[OBS deste 'democracia&política': Enquanto o STF atendia aos interesses da direita no julgamento do "mensalão do PT", Joaquim Barbosa era o heroi da mídia e das "elites". Tudo dele era perfeito. Depois que o Datafolha mostrou pesquisa eleitoral em que ele prejudica diretamente o tucano Aécio, começaram a divulgar, uma após outra, condenáveis facetas do ministro. É somente o início. Até outubro de 2014, certamente muito ainda emergirá. "Isso é deslealdade" deve pensar ele. O artigo seguinte aborda uma delas:]
Empresa investigada por receber R$ 2,5 milhões de Marcos Valério
contratou filho do Joaquim Barbosa
Empresa investigada por receber R$ 2,5 milhões de Marcos Valério
contratou filho do Joaquim Barbosa
“O
grupo `Tom Brasil` contratou Felipe
Barbosa, filho do presidente do
Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, para assessor de Imprensa na
casa de shows “Vivo Rio”, em 2010. Até poucos dias atrás, antes de ele ir
trabalhar na TV Globo com Luciano Huck, Felipe ainda era funcionário da “Tom
Brasil”.
Nada
demais, não fosse um forte inconveniente: a “Tom Brasil” é investigada no
inquérito 2474/STF, derivado do chamado "mensalão", e o relator é seu
pai Joaquim Barbosa. Esse inquérito, aberto para investigar fontes de
financiamento do chamado "mensalão", identificou pagamento da “DNA Propaganda”,
de Marcos Valério, para a “Casa Tom Brasil”, com recursos da Visanet, no valor
de R$ 2,5 milhões. E quem autorizou esse pagamento foi Cláudio de Castro
Vasconcelos, gerente-executivo de Propaganda e Marketing do Banco do Brasil,
desde o governo FHC. Estranhamente, não foi denunciado na AP-470 (chamado
"mensalão") junto com Henrique Pizzolato.
Outra
curiosidade é que um dos sócios do grupo “Tom Brasil”, Gladston Tedesco, foi
indiciado na “Operação Satiagraha”, sob a acusação de evasão de divisas como
cotista do “Opportunity Fund” no exterior, situação vedada a residentes no
Brasil. Ele negou ao jornal “Folha
de S. Paulo” que tenha feito
aplicações no referido fundo.
Tedesco
foi diretor da Eletropaulo quando era estatal em governos tucanos, e respondeu
(ou responde) a processo por improbidade administrativa movida pelo Ministério
Público.
Pode
ser só que o mundo seja pequeno, e tudo não passe de coincidência, ou seja
lobismo de empresários que cortejam o poder, embora o ministro Joaquim Barbosa
deveria ter se atentado para essa coincidência inconveniente, dada a sua
dedicação ao inquérito. Entretanto, não custa lembrar que se o ministro, em vez
de juiz, fosse um quadro de partido político, o quanto essa relação poderia lhe
causar complicações para provar sua inocência, caso enfrentasse um juiz como
ele, que tratou fatos dúbios como se fossem certezas absolutas na Ação Penal
470. Também é bom lembrar que o ministro Joaquim Barbosa já declarou que não
tem pressa para julgar o mensalão tucano, no qual Marcos Valério é acusado de
repassar grande somas em dinheiro para a campanha eleitoral dos tucanos Eduardo
Azeredo e Aécio Neves.”
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