas da Zona Franca de Manaus, que vão atingir a produção de alguns setores.

As perspectivas negativas, porém, não haviam se configurado ainda em setembro e a indústria avançou com força, especialmente nos setores de máquinas e equipamentos (9% ante agosto), edição e impressão (8,4%) e refino de petróleo e produção de álcool (3,3%).”

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