Por Fernando Brito
“Agora que conseguiram um naco maior
do que esperaram do dinheiro público, com a estúpida alta dos juros promovida
pelo Banco Central, a turma da bufunfa – genial
expressão do economista Paulo Nogueira Batista Jr. - volta-se agora para o
mercado cambial.
Todo mundo sabe que há
subvalorização histórica do dólar frente ao real, que – exceto em momentos de forte especulação – tem se mantida em torno
de 25-30%.
A valorização da moeda americana em
7% durante o mês de maio, porém, tem pouco a ver com um movimento de correção
cambial.
Muito menos com eventual
instabilidade da economia brasileira.
A moeda americana se valorizou com
os dados positivos da economia americana e com a “piscadela de olho” que o
presidente do “Federal Reserve” deu para eventual alta dos juros naquele país.
A lira turca, o rand sul-africano
e o peso mexicano também chegaram a
cotações mínimas frente ao dólar. A rúpia
indiana caiu 5% no mês e nem o yuan chinês
escapou da queda frente à moeda americana.
Mas, à parte o alarmismo típico do
terrorismo midiático [no Brasil], não há razão para crer em disparada do dólar.
Isso, claro, se o Banco Central
quiser lançar mão do petardo que são nossas reservas cambiais de US$ 374 bilhões,
dez vezes maiores do que as que Fernando Henrique Cardoso/PSDB deixou para Lula
em janeiro de 2003.
Um pedacinho delas sossega quaisquer
especulações em um mercado que movimenta US$ 2 bilhões por dia, que rodam,
rodam, rodam.
O mercado de dólar no Brasil, ao
contrário do que ocorre na maioria dos países, não tem seus preços formados,
essencialmente, pela negociação à vista. São os contratos futuros que formam a
cotação da moeda.
O “mercado” tem, agora, um objetivo
nem tão oculto: acabar com o imposto sobre operações financeiras nas
operações de dólar futuro.”
FONTE:
escrito por Fernando Brito em seu blog “Tijolaço” (http://www.tijolaco.com.br/index.php/dolar-em-alta-e-so-aqui/).
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