[OBS deste blog 'democracia&política': gráficos do Risco-Brasil no período FHC/PSDB/DEM. Elevadíssimos. Sempre colocaram a culpa nos outros. Até na Argentina. Hoje, não colocam culpa
na muito maior crise EUA/Europa... Passaram o governo para o PT/Lula com o risco em 2400! O
risco de hoje (173) nem apareceria nos gráficos tucanos acima, de tão pequeno.]
Do portal de Luis Nassif
“Há enorme dificuldade na gradação
da crítica econômica.
É evidente que há problemas na
condução da política econômica. Aqui mesmo tenho apontado esses problemas.
A partir dessa constatação, não há
limites para se forçar a barra.
A manchete principal da Economia do [autodeclarado
tucano em editorial de 2010] jornal “Estadão” de terça-feira é sobre a
relevante informação de que o "risco Brasil" “é o maior... desde
junho do ano passado, refletindo o aumento da desconfiança em relação aos
fundamentos da economia”.
Se em junho do ano passado, em
perfeitas condições de vôo, o risco Brasil era superior ao de hoje, certamente
o fato que estimulou o risco é externo à economia brasileira.
O "risco Brasil" é a
diferença entre a remuneração dos títulos do Tesouro americano e os
brasileiros.
RBr = T Br - T EUA
Onde RBr é o Risco Brasil, T Brasil
é a remuneração do título Brasil e T EUA a remuneração do título nos EUA. Vou
montar o exemplo em cima de números redondos, para facilitar a explicação.
Como estava antes? O RBr estava em
173 pontos (ou 1,73 de diferença). O T EUA em 1,00 e o T Br em 2,73:
1,73 = 2,73 - 1,00
Com os dados da recuperação da
economia norte-americana, há a expectativa de que o FED (o Banco Central dos EUA) deixe de lado a política monetária expansionista
- e de juros baixos - e comece a
elevar os juros. Prevendo esse movimento, os investidores internacionais passam
a analisar o "risco" dos demais países em relação ao futuro patamar
dos títulos norte-americanos.
Digamos que eles estimem que a taxa
dos títulos dos EUA aumentarão para 1,37. Imediatamente, eles farão o ajuste e
estimarão um novo piso para o título Brasil:
Voltemos à nossa formulinha básica:
RBr = TBr - TEUA
ou TBr = RBr + TEUA
Se o mercado acredita que o T EUA
passará para 1,37, mudará o que ele espera pagar pelo T Br:
T Br = 1,73 + 1,37 = 3,10
Ou seja, mantido o mesmo risco
Brasil de 1,73, a remuneração básica do T Br teria que aumentar para 3,10
meramente para acompanhar o aumento da T EUA.
Acontece que, na hora de medir o
"risco Brasil", o mercado não faz esse ajuste. Compara a expectativa
dos agentes com o novo cenário com os juros americanos antes da elevação.
A conta fica assim:
R Br = 3,10 - 1 = 2,10 [também
tratado como risco 210]
Para o mercado, não há problema,
porque ele sabe fazer a leitura. Sabe que esse aumento do risco Brasil reflete
apenas a expectativa de elevação dos títulos norte-americanos.
Como nossa imprensa [tucana] tem
dificuldades para tanto, considera que esse aumento de 173 para 210 significou
"aumento da desconfiança"
em relação ao Brasil. Mas o fenômeno alcançou todos os mercados emergentes.
Nos últimos 30 dias, o risco Colômbia
subiu 45%, o do Peru 35%, o da África do Sul 31%, o do México 26% e o da Rússia
19%.
É evidente que a elevação das taxas
norte-americanas traz um complicador adicional para o Brasil. Encarecerá a
atração de capitais externos, em um momento em que a queda do superávit
comercial, as perspectivas de queda ainda maior com as exportações de ‘commodities’,
exigirão recursos cada vez maiores.
Mas essa percepção ainda não foi
incorporada ao chamado "risco Brasil". A única coisa incorporada foi
o terrorismo econômico tucano-midiático [que
parece esquecer dos tempos do governo FHC/PSDB, quando os riscos-Brasil foram
até mais de 11 vezes maiores (2400/210= 11,4)...]”
FONTE: Do portal de Luis Nassif (http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/a-confusao-sobre-o-aumento-do-risco-brasil). [Gráficos obtidos no Google, pequenas correções nas contas e trechos
entre colchetes em azul adicionados por este blog ‘democracia&política’].
Um comentário:
Governo do PT foi e também é um governo de maior e melhor estabilidade econômica e de menos risco para se investir comparando com o passado do governo tucano.
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