terça-feira, 16 de julho de 2013

PLANO SAFRA DA AGRICULTURA FAMILIAR TEM CRÉDITO BARATO E APOIO À COMERCIALIZAÇÃO

No programa “Café com a Presidenta de “[segunda-feira], Dilma Rousseff falou sobre o “Plano Safra da Agricultura Familiar”, que vai destinar R$ 21 bilhões para o custeio e os investimentos na safra 2013/2014. Segundo a presidenta Dilma, a Agricultura Familiar é muito importante para as famílias que moram no campo, para a economia e para o país. Já no “Café com a Presidenta especial para o Nordeste”, Dilma Rousseff explica o “Plano Safra do Semiárido”, lançado para melhorar a convivência da população do semiárido com a seca.


TRANSCRIÇÃO DO “CAFÉ COM A PRESIDENTA”

Apresentador: Olá, bom dia! Eu sou o Luciano Seixas e começa agora mais um Café com a Presidenta Dilma. Bom dia, presidenta! 

Presidenta: Bom dia, Luciano! E bom dia para você, ouvinte, que nos acompanha aqui no Café hoje! 

Apresentador: Presidenta, nós já conversamos aqui no Café sobre o Plano Safra para o Agronegócio, que a senhora lançou no mês passado. Agora, presidenta, eu queria que a senhora falasse sobre o Plano Safra da Agricultura Familiar. 

Presidenta: Olha, Luciano, nós estamos oferecendo crédito barato, acesso à tecnologia, assistência técnica para a Agricultura Familiar continuar a crescer e a se modernizar. Como você sabe, Luciano, a Agricultura Familiar é muito importante para todo o nosso país. É importante para as famílias que moram no campo, é importante para o desenvolvimento harmonioso de nossa sociedade, de nossa economia, de nosso país. Com a Agricultura Familiar, nós ampliamos a produção sustentável de alimentos para todos os brasileiros. São produtos de qualidade. Por exemplo, Luciano, feijão, mandioca, leite, suínos, aves, vários alimentos que estão na mesa do povo brasileiro todos os dias. É por isso que nós colocamos R$ 21 bilhões para financiar o custeio e os investimentos da Agricultura Familiar na safra 2013/2014, safra que começou neste mês de julho, Luciano. Esse crédito para a Agricultura Familiar é crédito do PRONAF, que tem taxas de juros de 0,5% a 3,5% ao ano. Nós estamos falando aqui, Luciano, de juros negativos, abaixo da inflação. E, Luciano, o nosso apoio à Agricultura Familiar vai também além da oferta do crédito barato. Nós temos ações importantíssimas que dão segurança e protegem o pequeno agricultor, principalmente ao garantir a comercialização de sua safra. 

Apresentador: O apoio à comercialização é feito por meio daquelas compras que o governo faz diretamente da Agricultura Familiar, presidenta? 

Presidenta: É isso mesmo, Luciano. Nós compramos uma parte dos alimentos que são produzidos pela Agricultura Familiar por meio de dois programas. O PAA, que é o “Programa de Aquisição de Alimentos”, nós compramos da Agricultura Familiar por meio da CONAB. E no PNAE, que é o “Programa Nacional de Alimentação Escolar”, nós compramos por meio das prefeituras, porque repassamos a elas os recursos necessários. Com esses dois programas, Luciano, a gente compra uma parte da produção da Agricultura Familiar e gera renda para os produtores. Ao mesmo tempo, nós garantimos produtos frescos e saudáveis para a merenda escolar das crianças, fornecemos alimentos para creches, para asilos, para restaurantes populares e também abastecemos os estoques públicos da CONAB. Veja só, Luciano, para a próxima safra, nós estamos colocando R$ 2,25 bilhões nesses dois programas. No caso do PAA, nós ainda temos outra novidade, sabe, Luciano? 

Apresentador: Que novidade é essa, presidenta? 

Presidenta: Nós ampliamos para R$ 5.500,00 o limite de venda de cada agricultor familiar para o PAA. Antes, Luciano, cada produtor podia vender até R$ 4.500,00 por ano. Agora, é R$ 5.500,00. E isso, Luciano, é muito importante para o pequeno agricultor familiar. Já no caso das cooperativas de agricultores familiares, Luciano, o limite subiu para R$ 6.500,00 por ano. Tem mais: as cooperativas de agricultores com menor renda, aqueles que estão no Cadastro Único do governo, vão poder vender até R$ 8 mil por agricultor para o governo federal. E além do PAA e do PNAE, nós temos outro programa muito importante para proteger a renda do agricultor familiar: é o “Programa de Garantia de Preços para a Agricultura Familiar”, o chamado PGPAF. 

Apresentador: Como esse programa funciona, presidenta? 

Presidenta:
Olha, Luciano, o PGPAF estabelece um preço de referência para um grupo de alimentos e esse preço é superior ao custo de produção. Se, na hora que o agricultor for vender a sua safra, o preço daquele alimento no mercado estiver abaixo do preço de referência, o agricultor ganha um desconto no financiamento que pegou lá no PRONAF. Assim, Luciano, ele não corre o risco de faturar menos do que gastou para plantar e para colher. Agora, nós vamos pagar um valor maior para alguns produtos que estão sempre na mesa das famílias brasileiras, como a mandioca, o leite, o arroz e o feijão. Garantindo um preço atrativo para esses alimentos, o governo dá tranquilidade para o agricultor e garante a nossa população, Luciano, alimentos com preço mais acessível no supermercado, na feira, no mercadinho. 

Apresentador: Que bom, presidenta! Agora, conta para a gente: o Plano Safra da Agricultura Familiar também vai ajudar a modernizar a produção nas pequenas propriedades rurais? 

Presidenta: Vai sim, Luciano, com certeza. Inclusive, essa é uma das nossas prioridades. Nós queremos que o agricultor familiar tenha mais acesso à tecnologia e ao uso de máquinas e equipamentos modernos no campo para que ele consiga produzir mais e melhor em uma mesma área. Isso se chama produtividade. E, para aumentar essa produtividade, nós temos dois programas: o “Mais Alimentos”, que financia, Luciano, a compra de máquinas e equipamentos; e o “PRONAF Inovação”, que vai financiar a adoção de novas tecnologias nas propriedades rurais. No caso do “Mais Alimentos”, nós aumentamos de R$ 130 mil para R$ 150 mil o valor que cada agricultor familiar pode pegar para financiar a compra de máquinas, como, por exemplo, tratores, colheitadeiras, ordenhadeiras mecânicas, resfriadores de leite, Luciano, que são muito importantes, e equipamentos de irrigação. 

Apresentador: E o PRONAF Inovação, presidenta? 

Presidenta:
Olha, Luciano, o “PRONAF Inovação” ajuda o agricultor familiar a levar tecnologias inovadoras para a sua propriedade com financiamento de 15 anos e juros de 2% ao ano. Nessa safra, a nossa prioridade para essas inovações são os chamados cultivos protegidos de frutas e verduras, que podem ser, por exemplo, telas especiais que protegem os pomares e as hortas. Temos também uma segunda medida, a automação na criação de aves e suínos. E uma terceira, que é a modernização da produção de leite. Eu não sei se você sabe, Luciano, que a produção de leite garante renda para 1,35 milhão de famílias de agricultores. É muita gente! Então, nós precisamos levar tecnologia para essas famílias, para que elas consigam produzir mais e melhor, para que elas consigam viver melhor, com uma renda maior. 

Apresentador: A “Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural”, a ANATER, vai ser muito importante para isso, não é, presidenta? 

Presidenta: Ah, vai sim, Luciano. Porque a ANATER vai difundir, pelo Brasil afora, a tecnologia desenvolvida pela Embrapa e por todos os institutos de pesquisa nesta área no Brasil. A ANATER vai levar as melhores práticas para as propriedades rurais, disseminando o conhecimento, disseminando a inovação no campo. Outra coisa importante, Luciano, é que a ANATER vai ajudar também os agricultores que conseguiram melhorar a produção e montaram pequenas agroindústrias para agregar valor ao alimento que produzem. Esses microempreendedores do campo também podem contar com o nosso apoio. 

Apresentador: E o que tem de novidade no Plano Safra para estimular o microempreendedorismo no campo, presidenta? 

Presidenta: Ah, Luciano, nós temos duas boas novidades para os nossos microempreendedores rurais. A primeira novidade é para os jovens e para as mulheres que trabalham no campo e querem incrementar a sua renda e a de sua família com uma pequena agroindústria. Para ajudar esses microempreendedores, Luciano, nós estamos levando os benefícios do microcrédito produtivo orientado para o PRONAF, para o “PRONAF Mulher” e para o “PRONAF Jovem”, com acompanhamento financeiro e ótimas condições de crédito. Outra novidade, Luciano, é que, a partir de agora, o agricultor ou a agricultora familiar que abrir uma agroindústria ou prestar serviço de turismo rural em sua propriedade, por exemplo, vai continuar como segurado especial da Previdência. Para isso, ele precisa continuar trabalhando também na produção familiar. Nós fizemos essa mudança na lei, Luciano, porque queremos ver todo mundo melhorando de vida e, ao mesmo tempo, continuar com o seu direito à aposentadoria e a outros benefícios da Previdência. 

Apresentador: É, presidenta, com todo esse apoio ao agricultor familiar, a vida no campo fica mesmo muito melhor. Agora, para finalizar, conta para a gente essa novidade que é o “Plano Safra do Semiárido”. 

Presidenta: Olha, Luciano, pela primeira vez no nosso país, nós estamos fazendo um Plano Safra específico para o semiárido, um plano para as regiões mais secas do nosso país. Com esse Plano Safra especial, nós vamos estimular o desenvolvimento de estratégias de tecnologias que vão permitir a melhor convivência com o semiárido, que vão aumentar a produção, que vão gerar trabalho e renda para os agricultores do semiárido o ano inteiro. Nós queremos ajudar os agricultores, os agricultores do nosso semiárido a fazer reserva de água e de alimento para os animais. Uma das nossas prioridades é estimular o cultivo da palma forrageira, do milheto e de outras plantas adaptadas ao semiárido, que alimentam os rebanhos e podem ser armazenadas para uso durante o período da estiagem. Também, Luciano, é fundamental que os agricultores preparem os açudes, os poços, cisternas, barragens, barragens subterrâneas para armazenar a água das chuvas. É por isso que fizemos o “Plano Safra para o semiárido”, que vai oferecer R$ 7 bilhões de crédito especial para pequenos, médios e grandes agricultores da região. Estamos colocando, nesse plano, toda a tecnologia, todo o conhecimento, toda a vontade política que temos para melhorar a convivência com a seca, para ajudar os nossos agricultores a retomar as plantações, a recuperar as criações e a refazer a sua vida. 

Apresentador: Maravilha, presidenta. Agora, infelizmente, o nosso tempo chegou ao fim. Obrigado por mais esse “Café”. 

Presidenta: Olha, Luciano, obrigada. Uma boa semana para você, um abraço para todos os nossos ouvintes, um abraço para os nossos queridos agricultores familiares. 

Apresentador: Obrigado, presidenta. Você que nos ouve pode acessar o “Café com a Presidenta” na internet, o endereço é www.cafe.ebc.com.br. Nós voltamos na próxima segunda-feira. Até lá! 

TRANSCRIÇÃO DO CAFÉ COM A PRESIDENTA ESPECIAL PARA O NORDESTE 

Apresentador: Olá, bom dia! Eu sou o Luciano Seixas e começa agora mais um Café com a Presidenta Dilma. Bom dia, presidenta! 

Presidenta: Bom dia, Luciano! E bom dia para você que acompanha o Café hoje! 

Apresentador: Presidenta, a senhora anunciou, lá na Bahia, uma grande novidade para os agricultores que vivem na região do semiárido. Conta para a gente que novidade é essa, presidenta. 

Presidenta: Olha, Luciano, pela primeira vez no nosso país, nós fizemos um Plano Safra específico para o semiárido. É isso mesmo, Luciano, isso que você ouviu, um Plano Safra para a região mais seca do nosso país. Porque nós queremos e temos certeza que podemos tornar o semiárido uma região produtiva, gerando trabalho e renda para os agricultores o ano inteiro. As populações que vivem nas regiões semiáridas do nosso país não podem ficar condenadas a sofrer perdas e passar tantas dificuldades a cada estiagem. Não podem, Luciano, e não precisam. Por isso, com este Plano Safra, nós estamos dando um passo histórico para enfrentar o desafio da convivência com a seca. Você sabe que o semiárido do Brasil vive hoje, Luciano, uma das piores estiagens dos últimos 50 anos. Nós já tomamos várias providências para diminuir o sofrimento das famílias, algumas já anunciadas aqui no nosso programa. Por exemplo: ampliamos o “Bolsa Estiagem” e o “Garantia Safra”, fizemos a maior “Operação Carro-Pipa” da história do semiárido, com a participação do Exército Brasileiro; oferecemos 600 mil toneladas de milho a preço subsidiado para ajudar na alimentação dos animais, e instalamos mais de 300 mil cisternas. Agora, Luciano, com esse programa que eu lancei lá em Salvador, estamos criando as condições para o semiárido nordestino conviver de fato com a seca. Com o “Plano Safra do Semiárido”, nós vamos investir R$ 7 bilhões para dar condições aos agricultores, para que eles possam produzir com técnicas, Luciano, adaptadas ao clima da região, para que eles não percam suas lavouras nem os seus animais quando chega a seca. É isso que significa conviver melhor com o clima do semiárido. 

Apresentador: Presidenta, a senhora disse que vão ser investidos R$ 7 bilhões no Plano Safra do Semiárido? 

Presidenta: Isso mesmo, Luciano. São R$ 7 bilhões destinados ao semiárido para financiar o custeio e os investimentos na safra de 2013/2014. Para a Agricultura Familiar, são R$ 4 bilhões, e para os médios e grandes produtores da região, mais R$ 3 bilhões. Com esses recursos, Luciano, nós vamos ajudar os agricultores do semiárido a retomar a produção, recuperar os rebanhos, e o que é muito importante, fazer reservas de água e de alimento para os meses de seca. Não podemos aceitar que os nossos agricultores não tenham água nas suas propriedades ou alimento para o rebanho durante a estiagem. Por isso, nós vamos estimular o cultivo da palma forrageira, do milheto, do sorgo e de outras plantas adaptadas ao semiárido que servem de alimento para os animais. Faremos a silagem desses produtos para que sempre haja uma reserva de forragem para alimentação do seu rebanho. Assim, Luciano, a gente consegue diminuir as perdas dos rebanhos durante a estiagem. Também queremos recuperar e fortalecer a produção e o consumo de alimentos regionais, como, por exemplo, a mandioca, além da criação de ovinos e caprinos, porque eles já estão adaptados ao semiárido. Vamos ainda, Luciano, apoiar os nossos produtores na construção e na recuperação de açudes, poços, cisternas de produção e barragens subterrâneas, por exemplo, para ajudar as famílias do semiárido a viver cada vez melhor. 

Apresentador: E esse crédito para os agricultores do semiárido é barato, presidenta? 

Presidenta: Ah, é sim, Luciano. Os juros desses financiamentos são ainda mais baixos do que no resto do país, porque o nosso objetivo é ajudar quem perdeu as plantações e parte do rebanho a refazer sua vida, a começar de novo. Não sei se você sabe que nós temos 1,5 milhão de agricultores familiares vivendo no semiárido brasileiro. Para eles, os juros do empréstimo para o custeio da safra variam de 1% a 3% ao ano. Para os investimentos, os juros não passam de 1,5% ao ano. No caso do microcrédito rural, mais conhecido como “Agroamigo”, a taxa é ainda menor, de apenas 0,5% ao ano. Quem pagar as prestações do “Agroamigo” em dia ainda vai ter um desconto de 40% no financiamento. Além do crédito barato, Luciano, nós estamos também oferecendo assistência técnica aos agricultores do semiárido. 

Apresentador: Presidenta, como vai ser a oferta de assistência técnica aos agricultores do semiárido? 

Presidenta: Olha, Luciano, nós vamos investir R$ 360 milhões para levar técnicas de produção mais modernas para o semiárido, o que vai beneficiar 347 mil pequenos e médios produtores rurais da região nos próximos dois anos. Para isso, nós vamos capacitar os técnicos, que vão levar as novidades desenvolvidas pela Embrapa para toda a região. A nossa Agência Nacional de Assistência Técnica vai facilitar, em muito, este trabalho, Luciano. 

Apresentador: Presidenta, a produção do semiárido tem mercado garantido? 

Presidenta: Essa é outra notícia muito importante, Luciano. Você e os nossos ouvintes já sabem que o governo compra uma parte da produção da Agricultura Familiar por meio de dois programas: primeiro, o “Programa de Aquisição de Alimentos”, o PAA; e segundo, o “Programa Nacional de Alimentação Escolar”, chamado PNAE. Com esses dois programas, nós compramos alimentos da Agricultura Familiar, Luciano, para a merenda escolar das crianças, para abastecer os estoques públicos da CONAB, para distribuir nas creches, nos asilos, nos restaurantes populares. Nessa safra que está começando, nós reservamos uma parte dos recursos do PAA e do PNAE para os agricultores do semiárido. Reservamos, Luciano, R$ 700 milhões para o PAA, e outros R$ 600 milhões para os prefeitos comprarem alimentos da Agricultura Familiar para a merenda escolar. Agora, nós temos ainda uma novidade importante no Programa de Aquisição de Alimentos no Plano Safra do Semiárido. 

Apresentador: Que novidade é essa, presidenta? 

Presidenta: Luciano, nós criamos uma nova modalidade do PAA, que vai ser o “Programa de Aquisição de Alimentação Animal”. Com ele, nós vamos investir R$ 100 milhões, por exemplo, Luciano, na compra da forragem, das plantas que servem para a alimentação animal. O governo vai comprar o que os agricultores produzem para alimentar o rebanho, o excedente do que eles produzem. Cada agricultor vai poder vender até R$ 8 mil de alimentação animal para o governo. Depois, durante a seca, o governo vai revender esses alimentos a preços baixos para os próprios agricultores para garantir a alimentação dos animais. Assim, Luciano, nós vamos ajudar a criar um ciclo de proteção para os rebanhos. Além disso, nós vamos comprar R$ 50 milhões em sementes e mudas para distribuir de graça para os nossos agricultores, para que eles possam recuperar sua capacidade de produção. 

Apresentador: Agora, conta para a gente, presidenta, como é que ficou o seguro agrícola no Plano Safra do Semiárido? 

Presidenta:
Olha, Luciano, nós também estamos ampliando o “Garantia Safra” e queremos alcançar 1,2 milhão de agricultores familiares que ficarão protegidos por esse seguro. Por isso, é muito importante que os agricultores façam logo a adesão ao “Garantia Safra” lá na prefeitura da sua cidade. É bom todo mundo prestar atenção, porque o prazo começa agora em agosto. Além do “Garantia Safra” que beneficia os agricultores dos municípios atingidos pela seca, tem também um “Seguro da Agricultura Familiar”. Eu quero dizer, Luciano, que nós cortamos pela metade o valor que o agricultor paga pelo seguro nos financiamentos do PRONAF. Isso significa que, pagando apenas 1% do valor do crédito, o agricultor vai poder receber o seguro em caso de perda de safra. Tem mais, Luciano, os agricultores do semiárido também podem contar com o chamado PGPAF, “Programa de Garantia de Preços da Agricultura Familiar”, que nós melhoramos ainda mais para proteger a renda das famílias. 

Apresentador: Como é esse programa, presidenta? 

Presidenta: Olha, Luciano, o “Programa de Garantia de Preços para a Agricultura Familiar” define um preço mínimo para 49 produtos da Agricultura Familiar, sabe, Luciano? É assim: se o preço de venda do produto no mercado estiver abaixo desse preço mínimo, nós damos um desconto direto no financiamento do PRONAF, o que significa que o agricultor vai pagar muito menos pelo crédito que tomou. E como vai funcionar isso no caso dos agricultores do semiárido? Nós já tínhamos elevado o preço mínimo de vários produtos, e agora, Luciano, aumentamos ainda mais os valores de alguns desses produtos para dar mais garantias ao agricultor do semiárido. Esse foi o caso, por exemplo, da carne de caprinos e ovinos, do leite e da mandioca. Para você ter uma ideia, no caso do ovino e do caprino, o preço mínimo do quilo passou de R$ 8,64 para R$ 9,94. Com isso, a gente dá tranquilidade para o produtor, que vai poder continuar investindo em suas criações sem medo de queda muito forte nos preços. 

Apresentador: Presidenta, o Plano Safra do Semiárido também vai ajudar os médios e os grandes produtores da região? 

Presidenta: Ah, vai sim, Luciano, porque eles também perdem com a seca. Os médios e grandes produtores do semiárido também vão ter acesso a crédito com juros reduzidos. Para o custeio da safra, os juros dos empréstimos são de 4% para os médios produtores. Já para os grandes produtores são de 5%. Para os investimentos, os juros dos financiamentos são, para os médios produtores, de 2%, e para os grandes produtores, 3,5%. O seguro também ficou mais barato para esses agricultores, porque nós reduzimos a alíquota do PROAGRO de 3% para 2%. 

Apresentador: E, presidenta, nós vamos ter mais armazéns no Nordeste? 

Presidenta: Essa, Luciano, é uma outra grande novidade. Nós vamos investir R$ 110 milhões na construção e reforma dos armazéns da CONAB que ficam na região do semiárido. Para você ter uma ideia, dos seis novos armazéns que vamos construir no Nordeste, quatro estão no semiárido: em Campina Grande, na Paraíba; em Quixadá, no Ceará; Petrolina, em Pernambuco; e Eliseu Martins, lá no Piauí. Além desses novos armazéns, vamos reformar e modernizar outros 19 armazéns da CONAB na região. Tudo isso vai aumentar a capacidade de armazenamento no semiárido em 300 mil toneladas. E você sabe por que isso é tão importante, Luciano? Porque esses armazéns vão poder guardar o milho para ser vendido nos períodos de estiagem, vão poder guardar a palma forrageira, vão poder guardar todos os produtos que servem para se garantir um ciclo estável no semiárido do Nordeste brasileiro. 

Apresentador: Presidenta, antes de encerrar o “Café”, eu queria que a senhora falasse sobre um assunto que preocupa muito os agricultores do semiárido, que são as dívidas. 

Presidenta: Olha, Luciano, nós suspendemos as cobranças das dívidas dos agricultores do semiárido até dezembro de 2014. Isso significa, Luciano, que os bancos não poderão executar as dívidas de crédito agrícola durante esse período. Para os agricultores que estavam com o pagamento em dia, as condições são as seguintes, Luciano: primeiro, nós autorizamos a prorrogação das parcelas com vencimento em 2012, 2013 e 2014. Essas parcelas foram prorrogadas, Luciano, para serem pagas em dez anos, a partir de 2016, no que se refere aos pequenos produtores, e a partir de 2015, para os agricultores médios e grandes. Segundo, no caso do PRONAF, os pequenos agricultores em dia, além de só pagarem a partir de 2016, têm um desconto de 80% nessas parcelas. Portanto, ele vai pagar 20% dessas parcelas, e isso em dez anos. Para os agricultores com dívidas assumidas até 2006, em dia ou atrasados, vamos dar um desconto em escadinha. O primeiro desconto, de 85% para quem quitar as dívidas de até R$ 15 mil. O segundo desconto, de 75% para dívidas entre R$ 15 mil e R$ 35 mil. E um terceiro desconto, de 50% para as dívidas entre R$ 35 mil e R$ 100 mil. Além disso, Luciano, o agricultor com dívida de até R$ 200 mil, até 2016, pode acessar uma linha de crédito para renovar essa dívida em melhores condições, e aí ele vai ter três anos de carência e dez anos para pagar. Tem mais uma medida, Luciano: quem contraiu a dívida entre 2007 e 2011 e não estava com o pagamento em dia, poderá também recorrer à renegociação e, assim, terão três anos de carência e até dez anos para pagar. Com essas medidas, Luciano, o nosso objetivo é garantir que todos os produtores afetados pela seca, pequenos, médios e grandes, sejam beneficiados, porque de nada adianta colocar mais crédito disponível para agricultores endividados e, portanto, sem acesso a novos empréstimos. Com essas medidas, garantimos, para os agricultores do semiárido, acesso ao crédito que tanto precisam. Eu quero dizer mais uma vez para todos os agricultores do semiárido: podem contar com o nosso apoio, podem ter certeza que não vai faltar dinheiro nem vontade política. Junto com vocês, vamos cumprir o Plano Safra do Semiárido. Obrigada, Luciano, e uma boa semana para você e um abraço para todos os ouvintes que nos acompanharam aqui neste Café. 

Apresentador: Obrigado, presidenta. Você que nos ouve pode acessar o “Café com a Presidenta” na internet, o endereço é www.cafe.ebc.com.br. Nós voltamos na próxima segunda-feira. Até lá!


FONTE: Blog do Planalto (http://cafe.ebc.com.br/cafe/edicao-da-semana).[Imagens do Google acrescentadas por este blog ‘democracia&política’].

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