Com recordes históricos, Petrobras completa 61 anos
"Avaliada em US$ 15 bilhões em 2002, a Petrobras chegou em 2014 ao valor estimado em US$ 96,3 bilhões, crescimento de 640% ao longo dos governos Lula e Dilma. Em 12 anos, a empresa se tornou um dos maiores orgulhos do povo brasileiro e deu um salto de produção, deixando o engessamento que vivenciou na década de 1990 [nos governos FHC/PSDB, como preparativo para vendê-la, sob pressão do governo dos EUA, FMI e petroleiras norte-americanas, como foi feito para a maior parte das estatais "privatizadas" (estrangeirizadas)].
A empresa brasileira nasceu no dia 3 de outubro de 1953, quando o então presidente Getúlio Vargas assinou a Lei 2.004 que criou a Petrobras. Com a criação da Petrobras, o governo soube investir na matéria-prima da nascente indústria: o petróleo. Produto fundamental para o fomento da industrialização do Brasil, que já ensaiava seus primeiros passos com a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN).
Em declaração à imprensa, a presidenta Dilma Rousseff externou sua felicidade e enviou merecidos elogios aos funcionários da empresa. “Quero dar parabéns a todos os funcionários da Petrobras. A força da Petrobras são seus funcionários, capacitados, dignos, com grande capacidade tecnológica para explorar as reservas de petróleo descobertas por eles”, parabenizou Dilma.
Em artigo publicado no portal "Vermelho", Haroldo Lima, ex-diretor geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis e membro do Comitê Central e da Comissão Política Nacional do PCdoB, lembrou que a estatal nasce da luta pela defesa do petróleo nacional, que foi encabeçada pelo movimento popular e ficou conhecida como a campanha “O Petróleo é nosso!”, iniciada em 1946.
“A Petrobras surgiu no bojo de um grande movimento nacionalista, em que a esquerda e os comunistas tiveram enorme importância, num tempo em que o setor de petróleo no mundo era dominado por algumas grandes companhias, destacadamente um grupo chamado de “sete irmãs”, há 60 anos".
Segundo ele, atualmente essas sete irmãs são quatro e as sete maiores empresas do mundo são todas estatais. “Para se ver como as coisas mudam. Mas, naquela época, se não fosse o monopólio estatal do petróleo, a Petrobras não sobreviveria. O povo brasileiro pagou caro, e pagou certo, para ter uma grande companhia do petróleo. Deu a essa empresa o seu território e o seu mercado de combustíveis. Cobrou-lhe baixos royalties e não cobrava royalties no mar. Tudo isso para que a empresa se pusesse de pé. E ela se pôs”.
Maior participação no PIB
Com a retomada de investimentos em 2007, a empresa descobriu a camada de petróleo do Pré-sal, a maior camada inexplorada de petróleo do mundo, localizada a cinco mil metros de profundidade, que colocou o Brasil no circuito global do petróleo, como um dos maiores produtores do mundo.
De 2000 a 2014, a participação do segmento de petróleo e gás natural no Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil aumentou de 3% para 13%. Antes de Lula e Dilma, a Petrobras vivenciou [no governo FHC/PSDB] a quebra do monopólio estatal, demissões e a precarização dos trabalhadores, com profunda terceirização de mão-de-obra.
A privatização de alguns setores e unidades inteiras estagnou investimentos em exploração, produção e refino, e protagonizou alguns dos maiores acidentes ambientais do País, como o afundamento da plataforma P-36, que vitimou 11 trabalhadores e levou para o fundo do mar US$ 430 milhões em investimentos.
Os governos Lula e Dilma transformaram aquela Petrobras de 46 mil trabalhadores em 2002 em uma nova empresa, com 81,6 mil funcionários em 2014. Enquanto a produção em 2002 estava em 1,5 milhão barris de petróleo por dia, em 2014 a companhia bate seguidamente recordes de produção, no patamar de 2,9 milhões de barris por dia.
Ofensiva da oposição
Mesmo com uma saúde de causar inveja, a Petrobras é atacada diariamente pela oposição. Na opinião do jornalista José Carlos Ruy, a realidade é outra. “Na contramão dessas advertências catastróficas, os investidores preferiram ouvir outras fontes. As agências internacionais (tão defendidas pela mídia conservadora) avaliam a estatal com a nota mais alta (“strong”, forte) para a gestão da Petrobras (as outras são “satisfactory”, satisfatória; “fair”, moderada”, e “weak”, fraca).
O Pré-sal transforma o Brasil
A exploração do Pré-sal está no centro de uma nova estratégia de desenvolvimento do Brasil, que já está beneficiando o povo brasileiro. A indústria naval, que estava praticamente falida nos anos 90 [FHC/PSDB], voltou a receber investimentos nos governos Lula e Dilma e se tornou a quarta maior do mundo graças à criação da "Política de Conteúdo Nacional", que determinou que o Brasil deveria assumir a construção de tudo o que tivesse condições de construir.
Com a exploração do Pré-Sal, já foram encomendadas 20 novas plataformas e 28 sondas de perfuração. A determinação de Dilma para garantir que 60% dos equipamentos e serviços usados no Pré-Sal sejam produzidos no Brasil está desenvolvendo ainda mais a cadeia produtiva do setor naval, que emprega hoje cerca de 70 mil trabalhadores, muita acima dos 2 mil empregos gerados pelo setor no fim dos anos 90.
Mais recordes
A estimativa de pico da produção do Campo de Libra, leiloado em outubro de 2013 sob o regime de partilha, é de 1,4 milhão de barris por dia e 40 milhões de metros cúbicos de gás natural, que representará 67% de toda a produção do Brasil.
Além de Libra, o governo Dilma contratou a Petrobras para a exploração de quatro novos campos do Pré-Sal: Búzios, Florim, Iara e Nordeste de Tupi. Somados ao campo de Libra, a produção do Brasil vai saltar entre 18 e 26 bilhões de barris, consolidando o Brasil um dos maiores produtores de petróleo do mundo".
FONTE: da Redação do portal "Vermelho" com informações do Portal da Dilma (http://www.vermelho.org.br/noticia/250709-1). [Título e trechos entre colchetes acrescentados por este blog 'democracia&política'].
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