Veja enfrenta onda de protestos por chamar Niemeyer de ‘idiota’
“Enquanto a mídia de todo o mundo exaltou o arquiteto brasileiro Oscar Niemeyer, um dos principais colunistas da revista 'Veja', Reinaldo Azevedo, publicou um post com o seguinte título: “Morre Oscar Niemeyer, metade gênio e metade idiota”. Não demorou para que uma onda de protestos corresse a internet e apontasse os 100% de idiotice da revista 'Veja' e de Reinaldo Azevedo. O pior é que Azevedo não parou por aí.
Por Carla Santos
O perfeito idiota não se contentou em atacar Oscar Niemeyer -- um dos maiores gênios que o mundo já produziu -- apenas por um dia. Na sexta-feira (7), ele voltou à carga para argumentar mais sobre a "metade idiota" de Niemeyer.
Segue o primeiro parágrafo de Reinaldo Azevedo para justificar a “metade idiota” de Niemeyer: “A metade idiota de Niemeyer colaborou com os narcoterroristas das FARC, chamava de ‘líder fantástico’ o assassino de 40 milhões; via no tirano Hugo Chávez um grande homem e justificava todos os crimes de Fidel. Bem pensados, sua genialidade ocupava apenas um terço do seu caráter... Se eu tiver de voltar ao assunto, reduzo para um quarto... Ou: ‘Idoso de esquerda tem problema’”.
Em resposta, os protestos aumentaram, especialmente no Facebook. “Quando morre um grande homem, é uma chance única para pequenos idiotas. Para abrir espaço e ganhar efêmera notoriedade, basta achincalhar o grande homem que morreu. Ainda que isso seja imoral e aético, assegura aos idiotas de plantão seus quinze minutos de fama. É isso que vejo na imprensa brasileira hoje: oportunistas tentando diminuir a extraordinária trajetória de Oscar Niemeyer. Não convidados à festa litúrgica do reconhecimento e da admiração, tentam ascender, ainda que pela porta dos fundos, ao espaço privilegiado que Niemeyer conquistou em mais de um século de talento e ousadia”, protestou o internauta Antonio Veronese.
“Essa revista representa exatamente o setor da sociedade que sempre viu o país como uma colônia, querendo apenas sugar suas riquezas ou vendê-las para os imperialistas. É uma elite deslumbrada pela aristocracia europeia, tão estúpida que reverencia somente o que vem de fora, enquanto os próprios europeus reconhecem a importância de um homem como Niemeyer e de outros brasileiros que a 'Veja' faz questão de cuspir em cima”, comentou Ivan De Angelis.
UM COMUNISTA
Tanto ódio tem um motivo claro, como bem identificou o navegante José Luís Zasso: “mas ser chamado de idiota pelo Reinaldo Azevedo/'Veja' não deixa de ser um bom reconhecimento público. Eu me surpreenderia se a 'Veja' o chamasse de ‘camarada’. Eric Hobsbawn, o maior historiador do século 20 foi chamado de ‘idiota moral’ pela mesma 'Veja'. Assim como Niemeyer, era comunista”.
O mais triste de todo o episódio é que, ao se folhear a revista, o que muito se vê são anúncios de empresas públicas estatais. Até quando o governo federal ajudará a sustentar veículos como esse? E o marco regulatório da mídia, continuará na gaveta?
Que o Brasil ouça o apelo que vem da Argentina, que a presidenta daqui se inspire na presidenta de lá e faça valer o direito à comunicação, este bem tão precioso a qualquer nação que se considere verdadeiramente soberana, democrática e representativa.”
FONTE: escrito por Carla Santos no portal “Vermelho” (http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_noticia=200860&id_secao=1).
“Enquanto a mídia de todo o mundo exaltou o arquiteto brasileiro Oscar Niemeyer, um dos principais colunistas da revista 'Veja', Reinaldo Azevedo, publicou um post com o seguinte título: “Morre Oscar Niemeyer, metade gênio e metade idiota”. Não demorou para que uma onda de protestos corresse a internet e apontasse os 100% de idiotice da revista 'Veja' e de Reinaldo Azevedo. O pior é que Azevedo não parou por aí.
Por Carla Santos
O perfeito idiota não se contentou em atacar Oscar Niemeyer -- um dos maiores gênios que o mundo já produziu -- apenas por um dia. Na sexta-feira (7), ele voltou à carga para argumentar mais sobre a "metade idiota" de Niemeyer.
Segue o primeiro parágrafo de Reinaldo Azevedo para justificar a “metade idiota” de Niemeyer: “A metade idiota de Niemeyer colaborou com os narcoterroristas das FARC, chamava de ‘líder fantástico’ o assassino de 40 milhões; via no tirano Hugo Chávez um grande homem e justificava todos os crimes de Fidel. Bem pensados, sua genialidade ocupava apenas um terço do seu caráter... Se eu tiver de voltar ao assunto, reduzo para um quarto... Ou: ‘Idoso de esquerda tem problema’”.
Em resposta, os protestos aumentaram, especialmente no Facebook. “Quando morre um grande homem, é uma chance única para pequenos idiotas. Para abrir espaço e ganhar efêmera notoriedade, basta achincalhar o grande homem que morreu. Ainda que isso seja imoral e aético, assegura aos idiotas de plantão seus quinze minutos de fama. É isso que vejo na imprensa brasileira hoje: oportunistas tentando diminuir a extraordinária trajetória de Oscar Niemeyer. Não convidados à festa litúrgica do reconhecimento e da admiração, tentam ascender, ainda que pela porta dos fundos, ao espaço privilegiado que Niemeyer conquistou em mais de um século de talento e ousadia”, protestou o internauta Antonio Veronese.
“Essa revista representa exatamente o setor da sociedade que sempre viu o país como uma colônia, querendo apenas sugar suas riquezas ou vendê-las para os imperialistas. É uma elite deslumbrada pela aristocracia europeia, tão estúpida que reverencia somente o que vem de fora, enquanto os próprios europeus reconhecem a importância de um homem como Niemeyer e de outros brasileiros que a 'Veja' faz questão de cuspir em cima”, comentou Ivan De Angelis.
UM COMUNISTA
Tanto ódio tem um motivo claro, como bem identificou o navegante José Luís Zasso: “mas ser chamado de idiota pelo Reinaldo Azevedo/'Veja' não deixa de ser um bom reconhecimento público. Eu me surpreenderia se a 'Veja' o chamasse de ‘camarada’. Eric Hobsbawn, o maior historiador do século 20 foi chamado de ‘idiota moral’ pela mesma 'Veja'. Assim como Niemeyer, era comunista”.
O mais triste de todo o episódio é que, ao se folhear a revista, o que muito se vê são anúncios de empresas públicas estatais. Até quando o governo federal ajudará a sustentar veículos como esse? E o marco regulatório da mídia, continuará na gaveta?
Que o Brasil ouça o apelo que vem da Argentina, que a presidenta daqui se inspire na presidenta de lá e faça valer o direito à comunicação, este bem tão precioso a qualquer nação que se considere verdadeiramente soberana, democrática e representativa.”
FONTE: escrito por Carla Santos no portal “Vermelho” (http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_noticia=200860&id_secao=1).
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