Li hoje no site Direto da redação, dos jornalistas Leila Cordeiro e Eliakim Araújo, o seguinte artigo do jornalista e escritor José Inácio Wernek:
“Bristol (EUA) – Em 7 de junho de 1994 os políticos de direita no Brasi mudaram o mandato presidencial para apenas quatro anos, porque as pesquisas de opinião mostravam que o metalúrgico Luís Inácio da Silva era o favorito para a próxima eleição.
Quando quem acabou no poder foi Fernando Henrique Cardoso, graças à criação do real, o panorama mudou e surgiu a proposta da reeleição, a exemplo do que é feito nos Estados Unidos.
Teria sido perfeitamente natural, se fosse adotada apenas a partir do presidente seguinte, para evitar conflito de interesse. Mas prevaleceu a ambição de FHC por um segundo mandato.
Esta semana o presidente americano Barack Obama deu entrevista ao New York Times Magazine na qual, entre outras coisas, diz que China, Índia, a União Européia e o Brasil serão os grandes competidores dos Estados Unidos na nova economia mundial.
Curiosamente, Obama identifica esses países como futuros rivais dos Estados Unidos, por estarem preparando uma geração que sairá de suas faculdades e universidades com educação de alto nível em disciplinas como matemática, computação, engenharia.
Gente capaz de se destacar num mundo em que a informação será a principal riqueza dos países.
Não sei até que ponto o presidente dos Estados Unidos está certo ao colocar o nível de escolaridade de futuros brasileiros em tão augusta companhia.
Mas, se estiver, impõe-se o reconhecimento do que será a principal obra da administração de um homem, Lula, que não teve educação formal e é conhecido por menosprezar o hábito da leitura.
Enquanto Obama enaltece o Brasil, aparece em nosso país a campanha do “queremismo” por Lula.
Não é uma coisa nova. O queremismo foi ensaiado com Getúlio Vargas, em 1945.
Mas se Lula quiser de fato dignificar a sua memória, deve por de lado qualquer tentativa de beneficiar-se com um terceiro mandato.
Tal proposta apequena o Brasil e avilta o presidente.
No quinto país mais populoso do mundo há apenas uma pessoa em condições de suceder a Lula e ela está com câncer?
É proposta pouco séria, de Banana Republic, que o Brasil quer deixar para trás.”
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