Li ontem no portal UOL a seguinte reportagem de Sílvio Crespo, em São Paulo:
“O comentário do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, de que seu colega brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, é "o político mais popular da Terra" equivale a uma "credencial" que reforçará o peso do representante do Brasil nos fóruns internacionais, avalia o cientista político José Álvaro Moisés, coordenador do Núcleo de Pesquisas em Políticas Públicas da USP (Universidade de São Paulo).
"É o reconhecimento, pelo presidente da nação mais poderosa do mundo, de que o Brasil vem fazendo um trabalho de projeção da chamada diplomacia presidencial com muita eficácia", afirma o cientista político.
"Isso dá prestígio. Lula terá mais entradas no exterior", acrescenta Moisés, que foi secretário do Audiovisual, no Ministério da Cultura, durante o governo Fernando Henrique Cardoso (1995-2002).
Na popularidade de Lula entre os brasileiros, no entanto, as palavras de Obama devem ter efeito mais limitado, segundo Moisés.
O cientista político lembra que a declaração vem justamente num momento em que a aprovação a Lula começa a cair. Segundo a última pesquisa Datafolha, a taxa dos que consideram o governo ótimo ou bom recuou de 70% para 65%. Já segundo a CNT/Sensus, a queda foi de 72,5% para 62,4%.
"Os efeitos da crise, com o aumento do desemprego e a diminuição do crédito, começaram a se refletir na popularidade (de Lula)".
Segundo Moisés, "Obama não tem uma enorme popularidade no Brasil. Ele é restrito, principalmente, ao setor da classe média intelectualizada, por sua proposta de transformação da economia e da sociedade americanas".”
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