Propostas aprovadas na Câmara são derrotas do governo tucano
“Não foi o Governo Lula que foi derrotado, foi a sociedade que ganhou com a recuperação real das aposentadorias e o fim do fator previdenciário, mazelas do governo anterior (de Fernando Henrique Cardoso, do PSDB) que não fazia reajuste das aposentadorias e fez o fator previdenciário. O modelo anterior é que foi derrotado”.
A avaliação é do líder do Bloco de Esquerda (PSB-PCdoB-PMN-PRB), deputado Daniel Almeida (PCdoB-BA), um dia após a aprovação da matéria na Câmara.
A expectativa agora é de que a matéria aprovada na Câmara seja votada sem alterações no Senado e que o projeto não seja vetado pelo Presidente Lula.
“Quando apresentei o reajuste das aposentadorias e o fim do fator aqui, os senadores aprovaram as matérias por unanimidade. Não há razão para ser diferente agora. É uma questão de coerência”, afirmou o senador Paulo Paim (PT-RS) ao tomar conhecimento da aprovação do reajuste de 7,7% para aposentados e fim do fator previdenciário a partir de 2011 na noite desta terça-feira (4) na Câmara.
O líder do PDT, deputado Dagoberto (MS), acredita na vitória dos aposentados. “Eu tenho certeza de uma vitória para os aposentados e vamos fazer gestões para que ele (Presidente Lula) não vete, que é um novo desafio”, diz o parlamentar, acrescentando que “a Câmara não tinha como votar contra, não se pode pedir que se vote contra o povo.”
Paim destaca que o Senado deve votar a proposta com responsabilidade. O senador ressalta que pequenas alterações foram feitas na Câmara, mudanças que minimizaram os gastos por parte do governo federal. “Por exemplo, o Senado tinha aprovado um reajuste com base em 100% do PIB, o acordo firmado fixou em 80%. Os senadores tinham aprovado o fim do fator com a média curta, ou seja, os últimos 36 meses, o que o governo não aceitava. A emenda aprovada usa a media longa, ou seja, as 80 maiores contribuições de 94 para cá”, declara.
O senador destaca ainda que o impacto é muito menor que o ventilado por alguns. “É um absurdo que se fale em impacto de R$15 bilhões. O fim do fator mais o reajuste terão um gasto de R$1,7bi.”
Daniel Almeida confirma a fala do senador, destacando que “não apareceu nenhum argumento com consistência da incapacidade do governo suportar essa pequena elevação. Quem fez acordo para suportar 7%, não terá dificuldade de encontrar mecanismos para chegar a 7,7%, sem falar na Justiça que isso faz aos aposentados.”
Com relação ao fator previdenciário, ele diz que existe uma visão do movimento social e do próprio governo de que o fator promove injustiça dos que precisam se aposentar e tem o processo retardado e há achatamento do salário, tanto que o governo já sinalizou com a negociação com a proposta do Fator 85/95 para fazer a transição.
Por isso, o parlamentar acredita que “o governo vai compreender que o mais correto é fazer a sanção dessa proposta.”
FONTE: reportagem de Márcia Xavier publicada no portal "Vermelho" [título colocado por este blog].
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