“Ontem, no lançamento da pesquisa “De volta para o país do futuro”, o economista Marcelo Néri, anunciou que, segundo os dados do IBGE, o Brasil atingiu o menor índice de desigualdade de sua história. Os números preliminares indicam que o índice de GINI do país atingiu 0,519 – quanto mais baixo numa escala de zero a um, mais igualdade – atingindo um número 3,3% menor que o piso histórico, de 1960.
Embora continuemos a ser um dos países mais desiguais do mundo, o economista classificou de “espetacular” a queda obtida desde os 0,5957 de 2001 e afirmou que “a renda dos 50% mais pobres cresceu 68% em 10 anos e a renda dos 10% mais ricos cresceu 10%, ou seja, a renda dos 50% mais pobres está crescendo seis vezes mais rápido do que a renda dos 10% mais ricos, em uma década”.
Néri chamou de “milagre chinês” o crescimento da renda dos mais pobres, e estimou que a pobreza caiu 7,5% entre 2002 e 2008, aumentou 2,1% com a crise de 2009 e voltou a cair fortemente em 2010 (-8,8%) e em 2011 (-11,7%).
E os números sobre os quais a FGV trabalhou, esclareça-se, ainda não captam os efeitos do aumento do salário-mínimo em janeiro.”
[Complementação deste blog ‘democracia&política’ com dados da reportagem de Flávia Villela, da Agência Brasil (http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2012-03-07/apesar-de-crise-economica-mundial-desigualdade-e-pobreza-diminuem-no-brasil-diz-fgv):
-- A queda ocorre em ritmo três vezes maior que o sugerido pelas Metas do Milênio das Nações Unidas (ONU).
-- Os resultados positivos devem-se às políticas públicas de redução da pobreza e também a fatos como os brasileiros terem menos filhos e não deixarem de matriculá-los na escola.
-- Apesar da melhoria, o Brasil ainda permanece entre os 12 países mais desiguais do mundo.
-- O Nordeste é a região mais pobre e desigual do país, mas sua renda é a que mais cresce, devido a investimentos de novas empresas, políticas públicas e empreendimentos estatais, entre outros motivos.
-- Entre 2003 e 2011, cerca de 40 milhões de pessoas saíram da classe D para a classe C (renda familiar entre R$ 1.734 e R$ 7.475), que conta hoje com mais de 105,4 milhões de brasileiros.
-- Cerca de 22,5 milhões pertencem às classes A e B (com salários maiores que R$ 7.475) e cerca de 63,5 milhões estão na classe D e E (com renda inferior a R$ 1.085).”
FONTE: escrito por Brizola Neto em seu blog “Tijolaço” (http://www.tijolaco.com/brasil-tem-a-menor-desigualdade-da-historia/) [Imagem do Google e texto complementar adicionados por este blog ‘democracia&política’ com dados de reportagem de Flávia Villela, da Agência Brasil (http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2012-03-07/apesar-de-crise-economica-mundial-desigualdade-e-pobreza-diminuem-no-brasil-diz-fgv) ].
2 comentários:
mas é enorme, ainda ...
Elektrofossile,
Sim. Concordo. Como consta do texto da postagem, apesar da grande melhoria nos anos recentes, o Brasil ainda permanece entre os 12 países mais desiguais do mundo. Há muito por fazer, mas a reação "das elites" é fortíssima. Não aceitam criar transferências para programas de redução da desigualdade por meio de impostos maiores para maiores rendas, impostos sobre grandes fortunas, de menor sonegação etc.
Maria Tereza
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