sábado, 30 de maio de 2009

ACIDENTE DA GOL

NÃO SE CONFIRMA O PUBLICADO PELA FOLHA DE SÃO PAULO, DE QUE LULA FORA O ASSASSINO DOS PASSAGEIROS DO AVIÃO DA GOL NA TRAGÉDIA DE SETEMBRO 2007

CERTAMENTE, O JORNAL, COM O MESMO DESTAQUE, FARÁ SUA “MEA CULPA”


O jornal Correio Braziliense ontem publicou

NOVA DENÚNCIA CONTRA PILOTOS

“O Ministério Público Federal enviou nesta quinta-feira à Justiça Federal nova denúncia contra os pilotos Joseph Lepore e Jan Paul Paladino, que pilotavam o jatinho Legacy envolvido no acidente com o avião da Gol em setembro de 2007, quando 154 pessoas morreram. A denúncia se baseou em dois novos laudos periciais que identificaram a ocorrência de mais duas condutas que também foram causa do acidente. Os laudos são resultado do estudo e análise do relatório sobre o acidente feito pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), de dezembro de 2008. Indicam duas falhas que ainda não haviam sido identificadas: os pilotos omitiram a informação de que o jato não possuía autorização para voar em uma área tida como espaço aéreo especial e o não ligaram em nenhum momento do voo o sistema anticolisão (TCAS).

Ainda sobre o mesmo assunto, li no jornal O Estado de São Paulo a seguinte reportagem de Fátima Lessa, de Cuiabá:

CONTRA PILOTOS DO LEGACY, MAIS ACUSAÇÕES

MINISTÉRIO PÚBLICO ENVIOU À JUSTIÇA COMPLEMENTO DE DENÚNCIA


“O Ministério Público Federal em Mato Grosso apresentou ontem à Justiça Federal um complemento de denúncia (acusação formal) contra os pilotos americanos do jato Legacy que colidiu com o Boeing da Gol, em setembro de 2006, causando a morte de 154 pessoas. Os laudos periciais feitos por Roberto Peterka e pelo advogado de assistência da acusação, Dante Daquino, que apontam falhas que ainda não haviam sido identificadas e que também foram causa do acidente, são resultados do estudo e análise do relatório sobre o acidente feito pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), de dezembro de 2008. A denúncia é assinada pelos procuradores Analícia Ortega Hartz Trindade e Thiago Lemos de Andrade.

De acordo com a denúncia, os pilotos omitiram a informação de que o jato não tinha autorização para voar em uma área tida como espaço aéreo especial e não ligaram em nenhum momento do voo o sistema anticolisão TCAS (sigla para Traffic Alert and Colision Avoidance System). O TCAS é um instrumento que dá informações ao piloto sobre a existência de outras aeronaves nas proximidades, para evitar colisão. Em situações críticas, quando o risco de colisão é iminente, o TCAS emite alertas. O plano de voo do Legacy foi apresentado pelo setor de apoio ao cliente da Embraer, a pedido dos pilotos, como cortesia à empresa Excel Air, que havia comprado o jato no dia anterior. Esse plano de voo, entretanto, continha informação falsa de que o jato Legacy atendia aos requisitos para voar em espaço aéreo sob condição de separação vertical reduzida, conhecido pela sigla em inglês RVSM.

Na avaliação do perito que fez os laudos, o piloto do Legacy estava obrigado a informar a condição da aeronave não aprovada para RVSM desde o primeiro contato com o Serviço de Solo de São José dos Campos. A transcrição dos contatos mantidos entre a aeronave e o controles de voo comprovam que essa informação não foi prestada em nenhum momento.

Os dois pilotos foram denunciados pelo crime de atentado contra a segurança do transporte aéreo - como houve mortes, a pena nesses casos é equiparada à do homicídio culposo.

Os procuradores explicaram que a decisão de fazer uma nova denúncia, em detrimento do aditamento já existente, tem o objetivo de acelerar o processo de análise pela Subseção da Justiça Federal em Sinop (MT). A análise é de recurso do Ministério Público Federal contra a decisão que absolveu pilotos e controladores de algumas condutas. O MPF espera que essa nova denúncia seja recebida e processada para que, ao final, seja julgada junto com a ação penal que resultou da denúncia oferecida pelo Ministério Público Federal em 2007.

Procurada, a defesa dos pilotos preferiu não se manifestar.”

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