domingo, 10 de agosto de 2008

O PROBLEMA DA PETROBRAS QUE FHC/PSDB TORNOU ESTRANGEIRA

Este blog já expressou muitas vezes o mal já feito aos brasileiros pelo governo PSDB/FHC/DEM-PFL, ao vender para estrangeiros, por valor quase simbólico, grande parte da propriedade da Petrobras. Mais ainda, ao garantir a posse do petróleo brasileiro às multinacionais beneficiadas pelas dadivosas medidas de FHC, o Brasil herdou um gravíssimo problema.

Por sorte nossa, o governo FHC tentou muito, mas não conseguiu passá-la totalmente para os grandes grupos internacionais. Ainda há um resto de esperança de reverter esse quadro danoso. Sugiro a leitura, por exemplo, da nossa postagem de 10 de julho intitulada “Petróleo - temos que mudar a Lei 9478/97”.

O problema é muito grave e o muito que falemos dele ainda será pouco pela sua enorme importância para o Brasil.

Além disso, conviveremos com matérias antinacionalistas da nossa grande mídia entreguista. Qualquer iniciativa de proteção aos direitos brasileiros será capciosamente embolada pela imprensa com matérias debochativas, depreciativas, com tergiversações, misturando Lula com Hugo Chávez e Petrobrás estatal com PDVSA.

Ainda “pegando leve”, esse é o caso do artigo da Folha abaixo transcrito. Ele torna difícil percebermos que o que o atual governo quer é não ficarmos, no futuro próximo, totalmente reféns da atual Petrobras já demasiada estrangeira para a importância que a empresa assumirá em curto prazo. Uma nova Petrobras realmente brasileira precisa ser criada.

Vejamos a reportagem publicada hoje pela Folha Online, tomando cuidado para não sermos levados por mensagens sub-reptícias, dolosas:

GOVERNO TIRA MONOPÓLIO DE CAMPO DE PETRÓLEO DA PETROBRAS

"Embora o governo Lula ainda não tenha posição final sobre as regras para explorar os novos megacampos de petróleo na costa brasileira, já decidiu que não deve entregar à Petrobras todas as áreas da camada do pré-sal que ainda serão leiloadas. A informação é da reportagem de Valdo Cruz publicada na Folha.

Os motivos alegados no governo são a participação de capital privado na Petrobras e o risco de a empresa tornar-se poderosa demais. Teme-se o "efeito PDVSA" --no qual diretores da petrolífera venezuelana participaram de articulações golpistas contra Hugo Chávez.

Nas reuniões sobre o tema foi destacado que esse risco não existe, pois o atual presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, é totalmente afinado com o governo. O risco estaria no médio e no longo prazos. "Hoje, a Petrobras já é um outro país. Felizmente, um país amigo", afirmou um ministro que acompanha os estudos.

Para acabar com o temor, discute-se, entre outras propostas, a criação de uma empresa puramente estatal para gerir as áreas dos megacampos, que contrataria outras petrolíferas para a exploração. Essa é a alternativa que conta com mais simpatia no governo. A aprovação do novo modelo pelo Legislativo deve ocorrer só em 2009.

PRÉ-SAL

A camada pré-sal se estende por cerca de 800 quilômetros, entre os Estados do Espírito Santo e Santa Catarina, e engloba três bacias sedimentares (Espírito Santo, Campos e Santos). O petróleo encontrado está a profundidades superiores a 5 mil metros, abaixo de uma extensa camada de sal, que segundo geólogos, conservam a qualidade do petróleo.

A Petrobras é uma das empresas pioneiras nesse tipo de perfuração, e o comunicado, em novembro do ano passado, de que Tupi tem reservas gigantes fez com que os olhos do mundo se voltassem para o Brasil. Na época do anúncio de Tupi, a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) disse que o Brasil tem condições de se tornar exportador de petróleo com o óleo do pré-sal.

Estimativas apontam que a camada pode abrigar algo próximo de 100 bilhões de boe [barris equivalentes de petróleo] em reservas, o que colocaria o Brasil entre os dez maiores produtores do mundo. Atualmente, as reservas do país não passam dos 14 bilhões de boe.

Com o anúncio de Iara, na semana passada, já são nove descobertas no pré-sal, entre as quais as áreas de Júpiter, Bem-Te-Vi, Guará e Carioca. A estatal, no entanto, ainda não fez, a exemplo de Tupi, estimativas em torno das reservas destas regiões. A área de Carioca foi alvo de polêmica, após o diretor-geral da ANP, Haroldo Lima, afirmar que as reservas poderiam totalizar 33 bilhões de boe.”

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