domingo, 8 de abril de 2012

NOVO CERCO AO BRASIL

“Commodities”: os neoliberais brasileiros engambelam-nos com a sonoridade britânica do termo
“O ‘Conversa Afiada’ republica texto de Mauro Santayana, extraído do ‘JB online’:

NOVO CERCO AO BRASIL

Por Mauro Santayana

"Se, amanhã, os terrestres vierem a colonizar Marte, como muitos sonham, o feito será, dentro das circunstâncias do tempo e da ciência, menos surpreendente do que foi o desembarque europeu na América do Sul e a ocupação do espaço ainda desconhecido. Sabemos hoje muito mais do planeta vermelho do que os contemporâneos do Renascimento podiam conhecer da América do Sul. Na realidade, nem mesmo podiam ter certeza de que a quarta parte existisse.

Não só a conquista do território continental, mas a construção da consciência de pátria – da plena identidade e da soberania de nossos povos – tem sido ato permanente de luta e de resistência contra a natureza hostil e contra a opressão política.

Só há dois séculos, na esteira da Revolução Francesa, da Guerra de Independência dos Estados Unidos e das guerras napoleônicas, admitiram a nossa existência como povo, mas sob arrogante tutela e subordinação aos seus interesses. O pior é que as coisas continuam quase da mesma forma. Querem-nos apenas como fornecedores de matérias primas. Ao usar o vocábulo “commodities” para designar nossos produtos primários, os neoliberais brasileiros engambelam-nos com a sonoridade britânica do termo, como antes os colonizadores nos engabelavam com os espelhos e miçangas. Continuamos exportando minérios e comprando máquinas; exportando soja e pagando royalties por tecnologia; exportando produtos de nossa singular biodiversidade, e importando medicamentos.

Se houvesse sido possível a exportação da cana em seu estado natural, não teríamos construído aqui os primeiros engenhos açucareiros. Só depois da Independência erigimos forjas para a fundição econômica do ferro; até então foices e enxadas vinham da Europa, por via de Portugal. A independência dos países latino-americanos foi de interesse da Grã Bretanha, que substituiu Madri e Lisboa. A partir de então, Londres se livrou dos intermediários e passou a disputar, com os Estados Unidos, que cresciam, o nosso mercado, como fornecedor de matérias primas e comprador de produtos manufaturados.

É interessante notar que todas as vezes que as circunstâncias nos ajudavam, o cerco estrangeiro se fechava sobre o Brasil – e sobre os países do continente. Nosso desenvolvimento industrial no Segundo Reinado – em que houve, para o bem e para o mal, a aliança da Coroa com Mauá – foi tolhido pela ação britânica contra a economia brasileira e com o cerco ao grande empreendedor, cuja presença política no continente incomodava a geopolítica imperialista.

A República, não obstante todos os seus avanços, propiciou, pelas dificuldades políticas de sua consolidação, o assédio britânico. As negociações draconianas da nossa dívida com a praça de Londres – o famoso “funding loan” é o exemplo da arrogância e voracidade dos banqueiros internacionais – favoreceram o desembarque de sua empresas no país, que, logo se associaram às norte-americanas.

Tenentes do Forte de Copacabana, rebelados em 1922 [até hoje não esclarecidos os interesses externos e internos que motivaram a revolta]
Em 1922, em uma visão histórica equivocada, os tenentes se levantaram contra a eleição do mineiro Artur Bernardes, a partir de cartas falsas, a ele atribuídas, e que ofendiam o marechal Hermes da Fonseca. Até hoje, não sabemos, exatamente, a quê e a quem serviram os falsários, não obstante as versões divulgadas. Era um bom momento para o Brasil, e que se frustrou em parte, na medida em que o presidente teve que defender, a ferro e fogo, o seu mandato – não tendo, em razão disso, conseguido ampliar as medidas nacionalistas adotadas contra os interesses anglo-saxônicos, entre elas as de nosso desenvolvimento siderúrgico.

Para não lembrar episódios menores no intervalo, o cerco a Getúlio, em seu segundo mandato, é nisso exemplar. O presidente entendera, desde os anos 30, que não teríamos soberania sem que tivéssemos a energia necessária ao desenvolvimento da economia. Por isso, cuidou da Petrobrás e da Eletrobrás, como bases necessárias à economia industrial brasileira.

Getúlio Vargas
Os interesses estrangeiros – leia-se, norte-americanos – se mobilizaram, conforme documentos ianques indesmentíveis, com a ajuda dos meios de comunicação brasileiros e políticos cooptados, a fim de acossar o presidente até a tragédia de 24 de agosto de 1954.

Café Filho
Não satisfeitos, desde que o tíbio governo de Café Filho não os garantira, tentaram novamente o golpe, em 11 de novembro de 1955, mediante os seus cúmplices nacionais. Se impedissem a posse de Juscelino, como queriam – e Lacerda vociferava em seus ataques ao mineiro – a primeira medida seria a revogação do monopólio estatal do petróleo.

Carlos Lacerda (UDN; hoje seria o DEM)
JK e Lott
A reação dos militares nacionalistas, chefiados por Lott, frustrou-lhes os planos, e Juscelino pôde, em seu qüinqüênio, presidir ao extraordinário salto do Brasil rumo ao futuro – enfrentando, ao mesmo tempo os interesses estrangeiros e o derrotismo conformista de muitos brasileiros. A facção pró-americana, de civis e militares, que não queria o desenvolvimento autônomo do país, também açulada por Lacerda e outros, iniciou o processo golpista, prontamente contido pela reação de Leonel Brizola, então governador do Rio Grande do Sul. Diante da iminência da guerra civil, houve negociações que mudaram o sistema, implantando-se o parlamentarismo. Jango assumiu reduzido em seus poderes constitucionais, outorgados pelas eleições livres, e era natural que a nação lutasse para que ele os recuperasse, como os recuperou, com a vitória no referendo popular.

O novo momento foi, mais uma vez, usado pelos norte-americanos, com a desavergonhada intromissão em nossos assuntos internos, mediante o IBAD e outros instrumentos. O golpe de 1964 se fez contra o Brasil, e não em defesa da “soi-disant” democracia hemisférica contra Cuba e a União Soviética. O que eles temiam, e continuam a temer, é a transformação de nosso país em grande potência econômica, provida de consequente força militar, capaz de garantir a sua presença política continental e sua soberania no mundo.

Estamos em momento similar, e em plena ascensão. Essa situação auspiciosa, é bom repetir até a exaustão, recomenda a todos os brasileiros, civis e militares, conscientes de seu pertencimento à comunidade nacional, o máximo de prudência. É preciso fechar as nossas portas aos estrangeiros interessados em retirar o seu butim dos conflitos internos, como fazem no Iraque, no Afeganistão, na Líbia – e se preparam para fazer na Síria e no Irã.”

FONTE: escrito por Mauro Santayana, publicado no “Jornal do Brasil Online” e transcrito no portal “Conversa Afiada”  (http://www.conversaafiada.com.br/economia/2012/04/04/santayana-novo-cerco-ao-brasil/).

11 comentários:

Fluxo disse...

Tão somente ao que se refere ao fornecimento de "commodities" teremos pela frente um outro grande desafio. Refiro-me às terras raras, um conjunto de 15 elementos químicos mais o lítio e o nióbio. Estes dois não pertencem àquele grupo, porém todos são de interesse estratégico à moderna ciência e tecnologia, com amplos usos em produtos, tais como: telefones celulares, computadores, refrigeração magnética indústria bélica etc...Como já é de domínio público, a China resringiu o fornecimento de uma das terras raras, o neodímio, do qual o Brasil tem grandes reservas, talvez as maiores do mundo. Justamente devido às restrições chinesas, as atenções se voltam sobre o Brasil. Contudo, tal como na luta pelo petróleo, deveríamos empreender a luta pelas "Terras Raras são nossas" e procurar atrair toda a cadeia produtiva: desde a mineração até o desenvolvimento de artigos compostos por este e por outras terras raras, tão essenciais a moderna indústria, ciência e tecnologia. Quando estive na Bolívia foi veiculado na imprensa local investimentos na exploração do lítio do qual esse país é detentor das maiores reservas ao nível mundial, o Salar de Uyuni, mas torço que aquele país não deixe repetir o que ocorreu com a prata saída das minas de Potosí. Tomara que os seus dirigentes tenham a visão de que esse recurso possa suscitar uma industrialização abrangente e sustentável desse país.

Fluxo disse...

Gostaria de complementar o meu comentário acima: quanto às terras raras o Brasil deveria desenvolver projeto semelhante ao que foi feito para a cadeia produtiva do urânio, em que dominamos toda a tecnologia, desde a extração do minério até o enriquecimento do urânio 235, desenvolvendo centrífugas por levitação magnética (únicas no mundo), reatores nucleares de múltipo uso (geração de energia elétrica e movimentação de submarios e/ou navios nucleares. Precisamos de um Othon Pinheiro e sua turma de brasileiros destemidos e nacionalistas para desenvolvermos toda a potencialidade prenunciada por aquilo que conhecemos como Terras Raras.

Unknown disse...

Fluxo,
Concordo com as suas oportunas e pertinentes observações.
Na medida em que a China freia suas exportações, torna-se mais atraente e viável o Brasil priorizar seus esforços para explorar as jazidas de terras raras que possui, como as de fosfato em Araxá e Catalão, Poços de Caldas e várias outras. Como você diz, não somente como produtor e exportador, mas como agregador de valor a produtos de quase todas as áreas: metalurgia, cerâmica, nuclear, vidros, ótica, combustíveis, eletrônica etc etc. São muitas e cada vez maiores as aplicações desses elementos.
Os nomes ainda são estranhos para muitos: cério, disprósio, érbio, escândio, európio, gadolínio, hólmio, itérbio, lantânio, lutécio, neodímio, praseodímio, promécio, samário, térbio, túlio..., mas a civilização já não sobrevive sem as terras raras.
Maria Tereza

Probus disse...

O que eu vou comentar "até o mundo MINERAL" sabe disso(como diz o Mino).

Sabemos que o NIÓBIO é SAQUEADO a cada SEGUNDO no BraZil. Tudo bem, tudo bem, tudo bem, não adianta gritar, espernear, murmurar, nem ir de Nota Fiscal em punho ao PROCON. Mas, para onde está indo os ROYALTIES do NIÓBIO?????

Onde está o MARCO REGULATÓRIO da MINERAÇÃO???

Porque a PIRATA COLOSSUS em SERRA PELADA???

Esse EDISON LOBÃO não poderia se transformar num EDISON CORDEIRÃO??

Porque o BraSil não tem uma MINERADORA ESTATAL??? Porque a PETROBRAS não cria um orgão para assumir a MINERAÇÃO também???

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VALE do RIO DOCE de volta?? EU quero, é minha!!!

05/03/2012: Investigações sobre evasão fiscal da Vale na Suíça

O escândalo explodiu nos últimos dias; porém, está apenas começando. Diversos meios de comunicação suíços denunciaram, no final de fevereiro, ao gigante brasileiro Vale do Rio Doce que, escapando do fisco de seu país, instalou, em 2007, sua sede mundial em Saint-Prex, no cantão suíço de Vaud, para aproveitar as prerrogativas locais.

Primeira constatação: de 5 anos até hoje, a Vale conseguiu livrar-se de toda obrigação impositiva.

Segunda constatação: A Vale deve ao Estado brasileiro cifras milionárias em conceito de impostos não pagos no Brasil.

Terceira constatação: essas novas denúncias reconfirmaram o voto da sociedade civil planetária que, em janeiro passado, concedeu a Vale o prêmio "Public Eye Award”, a pior empresa do mundo.

A Vale, segunda multinacional mineradora do mundo e primeira na exploração de ferro em âmbito planetário, ao instalar-se na Suíça, declarou um "benefício previsível” para 2006 de apenas 35 milhões de dólares, cifra que serviu de referência para taxar o montante de seus impostos.

No entanto, a posteriori, a declaração de benefício da Vale para esse mesmo ano superaria os

5 bilhões de dólares...

http://www.justicanostrilhos.org/nota/911

http://desacato.info/2012/03/para-a-vale-tudo-vale/

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Quem controla a Vale do Rio Doce?

Adriano Benayon

Anular a "privatização" de estatais como a Vale do Rio Doce (CVRD) não é apenas indispensável à segurança nacional. Exige-o a honra do País, pois estão cientes da vergonha que é essa alienação todos que a examinaram sem vendas nos olhos postas por egoísmo, ignorância ou submissão ideológica.

A negociata causou lesões impressionantes ao patrimônio nacional e ao Direito. Mas políticos repetem desculpas desinformadas ou desonestas deste tipo:

1) houve leilão, e o maior lance ganhou;

2) o contrato tem de ser respeitado;

3) o questionamento afasta investimentos estrangeiros.

http://www.anovademocracia.com.br/no-38/90-quem-controla-a-vale-do-rio-doce

Probus disse...

09/04/2012: China nacionaliza metais de terras raras

http://portuguese.ruvr.ru/2012_04_09/71152649/

09/04/2012: Ipen desenvolve novo tipo de combustível

Projeto teve apoio da Agência Internacional de Energia Atômica

http://planobrasil.com/2012/04/09/ipen-desenvolve-novo-tipo-de-combustivel/

Unknown disse...

Probus,
Vi os links que você indicou. Aprofundam nosso conhecimento sobre o importante e atual tema.
Obrigada
Maria Tereza

Probus disse...

Oi Maria Tereza,

A versão impressa da Carta Capital quase toda semana está abordando o assunto, ora(igual ao Maierovich), deram a VALE do RIO DOCE e, PIOR ainda, DIRECIONARAM os DONOS...

Só meu Santo Antônio Pequenino Amansador de Burro Brabo sabe se recebemos mesmo esses R$ 5 bi...

PECULATO e PREVARICAÇÃO tem que ser CRIME HEDIONDO.
É como bem diz o Deputado Delegado Protógenes Queiroz "o Grande":

"Reforma JUDICIÁRIA já."

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Os ENTREGUISTAs, LESA-PÁTRIAs, TRAIDOREs do POVO, deveriam ser EMPALADOS em PRAÇA PÚBLICA.

Eu enviei uma matéria para o BEATRICE, ela modificou em mínimos detalhes a carta do grego Dimitris Christoulas, observemos:

"Tenho já uma idade idade que não me permite recorrer à força – mas se um jovem agora empunhasse um Kalashnikov, eu seria o segundo a fazê-lo e o seguiria".
Com essa frase LIBERTÁRIA ela abre a matéria.

http://grupobeatrice.blogspot.com.br/2012/04/tenho-ja-uma-idade-idade-que-nao-me.html

P.S. EU FARIA o MESMO e, com requintes de CRUELDADE!!!!!

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Em uma entrevista com Marta Harnecker, em agosto de 2002, disse Chávez referindo-se ao golpe de abril do mesmo ano:

"Lembro-me das idéias de John Kennedy, ex-presidente dos Estados Unidos, que disse "Aqueles que fecham o caminho para uma Revolução Pacífica, abrirão o caminho para a Revolução Violenta. Nós escolhemos fazer a revolução constitucionalmente, por um processo constituinte de inquestionável legitimidade."

Probus disse...

"Los que le cierran el camino a la revolución pacífica, le abren al mismo tiempo el camino a la revolución violenta."

Só se pode fazer isto uma vez

Eu cresci trancado num quarto com livros de Marx e Pepetela, alimentado com parágrafos de Nélson Mandela
Foi esta a fonte do ódio que agora já não escondo, este é o som que eu inalei na voz de Zeca Afonso

Ninguém me separa deste Guevara que eu tenho em mim.
E podes ver na minha cara a raiva de Lenine
Eu choro este sangue que devora o espírito e choca os mais sensíveis, e torna-me num monstro como Estaline

Valete a.k.a Ciclone Underground, nigga
O filho do bastardo da vossa opressão, nigga
Eu tenho nos meus olhos a cor da insurreição, nigga
Sou Malcom-x com o microfone na mão

Eu desenterro vítimas de genocídio capitalista e levo mais comigo para rebelião
Eu sou o primeiro a marchar para esta revolução, tu és o primeiro a vazar na hora da intervenção

Eu vim para ressuscitar Lumumba, Ghandi e Arafat, e os nossos homens de combate através desta canção

Pai: Eu tatuei no meu peito a tua imagem para respirar através dela a tua batalha e a tua coragem. Hoje eu trago nos meus braços a tua alma e a tua mensagem, e esses escumalhas não sabem que jamais irão levar vantagem

Nós vestimos a farda de Xanana e levamos o drama do terceiro mundo à Casa Branca
Desfilamos com a mesma gana que as tropas em Havana e com a resistência suburbana dessa convicção cubana
Toma, esta ira psicopata deste filho de Zapata, ativismo de vanguarda é o registo do som

Eu trago a obstinação com que Luther King abalou e a mesma solução que todo o meu povo sonhou
Eu sou aquele mundo novo que Bob Marley cantou, esboço desse sofrimento que todo meu povo guardou

Eu sigo este caminho que o ódio abriu para mim e serei um dos guerreiros que aplaudirão no fim
Este é o som da revolução que em breve chegará, eu sou anti-herói que nunca se renderá

Eu sou um dos filhos deste mundo que a luta inspirou, no mesmo trilho da mensagem que Cabral deixou

Esta é a voz da justiça que um dia se afirmará, eu sou o anti-herói que o povo aclamará

Enquanto eu me enveneno com este rancor vou pondo balas no carregador para abater esses opressores
Esta é a missão dos peronistas que eu assumi na hora com a determinação que herdei da minha progenitora

Ninguém pára a frente armada que eu comando agora. Combate a escória na alvorada como fez Samora
Eu trago nesta oratória a história dos filhos que viram a morte inglória dos pais e que hoje anseiam desforra
Na Palestina, no Cambodja, Vietnam, Angola
No Iraque, na Somália, Afeganistão e Bósnia

Esse é o grito desse mundo que chora e implora pela justiça dos homens porque já viram que Deus não acorda
Vítimas de quem fez de todo o mundo seu patrimônio da hipocrisia assassina do FMI e da ONU
É o povo anônimo cobaia do liberalismo econômico que sai das amarras eufórico para combater o demônio

Eu sou aquele que vocês chamaram de fundamentalista, quando eu disse que era um trotskista belicista, posicionei-me assim contra a América imperialista, aqui está o vosso kamikaze terrorista

Farto de vos ver sentados, manipulados por uma televisão que vos deixa impávidos e formatados, asnáticos inconformados, fechados e enganados, otários e atrasados, inválidos e atordoados

Probus disse...

Nós estamos do lado contrário nesta jornada cheia de gente angustiada, traumatizada por um passado onde foram pisadas, martirizadas, apedrejadas, excluídas, extorquidas, extropiadas, cuspidas por uma brigada desalmada de parasitas que devastaram arrasaram vidas e agora vão pagar com a descarga desta entifada criada pelos homens que vocês flagelaram e sobraram com guerra para vingar aqueles que não ficaram

Eu sigo este caminho que o ódio abriu para mim e serei um dos guerreiros que aplaudirão no fim
Este é o som da revolução que em breve chegará, eu sou anti-herói que nunca se renderá
Eu sou um dos filhos deste mundo que a luta inspirou no mesmo trilho da mensagem que Cabral deixou
Esta é a voz da justiça que um dia se afirmará, eu sou o anti-herói que o povo aclamará

valete-Anti Herói (video oficial)

http://www.youtube.com/watch?v=VZUwn-Ctt1I

Unknown disse...

Probus,
Gostei dos seus comentários. Enriquecem o tema com boas reflexões e referências. A legislação brasileira é demasiado "dadivosa" com os exploradores de recursos minerais. Mudar é indispensável e urgente, mas não será fácil. O poder ($$$) da Vale e das estrangeiras sobre o Congresso é imenso. Grandes multinacionais estrangeiras dominam a exploração no Brasil: AngloGold, Serra Grande (Kinross e Anglo), Rio Paracatu (Kinross), Yamana etc. Espero que o exemplo de Cristina Kirchner com a YPF nos motive a corrigir essas revoltantes "dádivas" com bens da União.
Maria Tereza

Probus disse...

Maria Tereza, eu sou seu ALUNO, essa estória que a "criatura" supera o "criador" é coisa de Walt Disney!!!