domingo, 24 de outubro de 2010

ANTES DE SAIR DO GOVERNO, JOSÉ SERRA APARELHOU O ESTADO: IRMÃ DE SONINHA ATUA NO CERIMONIAL DO PALÁCIO

“Além da filha mais velha e de uma irmã da ex-subprefeita da Lapa, a coordenadora de comunicação da campanha presidencial do ex-governador José Serra (PSDB) na internet, Soninha Francine (PPS), a própria também está nomeada em cargo de confiança (sem concurso público) no governo paulista do PSDB. Ou seja, Soninha, às custas de dinheiro publico, levou a familia inteira para mamar nas tetas do governo paulista. Com ajuda de José Serra. Nepotismo?

Tânia Esther Gaspar Simões, de 25 anos, ocupa, desde março de 2009, posto de diretor técnico II (R$ 3,5 mil) na equipe de cerimonial do Palácio dos Bandeirantes, onde também trabalha, em cargo comissionado, a jornalista Tatiana Arana Souza Cremonini, filha do ex-diretor da Dersa Paulo Vieira de Souza, o Paulo Preto, pivô de escândalo no PSDB por suspeita de ter desviado R$ 4 milhões da campanha de Serra. Ele nega que desviou.

Na quinta-feira (21), o Jornal da Tarde revelou que a filha de Soninha, a bióloga Rachel Marmo Azzari Domenichelli, de 26 anos, é assistente técnica da Coordenadoria de Educação Ambiental, da Secretaria do Meio Ambiente, desde 2007. Segundo o governo, ela foi “efetivada” na pasta depois de ter feito dois anos de estágio na Companhia Ambiental de São Paulo (Cetesb).

Desde julho de 2009, Soninha é conselheira de administração da Cetesb, posto pelo qual recebe R$ 3,5 mil de jetom – verba paga por cada reunião do conselho –, conforme revelou o Jornal da Tarde (JT) na última quarta (20). Na ocasião, ela negou que sua indicação teve motivação política. “Ninguém me perguntou a qual partido eu era filiada, mas sabiam da minha experiência na área ambiental”, disse.

O JT voltou a procurar Soninha nos dois últimos dias. Na quinta, a reportagem deixou recado no celular da ex-subprefeita e enviou e-mail questionando as duas nomeações, mas não obteve retorno até as 23h. No twitter, ela escreveu à tarde: “Depois do crime cometido pela minha filha – ser minha filha – agora vem o crime de ser irmã. Até onde irá?”. No início da noite, postou: “Meu pai era do PR e trabalhou na prefeitura de Valinhos. Eu nem sabia, mas q diferença faz, né?”.

Em nota, o governo informou que a contratação de Tânia Esther, em 13 de março de 2009, “foi feita pelo quesito de experiência profissional”, alegando que ela tem “fluência em francês, inglês e espanhol”, além de experiência em eventos. Mesma justificativa apresentada para a contratação da filha de Paulo Preto. Contudo, no site da USP, onde estuda, Tânia informa que compreende razoavelmente inglês e francês.”

FONTE: Jornal da Tarde. Transcrito no blog “Os amigos do Presidente Lula”  (http://osamigosdopresidentelula.blogspot.com/2010/10/antes-de-sair-do-governo-jose-serra.html).

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