segunda-feira, 31 de maio de 2010

ONU FAZ REUNIÃO DE EMERGÊNCIA SOBRE A MATANÇA ISRAELENSE DOS PACIFISTAS


"Conselho de Segurança da ONU faz reunião de emergência sobre Gaza


O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas se reunirá na tarde desta segunda-feira em uma sessão de emergência para discutir o ataque de Israel contra um comboio de navios que levavam ajuda humanitária a Gaza, disseram diplomatas do Conselho de Segurança à Reuters.

O horário da reunião ainda não foi agendado, e não foram dados maiores detalhes.

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, fez um apelo nesta segunda-feira por uma investigação completa e mostrou-se chocado com o ataque israelense, que matou ao menos dez pessoas.

"É vital que haja uma investigação completa para determinar exatamente como o ataque ocorreu. Eu acredito que Israel deve fornecer urgentemente uma explicação", disse ele em coletiva de imprensa realizada na capital de Uganda, Kampala.

O secretário-geral está em Kampala para participar de uma conferência de revisão do Tribunal Penal Internacional (ICC, sigla em inglês).

Ataque

O Exército de Israel atacou na madrugada desta segunda-feira um comboio de barcos organizado pela ONG Free Gaza, um grupo de seis navios, liderados por uma embarcação turca, que transportava mais de 750 pessoas e 10 mil toneladas de ajuda humanitária para a faixa de Gaza, deixando ao menos dez mortos e cerca de 30 feridos.
Arte/Folha

O grupo tentava furar o bloqueio de Israel à entrega de mercadorias aos palestinos. De acordo com a imprensa turca o ataque ocorreu em águas internacionais, mas as forças de defesa de Israel mantêm que as embarcações tinham invadido seu território.

A imprensa turca mostrou imagens captadas dentro do navio turco Mavi Marmara, nas quais se viam os soldados israelenses abrindo fogo. Em Istambul cerca de 10 mil pessoas protestaram contra os ataques.

O presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, decretou três dias de luto nos territórios palestinos devido ao ataque israelense à "Frota da Liberdade".

Em comunicado emitido na cidade cisjordaniana de Ramallah através da agência oficial palestina "Wafa", Abbas não anunciou, no entanto, uma interrupção do diálogo indireto de paz que mantém com Israel.

EUA


Os Estados Unidos lamentaram a ação e indicaram que uma investigação deve apurar os detalhes da ação militar.

"Os EUA [jamais condenam e sempre apóiam Israel em suas sangrentas invasões e ocupações das terras palestinas] mas [para efeito de mídia] 'lamentam profundamente a perda de vidas humanas e o saldo de feridos', e neste momento tentam entender as circunstâncias em que esta tragédia ocorreu", sinalizou o porta-voz da Casa Branca, Bill Burton.

O ataque também motivou forte reação na comunidade internacional. A Turquia já pediu à ONU (Organização das Nações Unidas), uma reunião urgente sobre o tema.

A alta comissária para os Direitos Humanos da ONU, Navi Pillay, se manifestou, e em seu discurso na abertura da 14ª sessão do Conselho de Direitos Humanos da ONU disse estar "comovida" com as informações do ataque, que provocou "mortos e feridos".

Irã

O ministro de Defesa do Irã fez nesta segunda-feira um apelo à comunidade internacional para que cortem todas as relações com Israel após a morte de ativistas que levavam ajuda humanitária à faixa de Gaza a bordo de navios nesta segunda-feira.

"O mínimo que a comunidade internacional deveria fazer com relação ao horrível crime cometido pelo regime sionista é boicotá-lo e cortar todas as relações diplomáticas, econômicas e políticas", disse Ahmad Vahidi, segundo a agência semi-oficial de notícias Irna.

Anteriormente, o presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, denunciou o ataque do Exército israelense contra a frota, qualificando-o de um "ato desumano do regime sionista".

"O ato desumano do regime sionista contra o povo palestino e o fato de impedir que a ajuda humanitária destinada à população chegasse a Gaza não é um sinal de força, e sim de fragilidade deste regime", declarou Ahmadinejad.

"Tudo isto mostra que o fim deste sinistro regime fantoche está mais perto do que nunca", acrescentou."

FONTE:
divulgado hoje (3105) pela agência norte-americana de notícias REUTERS, nas NAÇÕES UNIDAS, e postado no portal UOL [título e entre colchetes colocados por este blog].

2 comentários:

terraparatodos disse...

ntavel que fatos como etse desta madrugada tenha ocorrido e resalto isto foi um atentado contra a humanidade.
todos temos direitos,e estes direitos nao podem serem violados desta maneira, israel nao pode agir assim isto tem que parrar de qualquer forma.

Unknown disse...

Prezado Rolinsimões
Até hoje não sei se os EUA, pela influência dos judeus lá, são "um grande Israel" ou se Israel é "um grande porta-aviões ancorado no Oriente Médio" rico em petróleo.
Os frequentes e dolosos assassinatos do Estado israelense contra os habitantes das terras palestinas, as quais invadiu militarmente e ocupa com "colônias" e tropas, contrariando resoluções da ONU, têm todo o respaldo dos EUA, que tem poder de veto na ONU para qualquer recriminação mais eficaz contra Israel. A mídia internacional, dominada por Israel, somente noticia as barbaridades como "uma resposta de Israel" contra as pedras e minifoguetes busca-pé lançados pelos que tiveram suas terras invadidas por Israel.
Maria Tereza