terça-feira, 2 de setembro de 2008

GRAMPO GERA NOVA CRISE INSTITUCIONAL NO BRASIL, DIZ 'EL PAÍS'

O jornal espanhol El Pais, em reportagem com o título "Um caso de espionagem agita de novo as instituições do Brasil", noticiou a estranha denúncia para a Nação feita pelo Presidente do Supremo Tribunal Federal. Li a matéria no UOL:

“A denúncia publicada pela revista Veja desta semana, que afirma que o presidente do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, e o senador Demóstenes Torres [DEM] foram submetidos a escutas telefônicas nas últimas semanas causou uma "nova crise institucional" no Brasil, segundo reportagem publicada nesta segunda-feira pelo jornal espanhol El País.

Com o título "Um caso de espionagem agita de novo as instituições do Brasil", o jornal comenta a reportagem e afirma que o presidente Luís Inácio Lula da Silva prometeu investigar as denúncias de grampo, que teria [?] sido realizado pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin).

"De fato, Mendes cancelou uma viagem à Coréia do Sul a espera que Lula ofereça explicações, e Demóstenes [DEM] considerou gravíssimo o fato de que os serviços secretos espionem membros de órgãos independentes do Estado como o Supremo e o Congresso", diz o jornal.

"Ao que parece, também foram espionados a ministra da Presidência da República, Dilma Rousseff, que alguns consideram a pessoa que Lula apoiará como candidata à presidência, e o próprio chefe do gabinete de Lula, Gilberto Carvalho", afirma o El País.

O diário espanhol explica que as suspeitas recaem sobre um grupo hostil a Lula dentro da própria Presidência, e que Lula teria classificado as escutas ilegais de "inaceitáveis" e "gravíssima violação do direito de comunicação".

A Abin nega as acusações e a Polícia Federal prometeu investigar, destaca o El País. "No entanto, há tempos que se denunciavam casos de escutas telefônicas ilegais a políticos, juízes e ministros.

"Calcula-se que mais de meio milhão de brasileiros tenham seu telefone controlado, e, por conta disso, algumas pessoas já haviam pedido uma lei mais severa para lidar com o problema; entre outras coisas, exigem que a polícia só possa praticar escutas telefônicas com fins judiciais com uma ordem judicial explícita", diz o jornal espanhol.”

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