Dilma compara: "Brasil de hoje não é igual ao da época deles"
“No meu governo, diretor da Polícia Federal não é filiado a partido nenhum. Eles (PSDB) tiveram a pachorra de engavetar todas as investigações”
"Eles ficaram de joelhos ao FMI. Hoje, somos credores"
Em campanha no Nordeste, a Presidenta Dilma Rousseff deu o tom da postura que vai adotar no segundo turno, em que enfrenta Aécio Neves (PSDB) na corrida pelo Palácio do Planalto. A candidata à reeleição esteve em João Pessoa (PB), onde comparou as gestões petistas com a do PSDB à frente do governo federal.
“Quando eles dirigiam o país, o salário era pequeno e o desemprego alto. Eles elevaram os juros à estratosfera. O Armínio Fraga (ex-presidente do Banco Central no governo de Fernando Henrique Cardoso/PSDB e já anunciado como ministro da Fazenda de Aécio) conseguiu que os juros médios praticados no Brasil fossem de 25%. Hoje, são 11%.”, declarou a Presidenta na quarta-feira (8).
Em seu discurso, Dilma enalteceu as medidas de seu governo no combate à corrupção ao lembrar a diferença no número de investigações feitas pela Polícia Federal em seu mandato e no do ex-presidente FHC/PSDB. “Defendo a PF autônoma, pois, no passado, diretor da PF era filiado ao PSDB. No meu governo, diretor da Polícia Federal não é filiado a partido nenhum. No governo do meu adversário, o Ministério Público era escolhido fora da lista. Nunca tivemos o engavetador geral da República. Eles (PSDB) tiveram a pachorra de engavetar todas as investigações”, disse.
A Presidenta ainda citou a última crise econômica para confrontar os números da sua administração com a dos adversários. “Eles quebraram este país três vezes. Na crise de 1998 e 1999, eles se ajoelharam ao FMI (Fundo Monetário Internacional) porque não tinham dinheiro para honrar as contas do país. A dívida era de R$ 162 bilhões e eles tinham R$ 38 bilhões. Hoje, somos credores líquidos, o mundo nos deve R$ 77 bilhões, inclusive o FMI, porque temos R$ 376 bilhões de reservas. Nossa inflação é metade da deles. Enfrentamos crises e não desempregamos, nem arrochamos salários.”, enfatizou.
“(Eles) Conseguiram uma verdadeira e fantástica maldade com os jovens: eles aprovaram uma lei que proibia o governo federal de investir em escolas técnicas. Em oito anos, eles fizeram somente 11. Hoje, em quatro anos, fizemos 208 para oito milhões de estudantes. O Brasil de hoje não é igual ao Brasil da época deles. As Universidades chegaram. Os jovens fazem doutorado, mestrado”, continuou a Presidenta em referência ao PSDB.
Ao lado do governador Ricardo Coutinho (PSB), candidato à reeleição que mais cedo havia oficializado o apoio à candidatura petista, Dilma defendeu a criminalização da homofobia e uma reforma política. “O Brasil precisa de uma reforma política. Ninguém aguenta mais e ninguém tem forças para fazer a reforma política sem a participação popular. E eu sou a favor de um plebiscito que defina o tipo de financiamento de campanha”, finalizou.
Abaixo, outras frases de Dilma:
Agradeço aos cidadãos da Paraíba o voto que me deram nesta eleição.
Eu só posso agradecer essa honraria que me deram
Eu carrego esses votos com imensa honra,
Grandes brasileiros, homens e mulheres, perceberam que o Brasil sem o Nordeste não era o Brasil inteiro
Estou aqui porque aqui na Paraíba que é um estado essencial para o Brasil.
Eu acredito que a Paraíba é essencial para o Brasil ser uma nação rica e soberana. Eu estou falando do Nordeste do Brasil
Estamos (ela e o governador) juntos e misturados
Vamos combater a mentira e o ódio
Quero lembrar a vocês que, nessas eleições, vamos assistir duas coisas: a mentira e a desinformação
A mentira e a desinformação para tentar impedir que o povo faça a escolha do desenvolvimento e não do retrocesso
O sentimento é a esperança que temos no Brasil
Nós vamos combater a mentira. A nossa palavra chave é verdade
Quando o outro projeto, o projeto tucano do PSDB, dirigiu o nosso país, muitos de vocês ainda eram muito jovens
Os jovens estavam condenados a não ter oportunidades. Aconteceu que o Lula fez 214
Só por isso, fizemos o Pronatec. Fizemos uma parceria com o sistema S.
A maioria dos matriculados no Pronatec são mulheres
Eles vivem falando que fizeram o Bolsa Família. Os programas deles são micro para um Brasil que é macro.
O Bolsa Família atingiu 50 milhões de pessoas. Com ele, atingia 5 milhões
Para nós, todos os brasileiros são importantes
Nós, além de colocar no orçamento políticas que equilibram relação regional, portanto colocar Norte e Nordeste no orçamento
No Brasil de hoje as pessoas melhoraram de vida
Brasil de hoje é um que as pessoas melhoraram de vida. Na época deles, 52% era classe D e E. Hoje, mais de 70% é A, B ou C
Houve uma imensa transformação social. Imensa e silenciosa
Por isso aqui, na Paraíba, investimos em infraestrutura, além de investimento em políticas sociais
Eles não dizem como vão fazer as coisas
Tem muita coisa a melhorar, a fazer no Brasil. Eu e o Ricardo Coutinho queremos melhorar saúde, segurança e infraestrutura
A gente não mexe em time que está ganhando
Nós somos um governo que se preocupa com o social: igualdade de oportunidade para todos
Questão que considero fundamental: respeito a homens, mulheres, índios, negros e a qualquer orientação sexual
Temos que combater também a homofobia e criminalizar a homofobia sim
Não teremos democracia, se não criminalizamos a homofobia
É um absurdo querer romper com os BRICS."
FONTE: escrito por Alisson Matos, editor do portal "Conversa Afiada" (http://www.conversaafiada.com.br/economia/2014/10/08/dilma-vai-comparar-brasil-de-hoje-nao-e-igual-ao-da-epoca-deles/).
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