"Ênfase Sul-Sul não pode ser tratada superficialmente em gincana retórica eleitoral
Munido de dados sobre a economia retirados do noticiário brasileiro das últimas semanas, o presidente Lula defendeu nesta segunda-feira (4/5), durante solenidade em comemoração aos 10 anos do jornal Valor Econômico, a política de seu governo de dar ênfase às relações Sul-Sul e ao comércio regional, que vem garantindo aumento nas exportações e fortalecendo o País contra crises econômicas como a que recentemente atingiu todo o mundo.
Lula destacou que as exportações em abril cresceram quase 20% em relação ao mesmo período do ano passado e que, mesmo com a política externa adotada, as vendas para os Estados Unidos cresceram mais do que a expansão alcançada por economias que têm acordos de livre comércio com os americanos. O Brasil, disse, desbravou uma nova geografia comercial e isso não pode ser ignorado.
Ao mesmo tempo, porém, o comércio com a África passou de U$ 6 bilhões para US$ 17 bilhões anuais. No Mercosul, saltamos de US$ 11 bilhões em 2002 para US$ 29 bilhões.
O que esses dados mostram é que a ênfase Sul-Sul e o comércio regional não cabem mais no espaço pequeno do preconceito ideológico, nem podem ser tratados superficialmente numa gincana de retórica eleitoral. A participação dos países em desenvolvimento em nossas exportações cresceu de 42% para mais de 54% em números brutos. Esses números não são números frios. Estamos falando de receitas, empregos e incentivos. Qualquer analista razoavelmente isento admite que a crise consolidou uma nova geografia comercial, pioneiramente desbravada pelo Brasil desde 2003.
O presidente citou ainda outras conquistas de seu governo, como a queda no desemprego nas regiões metropolitanas brasileiras, que é o menor dos últimos 12 anos, e a taxa recorde de expansão da indústria paulista no primeiro trimestre do ano – 18,2%. “Repito, não se trata de propaganda eleitoral: todas essas informações foram coletadas do noticiário econômico das últimas semanas”, disse.
Segundo Lula, as notícias sobre o Brasil mudaram porque o País se tornou hoje um dos que mais crescem no mundo. A sustentabilidade e durabilidade de um ciclo de crescimento não se deve a um “automatismo de mercado” nem a uma “fórmula aritmética”, afirmou, mas sim ao “papel efetivo da democracia” que tem a capacidade de aperfeiçar e corrigir os rumos da sociedade.
Os veteranos do jornalismo econômico talvez tenham a lembrança de algum outro momento de convergência tão favorável de indicadores e perspectivas. Mas dificilmente terão na memória um outro ciclo de desenvolvimento mais equilibrado do que o atual
Lula lembrou ainda que o Brasil terá colheita recorde em 2010, com 145 milhões de toneladas, tornando o País a terceira agricultura mais produtiva do planeta e o terceiro maior exportador de alimentos do mundo. Com o crescimento do País, será preciso investir em energia limpa, barata e segura, afirmou o presidente, e por isso o governo decidiu fazer a hidrelétrica de Belo Monte, “com todas as cautelas ambientais desejáveis”."
FONTE: publicado hoje (04/05) no Blog do Planalto (http://blog.planalto.gov.br/enfase-sul-sul-nao-pode-ser-tratada-superficialmente-em-gincana-retorica-eleitoral/#more-12111)
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