sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

MÍDIA E DESORDEM NEOLIBERAL, ANO IV

Por Saul Leblon

“119,6 milhões de pessoas, ou 24,2% da população dos 27 países da Europa, encontram-se no limiar da pobreza. Nos EUA, o programa de vale-refeição garante comida a 46 milhões de pessoas -- um em cada oito norte-americanos precisa de ajuda para não passar fome.

As importações mundiais mantêm-se estagnadas, condição que se arrasta desde julho e um indicativo da paralisia no comércio internacional.

As encomendas industriais desabam na Europa, o que pode ser visto como um termômetro de agravamento da recessão neste final de ano e início do próximo. Nos EUA, a produção industrial recuou 0,4% em outubro, em relação ao mês anterior; institutos previam alta de 0,1%, depois que o indicador avançou apenas 0,2% em setembro.Na Ásia, a China mostra recuperação, mas o Japão patina.

Em toda a América Latina, a demanda emite sinais de enfraquecimento com a economia desidratada pela contração global da procura por matérias-primas.

No Brasil, o emprego e a renda continuam em expansão, mas o investimento industrial completou o 5º trimestre negativo, com 2% de queda em setembro, enquanto o PIB cresceu apenas 0,6% no período.

Na 3ª feira, o ministro Guido Mantega anunciou R$ 2,8 bilhões em desonerações à construção civil, com corte de 20% para 2% na alíquota do INSS sobre a folha. Desde o início da crise, o país já concedeu R$ 45 bilhões em incentivos fiscais à retomada do crescimento. O valor equivale a quase 1% do PIB, sendo criticado pelo jogral midiático, o mesmo que, por 30 anos, prega as virtudes dos mercados autorreguláveis e da desregulação financeira e que insiste na adoção do tripé ortodoxo: redução do Estado, supressão de direitos trabalhistas e choque de gestão --exatamente o que vem sendo feito há 30 aos. Com os resultados sabidos.”
FONTE: escrito por Saul Leblon no site “Carta Maior”  (http://www.cartamaior.com.br/templates/index.cfm). [Imagens do Google adicionadas por este blog ‘democracia&política’].

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