segunda-feira, 6 de outubro de 2014

AÉCIO NO 2º TURNO FAZ AÇÕES DA PETROBRAS E DE BANCOS ESTATAIS DISPARAREM - VEJAM O PORQUÊ




[Observação deste blog 'democracia&política':

Por que as ações da Petrobras, da Eletrobras, do Banco do Brasil dispararam hoje?

Repito uma explicação simplificada que já fiz neste blog, com palavras simples. O exemplo é com a Petrobras, mas o raciocínio é válido para outras estatais, como Eletrobras, Banco do Brasil etc:

--As ações da Petrobras estão em grande parte em mãos de grandes investidores estrangeiros, especialmente graças às vendas na Bolsa de Nova York promovidas no governo FHC, do PSDB de Aécio.
--Investidor (rentista) em Bolsa sempre quer ganhar o máximo com valorização de suas ações e com dividendos, e no menor prazo possível, não se importando se o Brasil ganha ou perde.
--A política em curso na Petrobras, estimulada pela presidente Dilma, tem sido de investir pesadamente no pré-sal agora, para transformar a empresa, até o fim desta década, em grande produtora e exportadora mundial de petróleo. 

--Isso já está trazendo imensos ganhos para o Brasil e suas indústrias, especialmente a indústria naval, que saiu do quase desaparecimento no governo FHC/PSDB para a hoje já 4ª maior do mundo. Essa indústria e toda a sua cadeia nacional de fornecedores está sendo estimulada graças à exigência do governo Dilma de haver forte conteúdo nacional nas compras da Petrobras. O rendimento da União com a gigantesca produção de petróleo será obrigatoriamente aplicado em educação e saúde, o que melhorará significativamente a eficiência e a qualidade de vida do brasileiro.
--Nada disso é objetivo dos rentistas. Eles gostariam de receber grandes retornos em prazo mais curto. Para eles, não há a mínima importância se o Brasil e os brasileiros terão esses benefícios acima expostos.
--O partido (PSDB) de Aécio Neves, quando no governo, fez exatamente como gostam os rentistas e o contrário de Lula e Dilma, para obedecer o FMI ao qual estava escravizado e para ceder às pressões dos EUA e suas empresas petroleiras. Enfim, por ser o PSDB marcadamente antinacional. A Petrobras no governo FHC/PSDB foi asfixiada, encolhida, fatiada, e até providenciaram o detalhe de eliminar o "bras" de Brasil do seu nome, mudando para o internacional "brax", tudo dentro do plano de "privatizá-la", isto é, estrangeirizá-la. 
--O PSDB não abandonou esse objetivo mesmo fora do governo. Assim foi em 2006:
 


E também em 2010 foi revelada, na imprensa internacional, a promessa secreta à petroleira estadunidense Chevron feita pelo então candidato tucano à Presidência, José Serra, de que, se eleito, tiraria a Petrobras do pré-sal para abrir o negócio para a Chevron e demais estrangeiras.
--Aécio Neves já expressou de forma clara (ou de modo dissimulado, com a piadinha cínica  de que vai "estatizá-la", "devolvê-la ao povo"). O seu recado foi bem entendido pelo "mercado". Ele não dará a prioridade a investimentos brasileiros no pré-sal e à política de conteúdo nacional. Estimulará a substituição das atividades da Petrobras por petroleiras estrangeiras. Por exemplo, permitindo o modelo de "concessão" no pré-sal em vez do atual de "partilha", como primeiro passo da estrangeirização.
--Essas vendas e leilões para a entrada de petroleiras estrangeiras no lugar da Petrobras gerariam grandes ganhos mais imediatos para os acionistas estrangeiros e nacionais, inclusive pela subida do valor das suas ações, que sempre antecede essas operações.

Portanto, quando o candidato entreguista sobe na probabilidade de assumir a Presidência, as ações também sobem, refletindo em alta da Bolsa. E caem quando a candidata nacionalista desenvolvimentista aumenta sua probabilidade de vencer no 2º turno.

A movimentação de hoje na Bolsa é exemplo típico do quadro acima exposto. 

Transcrevo notícia de agora à tarde do portal tucano UOL, do grupo tucano "Folha"]:

"Petrobras sobe 12% e puxa Bolsa; bancos e estatais são destaque de alta

As ações de bancos e estatais, que têm sido as mais influenciadas pelo cenário político brasileiro, estão disparando nesta segunda-feira (6), depois da disputa do primeiro turno das eleições. O pleito presidencial será decidido só no segundo turno, entre Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB). 

Por volta das 13h15, a ação da Petrobras (PETR4) subia 12,37%, a R$ 20,62, depois de ter chegado a operar em alta de mais de 16% nos primeiros negócios; a Eletrobras (ELET6) avançava 8,21%, para R$ 10,55; o Itaú (ITUB4) ganhava 7,2%, a R$ 37,37; o Banco do Brasil (BBAS3) tinha ganhos de 12,19%, a R$ 29,18".

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