O site ”Vernelho” ontem publicou:
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta segunda-feira (15), durante seu programa semanal de rádio, que a indústria brasileira está “confiante” na atual política econômica do país.
Para ele, o crescimento de 6,1% do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano representa um avanço no poder aquisitivo dos brasileiros, condição que poderá servir para recuperar "o tempo perdido nos últimos 20 anos praticamente sem crescimento”.
“Na medida em que trabalhadores, empresários e governo trabalham juntos, acreditam juntos e têm um grau de otimismo também em conjunto, a economia só pode dar certo. Estamos nesse processo já há algum tempo – são praticamente 25 trimestres de crescimento da nossa economia”, afirmou Lula.
Leia abaixo a íntegra do programa desta segunda-feira:
Olá, você em todo Brasil, eu sou o Luciano Seixas e nós estamos começando agora o programa de rádio do presidente Lula, o Café com o Presidente. Olá, presidente, como vai? Tudo bem?
Tudo bem, Luciano.
PRESIDENTE, O PRODUTO INTERNO BRUTO DO SEGUNDO TRIMESTRE DESSE ANO CHEGOU A 6,1%. QUE REPRESENTA ESSE ÍNDICE?
Olha, representa que a indústria brasileira está confiante na política econômica que estamos desenvolvendo no Brasil. Significa mais do que isso, significa que nós brasileiros estamos acreditando no Brasil, estamos acreditando no futuro do Brasil e estamos acreditando nas coisas que estamos fazendo conjuntamente.
Na medida em que trabalhadores, empresários e governo trabalham juntos, acreditam juntos e têm um grau de otimismo também em conjunto, ou seja, a economia só pode dar certo. Nós estamos nesse processo já há algum tempo, são praticamente 25 trimestres de crescimento da nossa economia.
Nós achamos que, na medida em que a indústria continua crescendo e se firmando, nós vamos ter um crescimento estável e trabalhamos para que ele seja duradouro, para que ele possa durar 10 ou 15 anos de crescimento, para que o Brasil recupere o tempo perdido dos 20 anos praticamente sem crescimento. Isso é importante porque atinge todos os setores da economia. Da construção civil ao setor têxtil; da indústria naval à indústria de aviação; da indústria de avião à indústria automobilística, passando pelo setor de serviços. Todos estão crescendo.
O povo está consumindo mais. Cada vez que o povo consome mais ele gera mais necessidade das empresas produzirem mais, gera mais um emprego, gera mais um salário, é mais um consumidor na praça. E isso é que dá o dinamismo para a economia brasileira atingir os níveis de 6,1% no trimestre e de seis pontos em relação ao mesmo período do ano passado.
Nós trabalhamos para isso, o Brasil trabalhou para isso. Todo mundo acreditou nisso. Os pessimistas vão ficar olhando de lado, mas nós vamos continuar trabalhando para a economia brasileira continuar a crescer. Porque isso significa melhorar a vida do povo brasileiro. Significa levar mais comida para casa, significa levar mais bens materiais, significa que as pessoas podem comprar uma geladeira, podem comprar uma televisão, podem comprar um sapato, podem comprar uma roupa.
Ou seja, tudo melhora e o povo melhora com essa melhora do Brasil. Por isso que eu estou satisfeito com o crescimento, sabe? E dentro desse crescimento, cresce também o poder aquisitivo do povo brasileiro, a massa salarial. E, portanto, nós estamos numa economia que, eu diria, atingindo um nível muito importante entre demanda, que é o quando o povo vai comprar, e a oferta, que é quando tem o produto na loja. Esse equilíbrio é que vai permitir que a gente cresça, distribua renda e mantenha a inflação altamente controlada, como estamos fazendo.
NESSE CONTEXTO, OS INVESTIMENTOS SÃO FUNDAMENTAIS, NÃO É, PRESIDENTE? NO PAÍS, FORAM FUNDAMENTAIS VÁRIOS TIPOS DE INVESTIMENTOS. E NA ÁREA DE ENERGIA, POR EXEMPLO, A GENTE PODE DIZER QUE ESSES INVESTIMENTOS ATRAVESSAM O BRASIL DE NORTE A SUL, NÃO É?
Olha, os investimentos são importantes. Só para você ter uma noção, os investimentos tiveram uma expansão de 16,2%, e isso é resultado dessa grande confiança. Os banco têm mais dinheiro para emprestar, as pessoas estão tomando mais dinheiro emprestado.
As indústrias que já fizeram hora extra, que já fizeram segundo turno, terceiro turno, têm que aumentar um pedaço da sua fábrica. Aquelas que ainda não estão trabalhando em três turnos vão começar a trabalhar em três turnos. Tudo isso para fazer girar a economia, como se nós estivéssemos em uma roda-gigante. E nós não queremos que a roda-gigante pare.
Nós queremos que as pessoas continuem girando, ou seja, que a renda continue crescendo, continue fomentando crédito, continue fomentando a expansão industrial, a expansão do consumo, porque é para isso que nós trabalhamos. E isso nós estamos colhendo graças ao sacrifício que nós fizemos no momento que nós tínhamos que fazer sacrifício. Nós estamos trabalhando muito porque nós sabemos que o setor energético é praticamente o coração do desenvolvimento do Brasil. Por isso, eu fui na semana passada à Coari, lá no estado do Amazonas, fiscalizar a obra do gasoduto Coari-Manaus.
E o que vai acontecer é que vamos oferecer mais energia e, portanto, vamos trazer mais empresas para fazer mais investimentos no estado do Amazonas. E também na área do petróleo, ou seja, eu já fui ao Espírito Santo inaugurar a primeira tirada do petróleo do pré-sal.
Agora esta semana, estou indo a Rio Grande, no Rio Grande do Sul, lançar a P-53 em alto mar. E, ao mesmo tempo, encostar a P-55 que vai ser feita no lugar da P-53.
Isso significa o quê? Significa indústria naval mais forte, significa nossos estaleiros mais fortes, significa mais mão-de-obra qualificada, significa mais emprego, mais salário, mais renda, melhoria das condições de vida para o povo brasileiro. Esse conjunto de fatores, todos funcionando de forma harmônica, permite eu dizer, nesse programa aos nossos ouvintes, que tenho a certeza de que finalmente o Brasil se encontrou com seu próprio destino e não vai parar de crescer mais.”
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