“O batismo de um gigantesco navio-plataforma construído em estaleiro brasileiro ou a ampliação de um importante centro de pesquisas como o Cenpes, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), são frutos de uma mesma decisão: não considerar investimentos em educação, ciência e tecnologia como ‘gastos’.
Injetar dinheiro público nessas áreas é um dever do Estado, porque melhora a vida da população, gera emprego e renda e promove o desenvolvimento industrial do País. O presidente Lula fez questão de frisar isso quinta-feira (7/10) durante cerimônia que marcou a inauguração do Cenpes no campus do Fundão da UFRJ e após participar de reunião de balanço da comunidade científica e tecnológica.
“Hoje, é mais um dia especial que eu vivo no exercício do mandato de presidente da República”, afirmou. “Vivemos uma fase em que estamos colhendo aquilo que foi plantado há algum tempo atrás. E como nós plantamos esperanças, nós estamos colhendo agora coisas muito importantes para o futuro do Brasil.”
Entre as decisões tomadas pelo governo que permitiram uma boa colheita neste final de 2010 estão o aumento do orçamento do Ministério da Educação de cerca de R$ 20 bilhões (em 2003) para mais R$ 70 bilhões (este ano) e o desafio feito ao Ministério de Ciência e Tecnologia de construir uma ampla proposta para o setor, que resultou no PAC da Ciência e Tecnologia, com mais de R$ 40 bilhões de investimentos previstos – e cada centavo, lembrou o presidente, foi devidamente encaminhado para projetos diversos, sob coordenação do ministro Sérgio Rezende e participação de cientistas e pesquisadores do Brasil inteiro (de universidades, Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e instituições privadas).
O presidente Lula também lembrou aos presentes que a ampliação do Cenpes também é fruto de importante decisão de governo, a de investir recursos no desenvolvimento da indústria petrolífera brasileira. Nada de importante plataformas e navios-sondas: mesmo pagando um pouco mais caro, a Petrobras foi orientada a contratar os equipamentos a indústrias nacionais.
Às vezes a empresa ganhava US$ 100 milhões ao comprar navio ou plataforma em Cingapura. A pergunta que a gente fazia era: compensa a Petrobras ganhar 100 milhões e a gente matar a engenharia da indústria petrolífera deste País ou matar a engenharia da indústria naval? Ganhar 100 milhões importando uma plataforma e ver milhares de trabalhadores desempregados neste País?
E nós tomamos a decisão: a Petrobras vai pagar um pouco mais caro para ter componente nacional, mas o povo brasileiro vai sorrir mais, vai trabalhar mais, vai ganhar mais e virar mais cidadão. Hoje tenho a convicção, se eu tiver que morrer agora, eu morreria tranquilo, porque valeu a pena a gente acreditar no fortalecimento da indústria nacional, na formação de mão de obra nacional e geração de emprego e renda neste País.
Em entrevista coletiva após a cerimônia, o presidente Lula afirmou que a ampliação do Cenpes “coloca a Petrobras como a empresa detentora do centro de pesquisa mais importante de todo o Hemisfério Sul”, o que o deixava muito orgulhoso.
Acho que este Centro coloca a Petrobras em uma situação vantajosa, na disputa tecnológica com outras concorrentes. Acho que o estado do Rio de Janeiro ganha, de forma extraordinária, com a consagração deste Centro aqui. E eu penso que nós estamos dizendo ao mundo que o Brasil não quer ser mais um país de terceira categoria, que o país não quer ser um país mais subdesenvolvido, que o país não quer ser apenas mais um país emergente, e que nós queremos ser um país altamente desenvolvido e queremos participar do bloco dos países mais ricos do mundo, se Deus quiser. E isso acontecerá, segundo o Banco Mundial, até 2016, se a gente continuar no ritmo que nós estamos agora. Então, eu estou feliz com tudo que está acontecendo.”
FONTE: Blog do Planalto (http://blog.planalto.gov.br/investimentos-em-educacao-ciencia-e-tecnologia-comecam-a-dar-seus-frutos/).
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário