"Caso Alstom assombra José Serra e Alckmin na Suíça: Promotor acusa banqueiro de mediar propinas para demo-tucanos
O Ministério Público da Suíça acusou formalmente o banqueiro suíço Oskar Holenweger por suposta mediação de pagamento de propinas da empresa Alstom para ganhar contratos públicos nos governos demo-tucanos.
A acusação na suíça é por lavagem de dinheiro e por administrar recursos provenientes de corrupção.
O banqueiro agora terá de responder às acusações perante a Justiça.
Na acusação apresentada, o banqueiro seria responsável por desviar 6,4 milhões, segundo o procurador federal Lienhard Ochsner. “O sr. Holenweger trabalhou por meio de sociedades offshore pagando contratos de consultores com a Alstom”, disse o procurador. Esses contratos, segundo Ochsner, permitiram o pagamento de propinas a “agentes públicos responsáveis por contratos”.
No início do processo, em 2003, o alvo da investigação era Holenweger, acusado de envolvimento com cartéis de drogas na Colômbia. Mas o caso ganhou novos rumos. As informações coletadas levaram os promotores, sete anos depois, a acusar o banqueiro de gerir propinas em nome da Alstom.
O Ministério Público confirmou que as investigações mostraram relações do caso com o Brasil. Os suíços já haviam bloqueado contas em nome de 19 brasileiros por serem suspeitos de envolvimento com propinas da Alstom. Em São Paulo, a suspeita está relacionada com os contratos do Metrô.
No Brasil, o Ministério da Justiça encaminha à Suíça e à França pedidos de quebra do sigilo bancário de 19 pessoas e empresas suspeitas de receber propina da Alstom.
Entre os citados no pedido estão o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE) Robson Marinho e o engenheiro Jorge Fagali Neto, irmão do presidente do Metrô.
No ano passado, o Ministério Público da Suíça congelou em Genebra US$ 7,5 milhões em nome de Jorge Fagali Neto, que foi secretário de Transportes do governo de Luiz Antonio Fleury Filho, em São Paulo, em 1994."
FONTE: publicado no blog "Os amigos do Presidente Lula"
A Justiça suíça informou ainda que a rota do pagamento de propinas entre Paris, Londres e funcionários brasileiros também está sendo investigada. (Do Estadão)
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