Li hoje no blog “Conversa Afiada”, do jornalista Paulo Henrique Amorim:
“Há dois institutos de pesquisa eleitoral: Ibope e Datafolha.
Os dois são do PiG [Partido da Imprensa Golpista].
O Datafolha é da Folha, logo, de José Serra.
O Ibope é da/para/com a Globo.
O Estadão entra de carona, com as manchetes e os “analistas” de pesquisa ...
A manipulação é grosseira.
Não só as pesquisas erram redondamente.
Mas, as pesquisas são “trabalhadas” pelas redações do PiG, que fazem a leitura conveniente: ou seja, sempre a favor dos candidatos do PiG.
As oscilações dentro da margem de erro são o mesmo que deixar assaltante conferir a féria da feira ...
As pesquisas antecipadas, com a função de dinamitar na partida candidaturas indesejadas ...
E as pesquisas em cima da hora, com a função de angariar votos ? Induzir o leitor ?
É uma pouca vergonha.
Como diz o Mino Carta: é “a máfia no poder !”
O Datafolha trabalha de olho no Ibope.
E o Ibope, de olho no Datafolha.
Um calibra os resultados em função do outro, sempre de forma a agradar o cliente: os candidatos do PiG.
A última pesquisa do Ibope no Rio, por exemplo, dava um segundo turno entre Paes e Crivella.
O Datafolha dava Paes e Gabeira.
Na boca de urna, o Ibope se acertou com o Datafolha: e deu Paes e Gabeira.
O Ibope dirá: “no último dia, captamos a ascensão do Gabeira...”
E em São Paulo: por que nenhum dos dois captou a ascensão vertiginosa do Geraldo Kassab ?
Ou por que não captaram a fuga em massa de tucanos de Gilberto Alckmin ?
Os dois, Datafolha e Ibope, erraram de forma espetacular em São Paulo.
Em nenhuma democracia séria do mundo se leva pesquisa a sério.
Nos Estados Unidos, cada candidato trabalha – e divulga, quando interessa – três institutos de pesquisa; cada partido, outros três; cada jornal, emissora de televisão tem o seu; dezenas de organizações independentes fazem pesquisas eleitorais.
O que alguns blogs respeitáveis costumam fazer é tirar a média das pesquisas a que têm acesso.
Há até ONGs que fazem isso e divulgam.
Para diminuir o grau de manipulação do eleitor.
E, mesmo assim, se erra nos Estados Unidos
As pesquisas – e as médias – erraram agora, feio, nas primárias, sobretudo, nas primárias dos democratas.
A média deu a vitória de Obama quando deu Hillary.
A média deu a vitória de Hillary, quando Obama ganhou.
Aqui, nessa gigantesca província chamada São Paulo, os jornais dedicam páginas e páginas sobre o vácuo: as pesquisas, que não valem um dólar furado.
Já que são só dois os institutos de pesquisa, com um viés partidário, ideológico, seria melhor proibir as pesquisas imediatamente antes das eleições.
O PiG já conseguiu evitar isso, com o argumento de que qualquer restrição seria uma restrição à “liberdade DE imprensa”.
Aqui, no Conversa Afiada, já se disse muitas vezes que, no Brasil, “liberdade DE imprensa” é a “liberdade DA imprensa”, dos donos do PiG.
E a liberdade de imprensa do cidadão, essa, que se lixe ...”
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Um comentário:
Temos que proibir pesquisas eleitorais.
Para que servem ?
São deletérias !!
Vamos fazer campanha nacional !!
Fora com as pesquisas !!
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