A agência inglesa de notícias BBC ontem publicou (li no UOL):
1935
“Um livro alemão revela que, pouco antes da Segunda Guerra, militares nazistas planejavam estabelecer uma colônia no meio da selva amazônica”.
Cientistas alemães tiveram a idéia de criar "área nazista" na Amazônia. A área seria "perfeita para ser colonizada pela raça nórdica ariana"
Segundo o livro Das Guayana-Projekt (O Projeto Guiana, na tradução livre) expedições de cientistas alemães à Amazônia entre 1935 e 1937 levaram à idéia de criar uma "área nazista" na região.
O autor Jens Glüsing, correspondente da revista alemã Der Spiegel no Brasil, cita planos nazistas para invadir o Suriname e a Guiana Francesa com tropas que desembarcariam na Amazônia brasileira.
A área seria "perfeita para ser colonizada pela raça nórdica ariana", disse o autor da idéia, o alemão Otto Schulz-Kampfhenkel, em uma carta ao então todo-poderoso general nazista Heinrich Himmler.
INFLUÊNCIA
Os nazistas chegaram a se interessar pelo plano mirabolante, já que segundo Schulz-Kampfhenkel "uma base no norte da América do Sul diminuiria a influência dos Estados Unidos na região".
"Se trata de um dos capítulos mais estranhos da era nazista", diz Glüsing, que para seu livro fez pesquisas na Alemanha e no Brasil.
A obra foi publicada na Alemanha este ano e está tendo bastante repercussão depois que a revista Der Spiegel pôs trechos do livro em seu portal de história na internet, einestages.de, nesta semana.
Segundo o autor, o plano não foi adiante porque os nazistas tinham outros projetos mais importantes a realizar e a Guiana Francesa estava sob o comando do regime de Vichy, na França, que era uma marionete dos nazistas.
Submarinos alemães usaram a Guiana Francesa como base para atacar navios que trafegavam na região, diz Glüsing.
O diretor do Parque Nacional Montanhas do Tumucumaque, o alemão Christoph Jaster, organizou uma expedição três anos atrás para localizar pistas das expedições nazistas.
Em seu livro, Jens Glüsing diz que "tudo que ele encontrou foi o túmulo de um colega de Schulz-Kampfhenkel." A cruz de madeira no meio da floresta ilustra a capa do livro.”
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