O jornal Folha de São Paulo ontem publicou o seguinte conjunto de notícias na coluna "Toda Mídia" de Nelson de Sá:
O PODER DOS BRICS
A BBC Brasil fez dez anos com novo portal e série sobre Brasil, Rússia, Índia e China. Na manchete, "Década de 2020 deve consolidar o poder dos Brics". Ouve "acadêmicos e instituições" daqui e do exterior para dizer que "serão peças-chaves da nova ordem".
Entrevista Jim O'Neill, do banco Goldman Sachs, que reafirma sua projeção para os Brics e avisa que ela pode até se mostrar "conservadora". Os emergentes podem passar os desenvolvidos antes de 2050, talvez 2020. No que mais importa, o economista admite que a crise alcançou também os Brics, mas eles continuam crescendo, ao contrário dos países desenvolvidos.
O’Neill faz, como ele mesmo diz, uma provocação: "A crise mostrou que o regime permite à China tratar questões de modo mais fácil que muitas democracias". E critica a Índia
NO CLUBE
A BBC Brasil, em seu destaque à noite, vê o Brasil "no clube dos exportadores de energia na próxima década".
Sites do setor, como Oil & Gas Journal, já tratam com expectativa a entrada do Brasil na Opep, cartel liderado pela Arábia Saudita, depois de novo convite e declarações de Lula "aparentemente revertendo decisão anterior". Jornais como "The Peninsula", "o principal em língua inglesa do Qatar", já vêm noticiando, como ontem, o "comércio crescente entre Oriente Médio e Brasil".
E o "Valor" destacou também ontem a passagem pelo Brasil, dias atrás, do chanceler do Irã, que prepara a visita do presidente Mahmoud Ahmadinejad, daqui a um mês.
DESCOLAMENTO, SIM
À BBC, O'Neill sublinhou aparentes evidências de que o "descolamento" de ricos e emergentes se confirmou.
Já o "Wall Street Journal" publicou ontem o enunciado "Descolamento mantém apoio entre investidores", pois, segundo coluna de Mark Gongloff: "Sim, as taxas de crescimento de China, Índia e Brasil vão sobrepujar as de EUA, Europa e Japão no ano".
OS OLHOS DE OBAMA
Em coluna no "Washington Post", John Harwood analisa o significado político interno da viagem de Obama ao G20. Cita pesquisa qualitativa que indica que o americano hoje "compreende que vivemos numa economia global" e que ele precisa ir. Por outro lado, como "primeiro presidente negro", avalia que ele escapa das "críticas" aos "banqueiros de olhos azuis" pela crise.
"CRISE DE CIVILIZAÇÃO"
Sob o título "Para além da recessão, nós estamos diante de uma crise de civilização", Lula assinou artigo ontem no francês "Le Monde", dizendo que agora a crise vem do centro da economia mundial e mostra a "fragilidade" e a "obsolescência" de instituições como o FMI e o Banco Mundial. Cobra que o G20 "democratize" o Fundo.
Ecoou por aqui com Efe e Reuters, esta ressaltando que o presidente brasileiro alertou no texto contra a "droga" do protecionismo. E que Lula pediu por Doha, de novo.
O MAGNATA E O PACOTE
Na manchete de sites, portais e telejornais, "Governo desonera construção e carros", com renúncia de R$ 1,5 bi, no Valor Online, ou R$ 700 milhões, no G1. Ocupou o topo das buscas de Brasil pelo Google News, com "WSJ".
No mesmo "WSJ", mas em papel, o "magnata" Sam Zell, com investimentos imobiliários e em mídia, dono do "Chicago Tribune" e do "Los Angeles Times", "volta-se ao Brasil para mudar sua sorte", de olho no que chama de "enorme demanda por habitação de baixa renda". Ele seria um dos beneficiários do pacote habitacional lançado na semana passada por Lula -e dado pelo jornal como "controverso", a partir das críticas levantadas pelo PSDB.
DO BRASIL
O "WSJ" já postou ontem o perfil do novo presidente da GM. Ocupando boa parte do texto, relata a trajetória de Fritz Henderson no comando da GM no Brasil, cujo êxito teria levado à sua ascensão. O antecessor derrubado, Rick Wagoner, também saiu daqui.
AO BRASIL
A coluna In the Loop, do "Washington Post", relatou a chegada das duas semanas de férias de Primavera também no Congresso -e a partida de uma comitiva de deputados, democratas e republicanos, "e suas esposas" para o Rio. Copacabana, Corcovado etc.
"SÓ O BRASIL"
O "Financial Times" postou à noite e publica hoje uma pesquisa Ipsos Mori, realizada em 22 países, mostrando que a "confiança global" na economia caiu pela metade, desde abril de 2007. "Só o Brasil vai contra a tendência."
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