A agência inglesa de notícias BBC ontem publicou (li no UOL):
“O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, disse, em entrevista à BBC Brasil, que o Brasil deverá fechar este ano com um "crescimento muito saudável na margem", referindo-se a uma recuperação no final de 2009, que deverá dar um impulso à economia em 2010.
Questionado sobre as previsões pessimistas para o crescimento brasileiro neste ano e as perspectivas para 2010, Meirelles afirmou que o último trimestre de 2008 apresentou um "declínio muito forte" no Produto Interno Bruto (PIB) do país, como resultado do agravamento da atual crise mundial, mas que a expectativa a partir de agora é de recuperação gradual.
"Esperamos ter uma recuperação", disse Meirelles, na quarta-feira, no Rio de Janeiro, onde participa do Fórum Econômico Mundial para a América Latina.
Segundo Meirelles, sem levar em consideração a média de 2009 contra a média de 2008, "o fato é que, na margem, nós devemos fechar 2009 com um crescimento muito saudável".
Esse desempenho, disse o presidente do Banco Central, permitirá ao país chegar a 2010 "provavelmente crescendo a uma taxa mais alta do que a maioria das pessoas espera".
PREVISÕES
As últimas previsões sobre a economia brasileira apontam para retração em 2009. O mais recente "Boletim Focus", relatório com projeções do mercado divulgado pelo Banco Central na semana passada, prevê contração de 0,30% no PIB brasileiro em 2009, uma queda maior do que os 0,19% previstos no relatório anterior.
Ao afirmar que o Brasil está "no caminho de uma recuperação gradual na margem", Meirelles disse que o país já está criando empregos.
"O Brasil perdeu mais de meio milhão de empregos no auge da crise, mas criou 9 mil novos empregos em fevereiro e 34 mil empregos em março", afirmou.
O presidente do Banco Central voltou a afirmar que o Brasil entrou nesta crise mais forte do que em períodos anteriores, e que "vai sair desta crise mais forte do que antes".
Meirelles disse ainda que o fato de o Brasil, depois de ter pedido dinheiro emprestado ao Fundo Monetário Internacional (FMI) durante décadas, estar agora preparado para emprestar ao Fundo é "uma grande mudança simbólica para os brasileiros".
O Fórum Econômico Mundial para a América Latina prossegue nesta quinta-feira com discussões sobre como a região pode enfrentar a crise mundial.”
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