sábado, 8 de dezembro de 2012

PIG (*) OMITE ORIGEM DA CRISE E ATACA O BRASIL

"Enquanto 'as togas' cuidam do PT e de 2014, trata-se, agora, de interditar o debate da crise e sabotar a busca de um novo modelo de desenvolvimento.

O portal “Conversa Afiada” reproduz editorial da “Carta Maior”:

MÍDIA OMITE A ORIGEM DA CRISE E ATACA O BRASIL

“De repente, o Brasil virou o barnabé da hora aos olhos da crítica econômica conservadora. A “The Economist”, uma espécie de espírito santo [inglês] do credo neoliberal, pede a demissão de Mantega e desqualifica os esforços contracíclicos do governo Dilma diante da pasmaceira internacional.

Assemelhados nativos tampouco afeitos ao pudor retiram a soberba do baú e voltam a pontificar como se a reforma gregoriana tivesse eliminado o mês de setembro de 2008 do calendário jornalístico e com ele as ruínas da supremacia das finanças desreguladas.

Governadores tucanos impávidos diante do incêndio global boicotam a redução no custo da tarifa elétrica proposto por Dilma, como se não houvesse amanhã. O Tesouro vai cobrir a estripulia tucana.

Mas jornalistas alinhados acodem em massa na sua especialidade. O jogral que nunca desafina saboreia o PIB baixo e alardeia a primeira consolidação política do levante: a ineficácia do que chamam de ‘intervencionismo estatal excessivo de Dilma’.

O que, afinal, deseja a turma braba que jogou a humanidade no maior colapso do sistema capitalista desde 1929 –e só poupou o Brasil porque não pode derrubar Lula em 2005, perdeu em 2006 e foi às cordas de novo em 2010?

Simples: enquanto as togas cuidam do PT e de 2014, trata-se agora de interditar o debate da crise e sabotar a busca de um novo modelo de desenvolvimento a contrapelo dos ‘mercados autorreguláveis’.

É a volta do garrote a cobiçar o pescoço soberano do país. Compreender o papel que joga o monopólio midiático nesse estrangulamento é crucial para reagir com eficácia ao cerco. Em que medida é possível fazê-lo sem um contraponto de vozes plurais a afrontar o monólogo conservador na formação do discernimento social?

Mais que isso. Em que medida é possível restringir e vencer o embate no plano exclusivamente econômico sem alterar o desequilíbrio clamoroso na difusão das idéias? É disso que trata o “Especial de Carta Maior”  (http://cartamaior.com.br/templates/postMostrar.cfm?blog_id=6&post_id=1152), que emoldura o debate da “Ley de Meios” argentina com a amplitude e a premência que o tema encerra em nossos dias.”

(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

FONTE: editorial da “Carta Maior” transcrito no portal “Conversa Afiada”  (http://www.conversaafiada.com.br/pig/2012/12/07/pig-omite-origem-da-crise-a-ataca-o-brasil/).

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