Esta semana, o site “Vermelho” postou a seguinte reportagem divulgada pela agência norte-americana de notícias Reuters:
“As exportações de petróleo da Petrobras atingiram recorde de 620 mil barris por dia em dezembro de 2008, totalizando 19,234 milhões de barris no mês, informou a estatal em comunicado na terça-feira. O recorde superou em 46 mil barris diários a marca anterior, obtida em outubro de 2008, que tinha sido de 574 mil barris por dia.
O principal destino das exportações foi os Estados Unidos, com 63% do total, seguido de Europa, com 21,4%. A América do Sul ficou com 5,4% dos embarques e Ásia e Caribe com 5% cada.
O volume exportado no mês gerou uma receita de 574 milhões de dólares, segundo a Petrobras. "Este valor refere-se a saídas físicas de petróleo do Brasil no mês de dezembro. Os faturamentos das cargas serão efetivados ao longo dos meses de janeiro e fevereiro de 2009", explicou a estatal.
PREÇOS INSUSTENTÁVEIS
O atual patamar de preços no mercado internacional de petróleo, em torno de US$ 40 o barril em Nova York, é insustentável, porque as cotações obrigatoriamente terão de subir para garantir uma produção que atenda a atual demanda global pela commodity, disse nesta terça-feira (13) o diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa.
"Se ficar baixo, alguns países vão deixar de investir, não é o caso do Brasil. Mas isso acontecerá nas (áreas de produção das) areias do Canadá, no Ártico, na Faixa do Orinoco (Venezuela). Investimentos não vão ser feitos", declarou Costa a jornalistas.
Segundo o executivo da Petrobras, se os países deixarem de investir em novas áreas de produção, "o preço vai subir". "Então, esse preço de US$ 30 a US$ 40 não tem sustentação", destacou, observando que o pico acima de US$ 147 também não se sustentava, sendo fruto de especulação.
Costa lembrou que a produção em todos os campos de petróleo cai cerca de 10% ao ano, e que se a demanda mundial, em meio à crise, apenas se mantiver em 85 milhões de barris por dia, haverá problemas para atender ao consumo, no caso de redução de investimentos.
"As companhias de petróleo têm que investir, para manter um mercado mesmo estagnado, aumentando em 8,5 milhões de barris por dia a produção anual (por causa da queda natural nos campos de petróleo)", disse. "Se não tiver atratividade, as empresas não vão investir. Se não colocarem (dinheiro), não vai ter oferta, e aí o preço sobe."
O MERCADO E A CRISE
O diretor avalia que "a crise é o melhor" momento para investir, ressaltando que a demanda pode se reduzir agora, mas a empresa estará mais bem preparada quando o consumo for retomado.
Ele não quis adiantar questões relativas ao plano de negócio 2009-13, que deve ser apreciado pelo conselho da companhia no final deste mês.
O diretor reafirmou que a política de repasse de preços do petróleo para o consumidor de combustíveis no país é de longo prazo e que a empresa não repassa a volatilidade dos mercados futuros para o valor da bomba. Mas ele admitiu que a Petrobras poderá ajustar o preço quando os mercados ficarem mais estáveis. "Quando a Petrobras entender que vamos ter um patamar adequado, pode ter um ajuste de preço", declarou Costa.”
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