[OBS deste blog 'democracia&política':
Há muita desinformação dolosa sobre o combate à inflação no Brasil.
Primeiro, o Plano Real foi estudado e implantado no governo de Itamar Franco, do PMDB. Como apregoou-se que "deu certo", FHC/PSDB passou a dizer que foi obra dos tucanos. A grande mídia tucana repetiu a mentira da autoria tucana à exaustão. Assim, os brasileiros hoje atribuem o "mérito" a FHC/PSDB.
Segundo, não houve criatividade. A fórmula utilizada para o Plano Real foi cópia da utilizada 22 anos antes pelo ditador Pinochet e seus "Chicago Boys". Em pouco tempo, o Chile baixou a inflação de cerca de 500% para menos de 8%.
Pinochet escancarou as portas da economia chilena para os produtos importados, privatizou em grande escala, não apoiou com créditos a sua indústria e as empresas chilenas e segurou sobrevalorizado, por alguns anos, o “peso” em relação ao dólar. Com isso, o Chile teve, como todos nós, o seu momento de ilusão.
O plano de Pinochet abriu as fronteiras sem barreiras tarifárias para os produtos estrangeiros, sem reciprocidade. Assim privilegiados, os exportadores estrangeiros logo dominaram o mercado chileno, causando a falência de todas as indústrias antes nacionais. Sobraram praticamente chilenas a produção de cobre, uvas e vinhos. Esses dois últimos produtos também já estão em boa parte em mãos de empresas estrangeiras.
O Plano Real imitou o plano de Pinochet, asfixiando e privatizando nossas empresas, abrindo generosamente o mercado para empresas estrangeiras.
No Chile e no Brasil, esses planos tiveram custo social altíssimo. Desemprego, pobreza, educação e saúde privatizados, fora do alcance da população, exceto para a "elite" mais rica.
Pinochet acalmou a insatisfação dos mais pobres com métodos heterodoxos, a ferro e fogo.
Além disso, o Chile é um país pequeno em população e economia, e contenta-se em ser um periférico exportador de cobre e consumidor de produtos importados de alto valor agregado. O Brasil é um continente complexo, com significativa dimensão industrial e econômica, com grande população carente. Não pode se contentar em ficar eternamente na senzala recebendo migalhas a critério das grandes potências.
No Brasil, a grande mídia direitista, sempre pró-EUA e seus megarrentistas, fez intenso trabalho de doutrinação em apoio ao governo FHC/PSDB, que seguia obedientemente o receituário "neoliberal" pressionado pelos EUA. O FMI foi um dos principais instrumentos de comandamento do governo FHC/PSDB, o qual logo fez o Brasil se tornar dependente e submisso ao Fundo. Assim, o Brasil ficou joelhos, vendendo para estrangeiros ("privatizando") a maior parte do patrimônio nacional arduamente construído pelas gerações e governos anteriores. Brasil falido, mesmo tendo presenteado para os grandes grupos financeiros e econômicos internacionais o mercado e as empresas brasileiras, e mesmo depois de ter raspado o fundo do pote das reservas externas.
Esse quadro brasileiro construído pelo PSDB parece a história até comum do neto que vive bem um período, apenas dilapidando a herança que recebeu, vendendo o patrimônio construído pelo avô e pai, raspando as contas e endividando-se.
Assim, o Brasil pagou pelo tal "plano de FHC" que "venceu a inflação"...
Continuando a rememoração de como foi o Brasil nos anos governados pelo PSDB de Aécio Neves, reproduzo outra nossa postagem. A de 01 de julho de 2014 a seguir transcrita]:
INFLAÇÃO FHC/PSDB x INFLAÇÃO LULA/DILMA
Antônio David detona infográfico da [tucana] Folha sobre inflação: “Piada”
FHC/PSDB passou o governo para Lula com inflação a 12,5% e fortemente crescente, já apontando para 20% no ano
Pinochet escancarou as portas da economia chilena para os produtos importados, privatizou em grande escala, não apoiou com créditos a sua indústria e as empresas chilenas e segurou sobrevalorizado, por alguns anos, o “peso” em relação ao dólar. Com isso, o Chile teve, como todos nós, o seu momento de ilusão.
O plano de Pinochet abriu as fronteiras sem barreiras tarifárias para os produtos estrangeiros, sem reciprocidade. Assim privilegiados, os exportadores estrangeiros logo dominaram o mercado chileno, causando a falência de todas as indústrias antes nacionais. Sobraram praticamente chilenas a produção de cobre, uvas e vinhos. Esses dois últimos produtos também já estão em boa parte em mãos de empresas estrangeiras.
O Plano Real imitou o plano de Pinochet, asfixiando e privatizando nossas empresas, abrindo generosamente o mercado para empresas estrangeiras.
No Chile e no Brasil, esses planos tiveram custo social altíssimo. Desemprego, pobreza, educação e saúde privatizados, fora do alcance da população, exceto para a "elite" mais rica.
Pinochet acalmou a insatisfação dos mais pobres com métodos heterodoxos, a ferro e fogo.
Além disso, o Chile é um país pequeno em população e economia, e contenta-se em ser um periférico exportador de cobre e consumidor de produtos importados de alto valor agregado. O Brasil é um continente complexo, com significativa dimensão industrial e econômica, com grande população carente. Não pode se contentar em ficar eternamente na senzala recebendo migalhas a critério das grandes potências.
No Brasil, a grande mídia direitista, sempre pró-EUA e seus megarrentistas, fez intenso trabalho de doutrinação em apoio ao governo FHC/PSDB, que seguia obedientemente o receituário "neoliberal" pressionado pelos EUA. O FMI foi um dos principais instrumentos de comandamento do governo FHC/PSDB, o qual logo fez o Brasil se tornar dependente e submisso ao Fundo. Assim, o Brasil ficou joelhos, vendendo para estrangeiros ("privatizando") a maior parte do patrimônio nacional arduamente construído pelas gerações e governos anteriores. Brasil falido, mesmo tendo presenteado para os grandes grupos financeiros e econômicos internacionais o mercado e as empresas brasileiras, e mesmo depois de ter raspado o fundo do pote das reservas externas.
Esse quadro brasileiro construído pelo PSDB parece a história até comum do neto que vive bem um período, apenas dilapidando a herança que recebeu, vendendo o patrimônio construído pelo avô e pai, raspando as contas e endividando-se.
Assim, o Brasil pagou pelo tal "plano de FHC" que "venceu a inflação"...
Continuando a rememoração de como foi o Brasil nos anos governados pelo PSDB de Aécio Neves, reproduzo outra nossa postagem. A de 01 de julho de 2014 a seguir transcrita]:
INFLAÇÃO FHC/PSDB x INFLAÇÃO LULA/DILMA
Antônio David detona infográfico da [tucana] Folha sobre inflação: “Piada”
FHC/PSDB passou o governo para Lula com inflação a 12,5% e fortemente crescente, já apontando para 20% no ano
O “pico” de Dilma é menor do que o índice na maioria dos anos do governo FHC
De Antônio David, via e-mail, para o portal "Viomundo"
Inflação – vejam que piada é o infográfico da Folha, denunciando o “pico” no governo Dilma.
Comparem os índices no governo FHC/PSDB e nos governos Lula/Dilma. O “pico” de Dilma é menor do que o índice na maioria dos anos do governo FHC. Essa imprensa é ridícula.
FONTE: escrito por Antônio David, pós-graduando da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP. Postado no portal "Viomundo" (http://www.viomundo.com.br/denuncias/antonio-david-10.html). [Trechos entre colchetes em azul acrescentados por este blog 'democracia&política'].
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