domingo, 16 de maio de 2010

A "ÉTICA" DE SERRA COM O DINHEIRO PÚBLICO

"Serra utiliza estrutura do Estado após deixar o cargo

Quarenta dias depois de sair do governo, tucano e equipe vão a eventos em carros oficiais

Na quarta-feira, 12 policiais faziam a segurança da casa do pré-candidato; assessorias do PSDB e do governo dizem que "não há irregularidades"...
[Decreto do Governo tucano paulista em 2004 já preparou a "legalidade" desse uso do dinheiro público em sua campanha...]

Quarenta dias depois de deixar oficialmente o governo de São Paulo, o pré-candidato do PSDB à Presidência, José Serra, tem usado estrutura do Estado em sua pré-campanha, iniciada formalmente no último dia 10 de abril.

O ex-governador, que transmitiu o cargo para o vice Alberto Goldman em 6 de abril, conta com policiais militares na sua segurança. Em São Paulo, ele e seu staff têm ido a eventos em carros oficiais.

Os agentes - policiais vinculados à Casa Militar - também acompanham Serra em viagens pelo Brasil. Os gastos com combustível e celular usados pela equipe de segurança também ficam a cargo do governo.

Os profissionais de comunicação contratados para a campanha mantinham, pelo menos até sexta-feira, os mesmos números de celular de quando atuavam na assessoria do Palácio dos Bandeirantes.

Amparado em decreto estadual, de março de 2004, o governo afirma, em nota, que não há ilegalidade no uso da segurança do Estado. O decreto prevê "a prestação de serviços de atendimento funcional e, complementarmente, de segurança" a ex-governadores durante todo o mandato do sucessor.

Contudo não estabelece um limite de policiais a serviço do ex-governador. Na última quarta-feira, 12 homens vigiavam a casa de Serra, no Alto de Pinheiros, na zona oeste da capital. O governo não informou o número de agentes que acompanham o pré-candidato, alegando "razões de segurança".

Em 2006, quando, sob a vigência do mesmo decreto, também deixou o Palácio dos Bandeirantes para concorrer à Presidência da República, o ex-governador Geraldo Alckmin contou com o serviço de dois ajudantes-de-ordem e circulava em sua Parati particular.

Quanto aos celulares usados pelos profissionais de comunicação, a Secretaria de Comunicação afirma que os jornalistas podem optar pela manutenção dos números após o desligamento do governo. Ainda segundo a assessoria, os cofres públicos são ressarcidos em caso de despesas "residuais ou remanescentes" [sic!].

FONTE:
reportagem de CATIA SEABRA e BRENO COSTA intrigantemente publicada hoje (16/05) no jornal tucano Folha de São Paulo [título e trecho entre colchetes colocados por este blog].

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