Li ontem no site “Carta Maior” o seguinte texto do filósofo e cientista político Emir Sader:
A VERDADEIRA HISTÓRIA DA PRISÃO DE MCCAIN NO VIETNÃ
“O último livro de Michael Moore, publicado este ano nos EUA e que não chegou por aqui, tem como título original “O guia de Mike para as eleições”.
Reproduzo para vocês alguns dos melhores momentos do livro. O primeiro, a verdadeira história da prisão de McCain no Vietnã:
“John McCain participou como piloto de guerra de 23 bombardeios sobre o Vietnã do Norte...” Nessas ações, “as forças estadunidenses realizaram 307vôos de combate e jogaram 643.000 toneladas de bombas no território vietnamita (aproximadamente as mesmas toneladas que foram lançadas no Pacífico durante toda a Segunda Guerra Mundial).” “Isso representa mais de um 11 de setembro por mês. E isso durante 44 meses.”
“No seu livro 'Faith of our Fathers', McCain lamenta que só lhe deixaram bombardear instalações militares, estradas e centrais elétricas. Na sua opinião essas restrições eram “ilógicas” e “não tinham sentido”. “Em 26 de outubro de 1967, McCain, que pilotava seu Skyhawk A-4, foi atingido pela artilharia anti-aérea dos norte-vietnamitas no momento em que disparava um míssil não contra um objetivo militar, nem contra uma unidade do exército, nem contra um buque de guerra, mas contra uma estação geradora de eletricidade que abastecia a alguns bairros. O objetivo, segundo o próprio McCain, estava em uma “zona de Hanói densamente povoada”. Densamente povoada. Um avião aparece no céu e descarrega uma chuva de mísseis em uma zona muito povoada da capital de um país.”
“O avião de Mc Cain caiu em um lago não muito longe do palácio presidencial. Com três fraturas, ele estava se afogando e vários civis que estavam nas margens, se jogaram na água para salvá-lo. Mais ou menos o que faríamos nós com alguém que tivesse acabado de bombardear nosso povo, não?”
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