segunda-feira, 11 de outubro de 2010

AS MORTES DE MULHERES, AGRAVADAS PELA NOVA POSIÇÃO EGOÍSTA DE SERRA


[Imagem obtida no blog de Luis Nassif, na postagem “O paladino da família e da fé”]


[Capa da Veja, quando era favorável ao aborto. Imagem obtida no blog "Grupo Beatrice"]
Dilma Rousseff tem sido atacada, pela imprensa e pelo neosanto José Serra, de ser contra o aborto, mas a favor de apoio médico governamental, e não a criminalização, para mulheres que tenham complicações em práticas abortivas.

Serra condena fortemente essas opiniões de Dilma, apesar de ter implantado normas idênticas quando era ministro da saúde no governo FHC. Agora, contraria suas antigas atitudes por interesses eleitoreiros (voto dos evangélicos), e com total apoio da mídia da direita, a qual também era, antes, a favor do aborto nesses casos.

A imprensa e Serra, neste final de campanha, viraram radicais religiosos contra a descriminalização e a assistência médica oficial propostos por Dilma.

Consequência? Quem paga pela egoísta irresponsabilidade tucana? Um próprio jornal tucano-serrista aponta:

“Manchete do “O GLOBO” (domingo):

ABORTO ILEGAL MATA UMA MULHER A CADA DOIS DIAS

“Entre 1995 e 2007, SUS fez 3 milhões de curetagens no Brasil

Alçado [pelos tucanos, agora radicalmente contrários a apoio médico oficial em casos de aborto] ao centro da campanha presidencial, o debate político-religioso sobre o aborto esconde uma estatística macabra: o aborto inseguro mata uma brasileira a cada dois dias.

Pelos dados do SUS, em média, são 200 mortes por ano. Só no ano passado foram atendidas na rede pública 183,6 mil mulheres que abortaram, tiveram complicações e precisaram passar por curetagens.

Pesquisa realizada pela USP mostra que a curetagem foi a cirurgia mais realizada pelo SUS entre 1995 e 2007: 3,1 milhões de procedimentos.

De acordo com as estimativas, para cada aborto que chega ao hospital, pelo menos outros quatro foram feitos às escuras, de forma clandestina e insegura para as mulheres.

O número de abortos vem caindo no Brasil, mas o problema ainda responde por 15% das mortes maternas. "Não é exagero reiterar que temos um problema de saúde pública", afirma Greice Menezes, do Instituto de Saúde Coletiva da UFRJ.”

FONTE: publicado no jornal “O Globo” de domingo (págs. 1, 3 e 4) e transcrito na sinopse “Radiobras Clipping” (http://clipping.radiobras.gov.br/clipping/novo/Construtor.php?Opcao=Sinopses&Tarefa=Exibir) [título, imagem e introdução colocados por este blog].

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