quinta-feira, 2 de outubro de 2014

Dilma: "BNDES É TRATADO COM LEVIANDADE NA CAMPANHA"




DILMA: BNDES É TRATADO COM LEVIANDADE NA CAMPANHA

"Aécio Neves (PSDB) já criticou o que chamou de "bolsa-empresário" numa referência a empréstimos com juros subsidiados. Já Marina Silva (PSB) afirmou que o BNDES "deu R$ 500 bilhões a meia dúzia de empresários falidos". A presidente Dilma saiu em defesa da instituição: "O BNDES não é um banco qualquer. É uma leviandade tratá-lo como ele tem sido tratado nessa campanha. Essa política das campeãs nacionais é um factoide. Nós temos então 783 campeãs nacionais entre as 1.000 maiores?", rebateu.

Da agência norte-americana de notícias "Reuters"


A presidente Dilma Rousseff, candidata à reeleição pelo PT, saiu na segunda-feira em defesa do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social e partiu para o ataque contra os principais rivais na disputa --Marina Silva (PSB) e Aécio Neves (PSDB)-- pelas críticas feitas contra o BNDES.

Antes de participar de um comício em um bairro da periferia de São Paulo, Dilma disse a jornalistas que os rivais tratam o BNDES com "leviandade" e negou a chamada "política de campeãs nacionais", que seria adotada pelo banco.

"O BNDES não é um banco qualquer. É uma leviandade tratá-lo como ele tem sido tratado nessa campanha", disparou a presidente, que classificou como "uma temeridade" querer reduzir o papel e o tamanho dos bancos públicos no Brasil.

Aécio já criticou o que chamou de "bolsa-empresário" numa referência a empréstimos com juros subsidiados feitos pelo banco de fomento a algumas companhias, segundo ele, "escolhidas" pelo governo.

Já Marina afirmou que o BNDES "deu 500 bilhões de reais a meia dúzia de empresários falidos".

O BNDES escolheu alguns setores da economia --como infraestrutura, alimentos, óleo e gás, papel e celulose e telefonia-- para priorizar empresas desses segmentos na concessão de empréstimos, com vistas a melhorar a competitividade delas no Brasil e no exterior, com o objetivo de garantir empregos no Brasil.

Críticos dizem que a estratégia do BNDES desprotegia pequenas e médias empresas, que deveriam ser seu objetivo principal, e poderia colocar em risco a estabilidade fiscal do país dado os grandes volumes de repasses do Tesouro ao banco.

Na segunda, Dilma negou a existência dessa política, que ficou conhecida como "política de campeãs nacionais" e afirmou que, das 1.000 maiores empresas do Brasil, 783 têm financiamento do BNDES.

"Essa política das campeãs nacionais é um factoide. Nós temos então 783 campeãs nacionais entre as 1.000 maiores?", rebateu a presidente.

"Um factoide para carimbar no BNDES algo que não deve ser carimbado, que é que o BNDES privilegia esse ou aquele. O banco não faz isso. É, inclusive uma desvalorização de um patrimônio do Brasil."

Ao se referir a Aécio e Marina, Dilma disse que "um fala em reduzir o tamanho do BNDES e o outro em diminuir o papel dos bancos públicos" e defendeu a função dessas instituições no financiamento de programas como o "Minha Casa, Minha Vida".

"A preços de mercado, você não consegue garantir muitas oportunidades", disse Dilma, afirmando ainda que o BNDES é o terceiro maior banco de desenvolvimento do mundo, tem as menores taxas de inadimplência entre os três maiores e é uma instituição que dá lucro".

FONTE: reportagem de Eduardo Simões d
a agência norte-americana de notícias "Reuters". Transcrita no jornal "Brasil 247"   (https://www.brasil247.com/pt/247/economia/155212/Dilma-BNDES-%C3%A9-tratado-com-leviandade-na-campanha.htm).

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