quarta-feira, 10 de setembro de 2008

ITAMAR FRANCO, O PAI DO PLANO REAL

FHC E O PSDB TENTARAM SEQÜESTRAR O PLANO E ASSUMIR A PATERNIDADE

O Jornal do Brasil Online ontem publicou a matéria abaixo, da Agência Brasil:

EX-MINISTRO FALA DO PAPEL DE ITAMAR FRANCO NA ELABORAÇÃO DO PLANO REAL

“Em evento de comemoração dos 200 anos do Ministério da Fazenda, em que ex-ministros estão apresentando uma visão histórica de sua gestão à frente da pasta, o ex-ministro Paulo Haddad procurou hoje resgatar a imagem do presidente Itamar Franco na elaboração do Plano Real, na década de 90.

Segundo ele, é importante "focalizar na figura do presidente para reatar os primeiro passos do Real", pois o próprio Itamar Franco tem manifestado uma certa insatisfação em relação ao assunto.

Na opinião do ex-ministro, Itamar Franco poderia, em função de ter herdado um mandato curto, ter adotado uma postura mais conformista e menos arriscada, apresentando-se como uma pessoa que estava à frente da transição do novo mandato presidencial.

- Então, isso deve ficar claro, pois ele disse o seguinte: eu não deixo o governo sem uma moeda forte. Então é uma falsa querela do ponto conceitual ficar pesquisando quem é o pai do Plano Real - disse Haddad.

Ao lado de Zélia Cardoso de Mello, ministra no governo Collor, e autora do plano econômico que levou o nome, Haddad enfatizou que o programa de estabilização do Plano Real não deixou para as administrações seguintes custos e riscos jurídicos, pois não houve "congelamento, tabelamento ou confisco de poupança ou recursos financeiros".

- Então, o risco jurídico que ele tinha embutido era praticamente nulo. O presidente Itamar nos dizia a todo o momento que não queria uma solução que quebrasse contratos. Isso foi um ponto importante - afirmou.

Paulo Haddad também citou que o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) ficou próximo a 5% nos dois anos em que Itamar foi presidente. Quanto à dívida externa, ele disse que sua gestão deu seqüência às negociações do governo anterior (do presidente Collor, que, ao sofrer impeachment, deu lugar a Itamar Franco).

- Quando a gente tira do cenário as emoções que ocorreram durante todo aquele período, a gente vê um balanço muito positivo do governo – concluiu”.

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