terça-feira, 9 de julho de 2013

EMPRESA INVESTIGADA PELO STF POR RECEBER R$ 2,5 MILHÕES DE MARCOS VALÉRIO CONTRATOU FILHO DO PRESIDENTE DO STF

[OBS deste 'democracia&política': Enquanto o STF atendia aos interesses da direita no julgamento do "mensalão do PT", Joaquim Barbosa era o heroi da mídia e das "elites". Tudo dele era perfeito. Depois que o Datafolha mostrou pesquisa eleitoral em que ele prejudica diretamente o tucano Aécio, começaram a divulgar, uma após outra, condenáveis facetas do ministro. É somente o início. Até outubro de 2014, certamente muito ainda emergirá. "Isso é deslealdade" deve pensar ele. O artigo seguinte aborda uma delas:]


Empresa investigada por receber R$ 2,5 milhões de Marcos Valério contratou filho do Joaquim Barbosa

 

Por Helena Sthephanowitz

“O grupo `Tom Brasil` contratou Felipe Barbosa, filho do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, para assessor de Imprensa na casa de shows “Vivo Rio”, em 2010. Até poucos dias atrás, antes de ele ir trabalhar na TV Globo com Luciano Huck, Felipe ainda era funcionário da “Tom Brasil”.

Nada demais, não fosse um forte inconveniente: a “Tom Brasil” é investigada no inquérito 2474/STF, derivado do chamado "mensalão", e o relator é seu pai Joaquim Barbosa. Esse inquérito, aberto para investigar fontes de financiamento do chamado "mensalão", identificou pagamento da “DNA Propaganda”, de Marcos Valério, para a “Casa Tom Brasil”, com recursos da Visanet, no valor de R$ 2,5 milhões. E quem autorizou esse pagamento foi Cláudio de Castro Vasconcelos, gerente-executivo de Propaganda e Marketing do Banco do Brasil, desde o governo FHC. Estranhamente, não foi denunciado na AP-470 (chamado "mensalão") junto com Henrique Pizzolato.

Outra curiosidade é que um dos sócios do grupo “Tom Brasil”, Gladston Tedesco, foi indiciado na “Operação Satiagraha”, sob a acusação de evasão de divisas como cotista do “Opportunity Fund” no exterior, situação vedada a residentes no Brasil. Ele negou ao jornal “Folha de S. Paulo” que tenha feito aplicações no referido fundo.

Tedesco foi diretor da Eletropaulo quando era estatal em governos tucanos, e respondeu (ou responde) a processo por improbidade administrativa movida pelo Ministério Público.

Pode ser só que o mundo seja pequeno, e tudo não passe de coincidência, ou seja lobismo de empresários que cortejam o poder, embora o ministro Joaquim Barbosa deveria ter se atentado para essa coincidência inconveniente, dada a sua dedicação ao inquérito. Entretanto, não custa lembrar que se o ministro, em vez de juiz, fosse um quadro de partido político, o quanto essa relação poderia lhe causar complicações para provar sua inocência, caso enfrentasse um juiz como ele, que tratou fatos dúbios como se fossem certezas absolutas na Ação Penal 470. Também é bom lembrar que o ministro Joaquim Barbosa já declarou que não tem pressa para julgar o mensalão tucano, no qual Marcos Valério é acusado de repassar grande somas em dinheiro para a campanha eleitoral dos tucanos Eduardo Azeredo e Aécio Neves.”


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