IMPERIALISMO BONZINHO

O jornal Diário do Nordeste ontem publicou o seguinte texto do veterano jornalista Lustosa da Costa:

IMPERIALISMO BONZINHO

Tudo indica que, na Casa Branca, mudaram apenas as maneiras. Porque o Irã continua proibido de construir sua bomba atômica, produto que abunda nos arsenais de Israel. A Coréia do Norte não pode lançar seus foguetes porque a matriz não gosta. E agora no recente atentado não faltou jornal e televisão que dissesse que ele fora de autoria dos talebans porque é preciso continuar a mostrá-los como um perigo para o mundo, no que ninguém acredita. O que se sabe é que lá os afegãos expulsaram a União Soviética e não tardarão a fazer o mesmo com os soldados contratados, a peso de ouro, pelo governo dos Estados Unidos para mudar orientais. Barack Obama tem as boas maneiras que faltavam a George Bush. É a diferença

CONGO NO BRASIL

Quem conhece a história de Leopoldo II, aquele gangster que era dono do Congo Belga, no qual matou ou mutilou dez milhões de negros para saquear a riqueza do país, vai ficar horrorizado ao ler o livro contando que os prepostos do rei quiseram implantar uma colonia no Brasil, à altura de Mato Grosso, somente sendo dissuadidos pela brandura firme do Barão do Rio Branco. Vou ler a este respeito no livro ´Os belgas na frotenira oeste do Brasil´ de Domingos Sávio que apenas iniciei...

ANATEMA

Ainda bem que o presidente do Supremo Tribunal Federal e o ex-presidente da República FHC lançaram anatema sobre a nova investigação da Polícia Federal que investigou e provou bandalheiras da empreiteira Camargo Corrêa, chegando a prender seus diretores.

Somente porque cometeram fraudes seja na construção de obras, na exportação ilegal de milhões de dólares, no financiamento de senadores oposicionistas ´por fora´ sem contabilização de gastos. Temos certeza de que alguém vai gritar alto sempre que se pretender acusar, ou pior, punir ladrões de colarinho branco. Meter a rapaziada amiga na cadeia está me cheirando a ditadura contra a qual se insurgem tão eminentes brasileiros.”