sábado, 1 de maio de 2010
QUEM TEM AMIGOS ASSIM, NÃO PRECISA DE INIMIGOS
Kotscho, o travestido de amigo
No 1º governo Lula, o jornalista Ricardo Kotscho estava na função hoje ocupada pelo jornalista Franklin Martins. Ao sentir a grande e crescente pressão da mídia e da oposição contra Lula, a intensa campanha de acusação do suposto 'mensalão', tudo a favor de Alckmin, ao imaginar que poderia estar do lado perdedor, Kotscho alegou 'razões pessoais' e pediu para sair do governo. Lula aceitou. Inteligente, Lula viu de longe a jogada do 'amigo', mas não externou, e desejou boa sorte a Kotscho.
Este blog sempre percebeu o viés tucano de Kotscho. Ele mesmo se confessou ardorosamente paulista, paulistano, são paulino. Faltou completar: tucanófilo, Alckmin, serrista, FHC, e tudo de ruim da mesma laia.
Recordei isso ao ler a seguinte postagem de Eduardo Guimarães em seu blog "Cidadania.com":
"Uma pergunta para Kotscho
Devido a uma lei eleitoral ridícula e reiteradamente descumprida por todos os políticos, com destaque ainda maior para os candidatos a presidente, não existe, oficialmente, campanha eleitoral no Brasil.
Não existe? Então o que são entrevistas como as que Dilma e Serra deram para o apresentador daquele programa “mundo cão” da TV Bandeirantes, José Luiz Datena?
A campanha eleitoral existe no mundo real, claro, à revelia da lei. Aliás, existe até na TV, ainda que propaganda em volume e em estilo de campanha eleitoral só o PSDB esteja fazendo sob a mais ampla passividade da Justiça Eleitoral.
Em São Paulo, sobretudo durante o “horário nobre” das TVs, e no rádio o dia inteiro, a propaganda do governo do Estado é martelada, diariamente, a cada intervalo comercial. Nem imagino quanto nós, os paulistas, estamos pagando por aquilo...
Contudo, não existe qualquer instrumento sério e acima de suspeitas para aferir a efetividade de cada campanha.
As pesquisas de intenção de voto, por exemplo, estão sendo questionadas na Justiça pelo Movimento dos Sem Mídia, o que coloca todas elas sob suspeição até que a Procuradoria-Geral Eleitoral se manifeste sobre o assunto.
Mas mesmo pelas pesquisas, o que se pode aferir é que a “pré-campanha” de Dilma tem tido enorme êxito, seja em que instituto de pesquisas for.
No instituto Sensus ou no Datafolha, que apresentam resultados completamente diferentes neste momento, ambos mostram que Dilma, em cerca de dois anos, saiu de um patamar de 5%, no ínício de 2008 (contra quase 40% de Serra), para uma situação próxima ao empate técnico com o candidato do PSDB.
Recentemente, porém, o jornalista Ricardo Kotscho, ligado a Lula e ao PT durante quase toda a trajetória do partido e do seu líder maior, repetiu essa teoria de que “a campanha de Dilma vai mal”.
Por ter partido de um ex-aliado do PT e do presidente Lula, a declaração de Kotscho foi usada pela mídia tucana para “referendar” seu noticiário político sobre a campanha – ou pré-campanha, tanto faz – de Dilma, que diz que ela “vai mal”.
Kotscho, hoje, declara-se independente, mas trabalha para uma empresa de comunicação identificada com o grupo de empresas de mídia aliadas do PSDB. Se isso tem algo que ver com sua matéria favorável a Serra, só o tempo dirá.
Contudo, o que se pode dizer da campanha de Dilma é que se ela está “indo mal” em algum lugar, é no PSDB. Entre a sociedade, o que se vê é coisa bem distinta.
As notícias negativas para a candidata petista que Kotscho apontou para justificar sua tese são produzidas por uma mídia que ele mesmo já insinuou que faz campanha sistemática contra Lula – o que permite supor que faz contra aquela que ele apóia para a própria sucessão.
Apesar disso, nos últimos dois anos, na média das pesquisas, Serra caiu de um patamar de cerca de 45% das intenções de voto para próximo de 35%, mais de 20% de queda, enquanto que Dilma saiu de um patamar de 5% para em torno de 30%, uma subida de cerca de 500%.
Qual é mesmo, então, a campanha que vai mal, meu caro Kotscho?"
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