segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

FURNAS E AS PROVAS NA JUSTIÇA. E AGORA BARBOSA?

Do portal “Conversa Afiada”


“Segundo a denúncia, o dinheiro desviado [pelos tucanos] pelo esquema vinha de contratos superfaturados da estatal com duas empresas: a “Toshiba do Brasil” e a “JP Engenharia Ltda”. As duas foram contratadas sem licitação para obras.

Saiu no “Brasil Atual”:

‘LISTA DE FURNAS’ É ESQUEMA COMPROVADO E REPLETO DE PROVAS NA JUSTIÇA

“Bastou o líder do PT na Câmara, Jilmar Tatto, ter requerimento aprovado para convidar o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso a explicar no Congresso Nacional a chamada “Lista de Furnas” – um esquema clandestino de caixa de campanha que funcionou na empresa estatal durante o governo de FHC – para que jornais da velha mídia, ao noticiar o fato, colocassem entre parênteses que a lista seria “comprovadamente falsa”. Não é o que diz o Ministério Público Federal do Rio de Janeiro.

De acordo o jornalista Amaury Ribeiro Jr., autor do livro-reportagem “A Privataria Tucana”, a procuradora da República Andrea Bayão Ferreira denunciou o ex-diretor de Planejamento de Furnas Dimas Toledo e um grupo de empresários e políticos acusados de participar da tal lista. A denúncia reúne arsenal de documentos da Polícia Federal e da Receita Federal que comprova a existência do esquema, aliás, muito semelhante ao recente escândalo das propinas da Alstom para tucanos paulista.

Segundo a denúncia, o dinheiro desviado pelo esquema vinha de contratos superfaturados da estatal com duas empresas: a “Toshiba do Brasil” e a “JP Engenharia Ltda”. As duas foram contratadas sem licitação para obras.

Os próprios executivos da “Toshiba do Brasil” confirmaram a existência do “caixa 2” que pagava servidores e políticos. O superintendente Administrativo da empresa afirmou que pagamentos eram feitos através de contratos de consultoria fictícios de empresas de fachada, esquentados por “notas frias”.

As escutas da Polícia Federal desmentem que Nilton Monteiro teria tentando falsificar a lista. Pelo contrário. “Durante a interceptação das linhas telefônicas usadas por Nilton Monteiro, nada foi captado que indicasse a falsidade da lista. Ao revés, em suas conversas telefônicas, inclusive com sua esposa, sustenta que a lista é autêntica”, diz a procuradora.

A denúncia do MP inclui, também, depoimento do ex-deputado Roberto Jefferson (PTB) confirmando ter recebido R$ 75 mil da estatal (que consta na lista de Furnas), na campanha para deputado federal em 2002. O dinheiro foi entregue pelo próprio Dimas Toledo num escritório no centro do Rio, segundo Jefferson. [O PGR, o STF e a mídia, contudo, somente dão crédito às informações de Roberto Jefferson quando se trata de incriminar petistas].

Peritos da Polícia Federal confirmaram a autenticidade da assinatura de Dimas Toledo na “Lista de Furnas”, e não encontraram indícios de montagem. Antes dos jornalões saírem repetindo por aí apenas palavras de políticos tucanos que desqualificam a lista por motivos óbvios, deveriam fazer o dever de casa e tomar conhecimento da denúncia da procuradora Andrea Bayão.”

FONTE: publicado no “Brasil Atual” e transcrito no portal “Conversa Afiada”  (http://www.conversaafiada.com.br/politica/2012/12/14/furnas-e-as-provas-na-justica-e-agora-barbosa/). [Trechos entre colchetes adicionados por este blog 'democracia&política'].

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