quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

POBREZA ATINGE NÍVEIS ELEVADOS NA ITÁLIA


“A pobreza chegou ao nível mais elevado na Itália em, pelo menos, 16 anos, como resultado da crise econômica que provocou o aumento do desemprego e a redução do valor dos salários, além da política de “arrocho” empregada com o eufemismo de "austeridade".

A "pobreza relativa", definida como uma família com duas pessoas vivendo com uma renda mensal de 991 euros ou menos, afeta 12,7 % das famílias, o percentual mais elevado desde que a atual compilação de dados teve início, em 1997, de acordo com o relatório do instituto de estatísticas ISTAT.

O estudo, um compêndio de dados abrangendo itens como emprego e demografia, assinala que a pobreza se aprofundou em todas as regiões na Itália entre 2011 e 2012. A pobreza relativa passou de 4,9% para 6,2% no rico norte da Itália, e de 23,3% para 26,2% no Sul, área mais pobre.

O relatório apresenta quadro sombrio do impacto da pior recessão do pós-guerra no país, com níveis recordes de desemprego, renda arrochada e o declínio dos empregos permanentes e de período integral.

"Como um dos países mais afetados pela crise, a Itália registrou um declínio progressivo nos principais indicadores macroeconômicos e sociais em 2012", disse o ministro do Trabalho e ex-chefe do ISTAT, Enrico Giovannini, no prefácio do estudo.

A federação patronal “Confindustria” alertou [em dezembro] para o fato de a recessão ter infligido danos na economia italiana comparáveis aos causados por uma guerra.

As dificuldades causadas pelo desemprego e as medidas tomadas pelo governo para manter as exauridas finanças públicas sob controle alimentam crescente descontentamento no país, expresso por longa série de protestos, às vezes violentos, nas ruas no [início de dezembro].

O desemprego está no seu maior nível na Itália desde, pelo menos, o fim dos anos 1970. A taxa total era de 12,5% em outubro, de acordo com as últimas cifras da ISTAT, mas alcançava 41,2% entre os jovens.

Os dados do instituto mostram que o número de trabalhadores com contratos permanentes, de jornada de período integral, caiu 1,3% em 2013, passando a 10,3 milhões de pessoas, enquanto o de jovens na mesma condição diminuiu 9,4 %.”

FONTE: portal “Vermelho” com informações do “Correio do Brasil”  (http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_noticia=232725&id_secao=9). [Imagem do google adicionada por este blog ‘democracia&política’].

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