quarta-feira, 15 de abril de 2009

RECESSÃO NOS EUA PARECE ESTAR MAIS AMENA, DIZ PRESIDENTE DO FED

Li ontem no portal UOL a seguinte notícia oriunda da Folha Online com matéria de Gerald Herbert, da agência Associated Press (AP):

“O presidente do Fed (Federal Reserve, o BC americano), Ben Bernanke, disse nesta terça-feira que há sinais de tentativa da economia americana de sair da recessão em que se encontra desde dezembro de 2007.

Ele destacou, no entanto, que qualquer expectativa por uma recuperação duradoura depende do sucesso do governo em estabilizar os mercados financeiros e fazer com que o fluxo de crédito seja restabelecido no país.

"Recentemente vimos sinais de que a queda acentuada na atividade econômica pode estar diminuindo", disse Bernanke, em um evento no Morehouse College, na cidade de Atlanta (Geórgia, sul dos EUA).

Economia dos Estados Unidos vem apresentando sinais de que a recessão está mais amena, disse Ben Bernanke, presidente do Fed

"Um equilíbrio da atividade econômica é o primeiro passo em direção à recuperação. Para ser claro, não vamos ter uma recuperação sustentável sem uma estabilização de nosso sistema financeiro e dos mercados de crédito", afirmou.

Bernanke citou dados do mercado imobiliário, sobre gastos do consumidor e de vendas de veículos novos como sinais de que a recessão vem se tornando mais amena.

Os gastos do consumidor americano cresceram 0,2% em fevereiro, após alta de 1% em janeiro (dado revisado; a leitura original era de alta de 0,6%). As vendas no varejo nos EUA em março, no entanto, tiveram uma queda de 1,1%, devido às quedas nas vendas de automóveis e itens como vestuário e móveis.

No mercado imobiliário, as vendas pendentes de imóveis residenciais cresceram 2,1% em fevereiro; as vendas de casas usadas no país em fevereiro cresceram 5,1%; e as vendas de casas novas tiveram crescimento de 4,7% em fevereiro. Os gastos no setor de construção em fevereiro caíram 0,9%, mas o segmento não-residencial teve ligeira alta.

Bernanke minimizou os efeitos inflacionários que as ajudas à economia, na forma de injeções de dinheiro para estimular o fluxo de crédito, mas destacou que, à medida em que a economia se recuperar, esse dinheiro injetado pode causar pressões.

Ele destacou ainda que o Fed pode promover a estabilidade da economia através de programas de crédito e de ações nos mercados de títulos, e acrescentou que "a caixa de ferramentas do Fed continua potente, mesmo com a taxa de juros perto de zero" --a taxa do Fed está hoje em uma margem entre zero e 0,25% ao ano.
OBAMA

O discurso de Bernanke vem dias depois de o presidente americano, Barack Obama, dizer que se veem os primeiros "raios de esperança" na economia, no final de uma reunião na Casa Branca com seus máximos assessores na área.

Obama ressaltou que a economia americana ainda enfrenta grandes tensões e que continua a perda de postos de trabalho. E anunciou que seu governo adotará medidas adicionais nas próximas semanas para melhorar o clima de negócios.

Ele disse estar "muito satisfeito" com o fato de que tenha voltado a fluir o crédito para as pequenas empresas e ressaltou como sinais positivos a queda nas taxas de juros hipotecários. Obama disse também estar "absolutamente convencido" de que seu governo conseguirá canalizar a economia por um bom caminho.”

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