Li no jornal Valor Econômico de 6ª feira:
“Liminar concedida na semana passada pela 3ª Vara Federal de Porto Velho suspendeu a licença parcial de instalação concedida pelo Ibama às obras preliminares da usina de Jirau. Com a decisão, o consórcio Energia Sustentável do Brasil (Enersus) corre o risco de perder a janela hidrológica (período seco), retomando os trabalhos apenas em 2009.
A Agência Nacional de Energia Elêtrica (Aneel) já considera "difícil" antecipar em um ano a entrada em funcionamento da usina e trabalha com a possibilidade de leiloar, no próximo ano, em torno de 1.000 megawatts (MW) adicionais de energia para suprir a demanda em 2012.
Essa alternativa representa custo extra de R$ 400 milhões para os consumidores e a queima de 200 mil toneladas de diesel, com impacto na emissão de gases do efeito estufa. "O resultado não é a falta de energia, mas ela será bem mais cara e poluente", diz Kelman.
O Instituto Acende Brasil, que reúne os principais investidores privados no setor elétrico, está preocupado com a piora progressiva da matriz energética nacional.
Além disso, diz Cláudio Sales, presidente da entidade, a geração térmica tem custos expressivamente maiores que os das fontes renováveis. Segundo ele, hidrelétricas produzem a R$ 105, em média, por megawatt-hora, valor que sobe para R$ 125 nas pequenas centrais hidrelétricas, R$ 249 nas usinas eólicas e mais de R$ 350 nas termelétricas movidas a óleo diesel.
Para o ministro das Minas e Energia, Edison Lobão, a conta extra poderá subir a R$ 4 bilhões, já que os contratos das usinas térmicas nos leilões de energia são feitos por 15 anos”.
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