segunda-feira, 5 de março de 2012

IRÃ LANÇARÁ SATÉLITES GEOESTACIONÁRIOS E PLANEJA MISSÃO TRIPULADA EM 2019


“Em meio às suspeitas da "comunidade internacional" [sic] [isto é, dos EUA/Israel, França e Inglaterra que se autodenominam "comunidade internacional"] sobre seu programa nuclear, o governo do Irã anunciou hoje (5) que enviará satélites geoestacionários que orbitarão a Terra. O diretor do Programa Aeroespacial do Irã, Mehdi Farahi, disse que a ideia é enviar satélites com o poder de alcance de 1.000 quilômetros. O envio dos satélites está dentro do plano aeroespacial até 2015.

Em junho de 2011, o Irã lançou um satélite de observação. O objetivo era fazer imagens da Terra e transmiti-las com as informações para as estações terrestres. Em 20 de junho do ano passado, o presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, disse que o país obteve a tecnologia para desenvolver satélites. Segundo ele, o governo pretende em breve lançar satélites de alcance ainda maior – que atinjam altitude de cerca de 40 mil quilômetros.

De acordo com Farahi, o governo iraniano lançou seu primeiro satélite, “Omid” (cujo significado em português é Esperança), em 2009. Em 2019, o governo iraniano pretende lançar a primeira missão tripulada ao espaço. Pelos dados oficiais, o Irã é um dos 24 membros fundadores da “Comissão das Nações Unidas sobre os Usos Pacíficos do Espaço Exterior”, que foi criada em 1959.

O lançamento de satélites ocorre no momento em que o Irã sofre severas sanções de parte da “comunidade internacional” devido ao programa nuclear desenvolvido no país [com objetivos até agora comprovadamente pacíficos, para a produção de energia elétrica e fins medicinais]. Para a “comunidade internacional”, o programa esconde a [eventual, futura] produção de armas atômicas. Mas Ahmadinejad e as demais autoridades do Irã negam as suspeitas.”

FONTE: reportagem de Renata Giraldi, repórter da Agência Brasil, com informações da emissora estatal de televisão do Irã, PressTV (edição de Graça Adjuto).   (http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2012-03-05/ira-anuncia-lancamento-de-satelites-e-promete-que-missao-tripulada-ocorrera-em-2019) [Imagens do Google e trechos entre colchetes adicionados por este blog ‘democracia&política’].

4 comentários:

iurikorolev disse...

Mesmo com uma economia muito menor que o Brasil e sendo perseguido pelas grandes potências, consegue se desenvolver muito mais que o Brasil.
É hora de tirar de Brasilia os energúmenos que "gerenciam" a área de espaço no Brasil, que estão lá desde FHC, Lula e Dilma.
Burocratas sem liderança nem visão estratégica necessárias à área.

Unknown disse...

Iurikorolev,
Concordo com você que há necessidade de mais ênfase, recursos e persistência nos projetos espaciais. Porém, não creio que os que gerenciam em Brasília a área espacial sejam todos energúmenos como você os classificou. Dou meu voto de confiança para muitos. O ex-presidente da AEB e agora ministro da C&T, Marco Antonio Raupp é do RS. É matemático, ex-diretor geral do INPE, ex-presidente da SBPC. É graduado em física pela UFRS, doutor em matemática pela Universidade de Chicago e livre-docente pela USP. O diretor da ACS Cyclone é de PE, iteano como você, graduado em eletrônica (summa cum laudae), mestre e doutor pela Purdue University. Foi diretor do CTA e reitor do ITA. Há outros fatores que bloqueiam nosso desenvolvimento na área espacial. Sugiro a você ler uma postagem nossa de 10/10/2011 "EUA BOICOTARAM E BOICOTAM O PROGRAMA ESPACIAL BRASILEIRO" (http://democraciapolitica.blogspot.com/2011/10/eua-boicotaram-e-boicotam-o-programa.html).
Maria Tereza

iurikorolev disse...

Maria Tereza
Sinto ter que discordar de você.
Os iranianos têm muito mais empecilhos do que o Brasil e conseguem ir em frente.
Essas pessoas que vc mencionou aí podem ser bons pesquisadores, mas para levar um programa desta envergadura precisa mais do que isto.
Pode ser até que a "culpa" não seja deles especificamente, mas para mim com certeza é do Governo.
Quando houver real vontade política e se colocar as pessoas certas no comando a parte de espaço irá desenvolver-se.
O dinheiro é pouco, mas os resultados são fracos demais para o que já se investiu.
O Governo tem que entender que é ridículo almejar uma cadeira no Conselho de Segurança na ONU e continuar com essa pífia área de espaço. Nem lançar um satélite se sabe.

Unknown disse...

Iurikorolev,
Não precisa ficar sentido, pois não estamos discordando. Ambos achamos que o desenvolvimento espacial é muito importante para o Brasil. Concordamos que há necessidade de muito mais ênfase, recursos e perseverança nos projetos espaciais. Havendo isso, confio na capacidade dos brasileiros, já demonstrada em muitas áreas de tecnologia de ponta.
A única nossa diferença é que você atribui a culpa exclusivamente "ao governo".
O “governo” somos nós, brasileiros. Resulta dos eleitores e das aspirações da sociedade. O “espaço de manobra” que os governos federais têm no Brasil é estreitíssimo. Você já observou com atenção as diversas vinculações que amarram os Orçamentos da União? Não há liberdade governamental para redirecionar grandes recursos para projetos estratégicos ($ bilhões, como a área espacial demanda). Além disso, a sociedade continuamente sofre campanhas capciosas. Não houve, não há e não haverá apoio da grande mídia direitista tucana (pró-grandes potências e conglomerados financeiros e econômicos estrangeiros) para inevitavelmente dispendioso projeto nacional de foguetes lançadores de satélites. Recordo, como típica, a campanha doutrinária da mídia no governo “neoliberal” FHC/PSDB. Por exemplo, no “Jornal Nacional” de 05/04/96, em meio a uma notícia, a apresentadora Lillian Witte Fibe transmitiu em “close” e em tom solene para todo o Brasil, como se fosse um editorial das Organizações Globo: “No mundo moderno, em que todos os países caminham fortemente para a globalização da economia, não tem mais sentido o Brasil proteger a sua indústria nacional, especialmente na área de tecnologia de ponta”. [sic!]
Maria Tereza