Li no blog "Por Um novo Brasil", de Jussara Seixas, o texto abaixo, publicado no UOL (Folha):
“Nem os presidentes da República estão imunes aos grampos.
Em março de 1983, um transmissor eletrônico foi localizado no gabinete do general João Baptista Figueiredo, atrás dos lambris que recobriam as paredes da sala.
Em setembro de 1992, foi divulgado um telefonema dado por Itamar Franco do hotel Glória, no Rio, onde se hospedava, para uma jornalista. O vice, que assumiria a Presidência em outubro, disse que sua casa tinha sido grampeada, mas nada foi achado.
Em dezembro de 1992, antes de renunciar, Fernando Collor recebeu relatório informando que os telefones de sua residência, a Casa da Dinda, estavam todos grampeados. Para se defender, ele usava um misturador de vozes.
Os casos mais graves aconteceram no governo de Fernando Henrique Cardoso. Em 1995, a Polícia Federal grampeou o embaixador Júlio César Gomes dos Santos, chefe do cerimonial do Planalto, suspeito de fazer tráfico de influência para favorecer a Raytheon na licitação do Sivam. Acusado de ter determinado a escuta, o presidente do Incra, Francisco Graziano, se demitiu.
Em 1998, escutas telefônicas na sede do BNDES, no Rio, revelaram como o governo atuou durante o leilão da Telebrás, em 29 de julho. As fitas divulgadas traziam conversas do próprio FHC. O escândalo provocou a queda do ministro Luiz Carlos Mendonça de Barros (Comunicações), e do presidente do BNDES, André Lara Resende, entre outros.”
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